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NASA afirma! A estrutura humana mais visível do espaço não é a Grande Muralha da China — Cobre 40 mil hectares

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 23/01/2025 às 23:01
grande muranha, NASA
Foto: Reprodução

A NASA revelou que a estrutura humana mais visível do espaço não é a famosa Grande Muralha chinesa. Conheça a verdadeira construção recordista.

A crença popular de que a Grande Muralha da China é a única estrutura feita pelo homem visível do espaço é um mito que persiste há décadas.

Desde cedo, imaginamos essa colossal construção chinesa serpenteando por montanhas e desertos, tão grandiosa a ponto de ser avistada por astronautas em órbita.

Mas a realidade é outra. Surpreendentemente, a estrutura mais visível do espaço não está na Ásia, mas sim na Europa, e não é o que você esperaria: um “Mar de Plástico” formado por estufas na região de Almería, na Espanha.

A Grande Muralha é vista do espaço?

A Grande Muralha da China, com seus mais de 21 mil quilômetros de extensão, é inegavelmente uma obra impressionante. No entanto, diversos fatores a tornam praticamente invisível do espaço:

  • Largura estreita: Apesar de sua extensão, a muralha tem apenas 4 a 5 metros de largura, uma linha tênue que se perde na imensidão da Terra vista do espaço.
  • Baixa altura: Com cerca de 6 a 7 metros de altura, a muralha não projeta sombras significativas que a destaquem do entorno.
  • Camuflagem natural: Construída com materiais locais, a muralha se mistura à paisagem, especialmente nas regiões montanhosas.

Almería — Um mar de estufas visível do espaço

Enquanto a Grande Muralha da China se esconde do olhar dos astronautas, as estufas de Almería brilham intensamente.

Cobrindo cerca de 40 mil hectares, essa imensidão de plástico branco reflete a luz solar de forma tão intensa que se torna visível a olho nu do espaço.

Imagens da NASA e do programa europeu Copernicus comprovam esse fenômeno. O astronauta espanhol Pedro Duque afirmou que, da Estação Espacial Internacional (ISS), a atividade humana só é visível “no campo de estufas no Sul de Almería“, devido à “grande capacidade refletora da luz solar” do plástico que cobre as estufas.

O impacto das estufas

A transformação da paisagem de Almería é um fenômeno relativamente recente. Até a década de 1950, a região era árida e desértica, cenário ideal para filmes de faroeste.

A partir da década de 1970, a NASA começou a registrar a expansão das estufas, que transformaram a região em um “mar de plástico”.

Além da visibilidade do espaço, as estufas de Almería podem causar um efeito de resfriamento local, já que a cobertura branca reflete uma quantidade significativa de luz solar, como apontado pela NASA.

A evolução da agricultura em Almería

A história das estufas de Almería começou com agricultores que, nas décadas de 1950 e 1960, experimentaram cobrir o solo com areia, manta morta e plástico para proteger as plantações dos ventos marítimos.

Os resultados foram surpreendentes: o cultivo em estufas se mostrou muito mais produtivo, pois o solo retinha mais calor e umidade.

Com a introdução de técnicas como irrigação gota a gota, uso artificial do solo e hidroponia, a produção agrícola de Almería se intensificou. A região, antes semiárida e pouco povoada, se transformou em uma potência agrícola, adaptando as condições naturais à inovação tecnológica.

Adaptando-se ao Clima

Para controlar a temperatura e a umidade dentro das estufas, os agricultores desenvolveram uma técnica peculiar: o branqueamento com cal.

Durante o verão, a ventilação natural não é suficiente para dissipar o calor, e a cal é aplicada sobre o plástico para reduzir a incidência solar.

No final de agosto, a cal é removida para permitir o aquecimento necessário para as culturas de inverno e primavera.

Almería em números

A importância econômica das estufas de Almería é inegável. Dados do Ministério da Agricultura da Andaluzia (2021/2022) mostram que a região possui 47.911 hectares de área cultivada em estufas, produzindo mais de 3,4 bilhões de quilos de frutas e hortaliças, com um valor de R$ 2,7 bilhões.

A maior parte da produção (pimentão, tomate, abóbora, berinjela, entre outros) é exportada para países como Alemanha, França e Reino Unido.

Almería não está sozinha nesse “mar de plástico”. A Espanha possui cerca de 70 mil hectares de estufas, sendo o segundo país com maior área coberta por polietileno, atrás apenas da China, com 82 mil hectares.

Um relatório da Organização para Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) de 2023 alerta para o crescimento global da utilização de plásticos na agricultura.

A demanda por cobertura de estufas, solo e ensilagem deve aumentar em 50% até 2030, atingindo 9,5 milhões de toneladas.

Com informações de NASA.

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Moesio oliveira
Moesio oliveira
24/01/2025 13:03

Na escola meu professor que já morreu ele fala que tinha parte da muralha ficava escondeda.

Fernandofunasa@hitmail.com
Fernandofunasa@hitmail.com
24/01/2025 19:03

É incrível, cada dia mais aprendemos coisas novas,magnificooooo

Robert
Robert
25/01/2025 19:36

Gostaria que né ajudassem, por essa foto nossa Terra não seria menor?

Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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