A venda de gasolina de aviação foi suspensa pela Petrobras no país nesta quarta-feira (3) após a BR Distribuidora detectar combustível adulterado
A Petrobras suspendeu preventivamente a distribuição de gasolina de aviação (AVGAS) para clientes diretos e revendedores, depois de ter detectado um parâmetro do combustível fora dos limites de especificação, disse a empresa nesta quarta-feira.
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De acordo com a empresa, o problema foi informado aos órgãos reguladores. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que avaliará potenciais impactos na aviação causados pela contaminação no combustível distribuído pela Petrobras.
“Com as informações recebidas da comunidade aeronáutica e com a avaliação feita pela ANP [Agência Nacional do Petróleo], a ANAC poderá avaliar potenciais impactos na aviação geral, na gasolina e no combustível em si. Se houver confirmação de contaminação que comprometa de imediato a operação de aeronaves, a ANAC atuará imediatamente em prol da segurança da aviação, podendo, inclusive, recorrer a medidas cautelares e emergenciais”, disse a agência.
Companhias aéreas não serão afetadas
A decisão da Petrobras não afeta companhias aéreas, que utilizam querosene como combustível. A gasolina de aviação é usada por aeronaves de pequeno porte, com motores a pistão.
“A BR está iniciando as ações para recolhimento do produto comercializado, devolução do lote armazenado e recebimento de novos lotes, e recomendou aos seus clientes diretos e revendedores que adotem as mesmas providências, de modo a restabelecer o abastecimento no menor tempo possível”, disse a BR Distribuidora por meio de um o comunicado, segundo o jornal O Globo.
Petrobras interrompe fornecimento
A Petrobras decidiu interromper “preventivamente” o fornecimento de um lote de gasolina de aviação importada após testes realizados em seu centro de pesquisas, o que impactou também a BR Distribuidora e fez a empresa suspender temporariamente a comercialização do produto.
Em comunicado no sábado, a Petrobras disse ter identificado um lote do produto com “teor de compostos aromáticos diferente dos lotes até então importados”, embora dentro dos requisitos de qualidade exigidos pela reguladora ANP.
“A Petrobras estuda a hipótese da variação da composição química ter impactado os materiais de vedação e revestimento de tanques de combustíveis de aeronaves de pequeno porte”, afirmou a empresa, embora com a ressalva de que ainda não há diagnóstico completo que permita assegurar essa relação de causa e efeito.
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