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O fim do PIX? Após lojas e estabelecimentos no Brasil começarem a ‘NÃO ACEITAR’ mais transferências via PIX, governo volta atrás a anuncia revogação de medida

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 15/01/2025 às 16:54
O governo revogou norma sobre monitoramento financeiro após rumores e golpes abalarem a confiança no PIX. Entenda o caso.
O governo revogou norma sobre monitoramento financeiro após rumores e golpes abalarem a confiança no PIX. Entenda o caso.

PIX enfrentou dias turbulentos após rumores sobre taxação extra e monitoramento financeiro gerarem pânico no mercado. Golpistas exploraram a situação, levando a suspensão do sistema em muitos comércios. Com o anúncio da revogação pelo governo, a confiança deve ser restaurada, garantindo a gratuidade e o sigilo das transações.

A gratuidade e a praticidade que transformaram o PIX em uma das ferramentas financeiras mais amadas pelos brasileiros quase sofreram um duro golpe.

Nos últimos dias, uma série de rumores e desinformações colocou em xeque o uso desse sistema de pagamentos instantâneos, assustando comerciantes e consumidores de todo o país.

Seria mesmo o fim do PIX como o conhecemos? Uma medida do governo gerou tanto pânico que muitos estabelecimentos chegaram a suspender as transações via PIX, mas o cenário mudou drasticamente com um anúncio oficial.

O que aconteceu?

Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (15), o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, confirmou a revogação da regra que previa o monitoramento ampliado de transações financeiras.

O pronunciamento ocorreu ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que reforçou o compromisso do governo com a manutenção da gratuidade e do sigilo bancário no uso do PIX.

Segundo Barreirinhas, a decisão de revogar a norma foi motivada por uma série de distorções e manipulações promovidas por pessoas mal-intencionadas.

Essas falsas informações geraram um clima de desconfiança que prejudicou principalmente a população mais humilde.

“Vamos revogar o ato da Receita que mudou valores para o monitoramento de movimentações financeiras. Pessoas inescrupulosas distorceram e manipularam o ato normativo, prejudicando milhões de pessoas e causando pânico”, declarou Barreirinhas.

O anúncio de revogação também busca proteger a tramitação de uma Medida Provisória (MP) que o governo pretende assinar, conforme destacou Fernando Haddad.

“Queremos reforçar os princípios de gratuidade e sigilo bancário do PIX”, afirmou o ministro.

O secretário da RFB, Robinson Barreirinhas, ao lado do ministro Fernando Haddad. (Reprodução: CNN Money)

A origem da confusão

No início deste ano, a Receita Federal anunciou que ampliaria o monitoramento de transações financeiras.

De acordo com a norma original, instituições financeiras como operadoras de cartão, plataformas de pagamento e bancos virtuais seriam obrigadas a informar transações de:

  • R$ 5 mil ou mais realizadas por pessoas físicas;
  • R$ 15 mil ou mais feitas por pessoas jurídicas.

Essa medida, embora técnica e direcionada ao combate à sonegação fiscal, acabou sendo deturpada por rumores.

Golpistas aproveitaram a situação para disseminar notícias falsas e aplicar fraudes, como o envio de boletos falsos com o logotipo da Receita Federal.

Segundo Haddad, esses golpes incluíram cobranças indevidas aos contribuintes, gerando um impacto negativo em grande escala.

Reação imediata do mercado

Comerciantes e consumidores foram os primeiros a sentir o impacto das informações distorcidas. Muitas lojas decidiram suspender o uso do PIX, temendo represálias ou custos adicionais.

A confusão gerou um efeito cascata, levando às redes sociais uma enxurrada de reclamações e questionamentos sobre a segurança do sistema.

Porém, com o anúncio oficial da revogação, espera-se que a confiança no PIX seja restabelecida rapidamente.

O governo reiterou que o sistema continuará sendo gratuito para todos os brasileiros e que nenhuma medida irá ferir o sigilo das transações.

Próximos passos do governo

Com a revogação da norma, a Receita Federal planeja redesenhar o modelo de monitoramento financeiro para evitar novas ondas de desinformação.

Uma nova Medida Provisória será apresentada em breve, trazendo maior clareza e segurança jurídica para os usuários e as instituições financeiras.

Haddad também destacou que o foco estará em fortalecer a legislação tributária sem comprometer o acesso a ferramentas digitais inovadoras como o PIX.

“Não há intenção de criar barreiras que prejudiquem a população”, garantiu o ministro.

Um alerta para o futuro

A situação destacou a importância do combate à desinformação, especialmente em temas que envolvem a segurança financeira da população.

Os brasileiros devem ficar atentos a golpes e buscar informações apenas em fontes confiáveis.

Ainda que a crise tenha sido contida, ela expõe um desafio maior: como o governo e as instituições financeiras podem melhorar a comunicação com a sociedade para evitar interpretações errôneas e proteger o usuário final?

O PIX no centro das discussões

Desde o seu lançamento, o PIX revolucionou as transações financeiras no Brasil.

Seu uso se tornou tão difundido que, hoje, o sistema é uma parte essencial da rotina de milhões de brasileiros.

Manter sua gratuidade e segurança é um compromisso do governo, e qualquer medida que ameace essas premissas causa uma reação imediata no mercado e na opinião pública.

A questão que fica é: como o governo vai garantir que o PIX continue sendo um exemplo de sucesso na digitalização financeira do país?


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Joaquim Tolima
Joaquim Tolima
15/01/2025 18:24

Se era tudo fake news, porque o governo revogou?

José Antônio
José Antônio
15/01/2025 20:23

Cadê a neutralidade do jornalismo, parece até que você quer defender esse governo ****.

Welington juliatte araujo
Welington juliatte araujo
16/01/2025 11:39

O governo ainda insiste que é sobre o pix ser taxado que é fake,na verdade é tudo que entrar na conta seja pix,dinheiro,ted,doc,não importa passou do limite estipulado o leão vai querer a parte dele!
Se vc tem o seu salario e ja desconta IR na fonte e faz bico,o leão quer a diferença!

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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