A empresa de tecnologia e produtos eletrônico, Panasonic, anunciou nesta quarta-feira (13) que, do total de energia consumida em suas unidades em 2024, 60% virá da energia solar, que será gerada no modelo de autoprodução. A energia será gerada pelo Complexo Solar de Intrepid, situado no município de Mauriti, no Ceará. A planta tem capacidade de produzir 500 MWp e será responsável por cerca de 65% do consumo da unidade fabril da empresa situada em Extrema, Minas Gerais. Para a construção, operação e gestão da usina de energia solar, o investimento será de R$ 1,6 bilhão pela empresa responsável pelo fornecimento de energia fotovoltaica, Pontoon Clean Tech, com a qual a Panasonic firmou contrato, por 15 anos para a realização desse projeto.
De acordo com o vice-presidente de eletrodomésticos da Panasonic do Brasil, Sergei Epof, este é um acordo via consórcio, com contrato fechado por 15 anos com a Pontoon Clean Tech, empresa responsável pelo investimento, operação e gestão da usina de energia solar no Ceará, enquanto a Panasonic é responsável pelo pagamento e contratação da energia usada.
A iniciativa compõe a agenda ESG global da empresa, que está avançando diversas ações com o intuito de cumprir a Visão Ambiental 2050. Em todas as unidades da Panasonic já há um sistema de verificação de acordo com as legislações ambientais vigentes.
No Brasil, a empresa compensa toda a emissão de CO2 e a fábrica de Extrema (MG), que é responsável pela produção de lavadoras e geladeiras da empresa, foi a primeira na América Latina a possuir o selo Zero CO2 Emission, concedido pela matriz japonesa. Além disso, a companhia já faz parte do pilar da sustentabilidade em seus produtos, alinhando sempre novas tecnologias nos projetos focando no meio ambiente.
De acordo com Epof, o investimento em energias renováveis está de acordo com a estratégia da Visão Ambiental 2050. Em maio do último ano foi anunciado uma meta global de tornar a emissão da empresa total de CO2 líquida em zero até a próxima década. No país, isso já é uma realidade nas unidades da empresa antes mesmo do prazo, através da compensação de compra de créditos de carbono.
Os esforços da Panasonic serão para que a eletricidade criada por seus serviços e produtos excedam o uso de seus processos de fabricação até o ano de 2050 ou mesmo antes. Atingindo mais de 60% de autoprodução de energia, a empresa também se destaca entre outras unidades do mundo.
O projeto do complexo de energia solar de Intrepid no Ceará, terá um total de 1.100 hectares e 935 mil placas de energia solar instaladas evitando a emissão de 400 mil toneladas de gás carbônico anuais. As obras estão previstas para iniciarem ainda este ano e devem se encerrar até o final de 2023, movimentando mais de 4 mil empregos para a comunidade do município no Ceará.
De acordo com o CEO da Pontoon, Marcos Severine, a empresa entrou no mercado esse ano, onde disponibiliza a possibilidade de construir a jornada completa de descarbonização de várias empresas, sendo assim, possuir a Panasonic como sua aliada nesse setor em plena expansão, significa um grande passo para a empresa.
Com isso, a Panasonic planeja liderar a frente de autoprodução de energia através da matriz solar fotovoltaica se comparada a outras empresas do mesmo setor.