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Multas de trânsito mais caras do mundo — homem pagou aproximadamente R$ 1,6 milhão por dirigir a 137 km/h em uma via com limite de 80 km/h

Publicado em 06/02/2025 às 10:09
Multas
Foto: Reprodução

Você acha que as multas são caras? Um motorista foi multado em aproximadamente € 270.000 (R$ 1,6 milhão) por ultrapassar o limite de velocidade em 57 km/h. Descubra os países com as penalidades mais altas!

No trânsito, o respeito às leis é fundamental para garantir segurança e ordem. No entanto, em muitos países, o descumprimento dessas regras pode resultar em multas altíssimas, que variam conforme a legislação local e, em alguns casos, até com a renda do infrator.

Em nações como Finlândia e Suíça, essa abordagem tem o objetivo de garantir proporcionalidade, tornando as penalidades mais justas e eficazes.

Multas de trânsito pelo mundo

Como os países estabelecem suas multas pode variar drasticamente. Enquanto algumas nações impõem valores fixos, outras utilizam um sistema progressivo, baseado na renda do motorista.

O objetivo principal dessas políticas é garantir que a punição seja um verdadeiro desincentivo ao comportamento imprudente, independentemente da condição financeira do infrator.

Além disso, muitas dessas multas elevadas são justificadas pelo compromisso com a redução de acidentes e pelo aumento da segurança viária.

Finlândia

A Finlândia é um dos países mais rigorosos quando se trata de multas de trânsito. Seu sistema baseia-se na renda do condutor e na gravidade da infração.

Em um caso emblemático de 2023, um empresário foi multado em impressionantes €121.000 (cerca de R$ 620.000 na cotação atual) por excesso de velocidade.

Como a multa é calculada com base na renda disponível do infrator, motoristas com altos salários podem ser penalizados com valores astronômicos.

Essa medida visa garantir que as multas tenham um impacto real, independentemente do poder aquisitivo do infrator.

O governo finlandês reforça que essa abordagem tem sido essencial para reduzir os índices de reincidência.

Suíça

Seguindo uma abordagem semelhante, a Suíça também impõe multas de trânsito proporcionais à renda. Em 2010, um motorista foi multado em aproximadamente €270.000 (cerca de R$ 1,6 milhão na cotação atual) por dirigir a 137 km/h em uma via com limite de 80 km/h.

As penalidades podem ser extremamente severas, especialmente para reincidentes, sendo uma das formas mais eficazes de desestimular comportamentos perigosos no trânsito.

Um diferencial do sistema suíço é a possibilidade de penas de prisão em casos de infrações gravíssimas, como conduzir em alta velocidade em áreas residenciais.

Noruega

A Noruega é conhecida por suas rígidas leis de trânsito. O país impõe penalidades elevadas para infrações como excesso de velocidade e direção sob efeito de álcool.

As multas podem ultrapassar €800 (aproximadamente R$ 4.400) para quem ultrapassar os limites de velocidade, e penalidades ainda mais severas são aplicadas para reincidentes.

Além disso, em casos graves, os motoristas podem perder a habilitação por longos períodos, reforçando o compromisso do país com a segurança viária.

Outro fator importante é que a Noruega investe continuamente na fiscalização eletrônica, tornando as infrações mais facilmente detectáveis.

Suécia e Islândia

Outros países escandinavos, como Suécia e Islândia, também aplicam multas proporcionais à renda do motorista.

Essa abordagem tem como principal objetivo evitar que pessoas com maior poder aquisitivo sintam-se imunes às penalidades, criando um sistema mais equitativo e eficaz.

Dessa forma, independentemente da situação financeira do infrator, a multa é sentida de maneira significativa, reforçando a importância do cumprimento das regras.

Além das multas, esses países adotam programas de reeducação para motoristas infratores, visando à mudança de comportamento a longo prazo.

Impacto e eficácia das multas

A implementação de multas proporcionais à renda tem sido eficaz na redução de infrações graves.

Estudos mostram que esse modelo aumenta a percepção de risco entre motoristas de todas as classes sociais, tornando o trânsito mais seguro.

Além disso, a aplicação de penalidades severas contribui diretamente para a redução de acidentes fatais. Um levantamento do Conselho Europeu de Segurança no Transporte apontou que países com multas mais rígidas tendem a ter índices menores de acidentes relacionados à velocidade excessiva.

Na Finlândia, por exemplo, a taxa de mortalidade no trânsito é de aproximadamente 3,5 mortes por 100.000 habitantes, uma das mais baixas da Europa.

Em contrapartida, países onde as multas são relativamente baixas, como os Estados Unidos, apresentam índices superiores.

Outro fator relevante é que a destinação dos valores arrecadados com multas em muitos países europeus é direcionada para programas de segurança no trânsito e melhorias na infraestrutura viária.

Isso significa que o dinheiro arrecadado não serve apenas como punição, mas como um meio para tornar as ruas mais seguras.

Como funciona no Brasil

No Brasil, as multas de trânsito seguem um modelo fixo, variando conforme a infração, mas sem levar em conta a renda do motorista.

Esse sistema pode ser ineficaz para desestimular motoristas de alta renda, que podem pagar as penalidades sem sentir um impacto significativo em suas finanças.

Como consequência, alguns condutores acabam reincidindo, pois a multa não é um impeditivo real para seu comportamento imprudente.

A adoção de um modelo progressivo poderia tornar as penalidades mais justas e eficientes, garantindo que todos os motoristas respeitem as leis de trânsito de maneira mais equitativa.

Além disso, medidas como a ampliação da fiscalização e o aumento de campanhas educativas poderiam reforçar ainda mais a segurança viária.

O Brasil poderia também investir mais na transparência sobre a destinação dos valores arrecadados com multas, garantindo que esses recursos sejam aplicados diretamente na segurança do trânsito.

Com informações de El Pais.

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