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MIT cria projeto de células solares que permite produção de energia em qualquer superfície

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 23/01/2023 às 13:00
Atualizado em 02/02/2023 às 19:18
As novas células solares são mais finas que fios de cabelo e podem garantir a produção de energia em qualquer superfície. O grupo do MIT agora parte para o teste do projeto em diversos materiais para a verificação da sua viabilidade prática.
Foto: MIT

As novas células solares são mais finas que fios de cabelo e podem garantir a produção de energia em qualquer superfície. O grupo do MIT agora parte para o teste do projeto em diversos materiais para a verificação da sua viabilidade prática.

Mirando no futuro da tecnologia e inovação, um grupo de desenvolvimento do MIT está, nesta segunda-feira, (23/01), com a nova aposta para o setor energético. Trata-se de um projeto de células solares mais finas que um fio de cabelo, que podem ser aplicadas em qualquer superfície para a produção de energia. Elas são produzidas a partir de nanomateriais flexíveis e fáceis de serem aplicados. As próximas fases de testes do projeto já estão em andamento.

Conheça um pouco mais dessa criação que promete revolucionar o setor de energia solar

Fonte: MIT

Projeto de células solares do MIT promete revolucionar produção de energia de forma prática e otimizada em qualquer superfície

A busca por novas soluções para a produção de células solares tem sido o grande foco de grupos de pesquisa em todo o mundo.

Elas permitem uma aplicabilidade maior de placas de energia solar para a produção otimizada e sustentável de energia em diversas superfícies.

Agora, um grupo de cientistas do MIT está com a nova aposta para o futuro do mercado energético internacional, células solares feitas de nanomateriais.

Elas são mais finas que fios de cabelo, aplicadas num tecido ultra-leve e que permite que qualquer superfície se torne numa fonte de energia.

Por serem desse tamanho nanométrico, elas têm um centésimo do peso dos painéis solares convencionais. No entanto, elas possuem uma capacidade de gerar cerca de 18 vezes mais energia que esses painéis.

Uma das principais vantagens das células solares do projeto do MIT é a sua composição, visto que elas são produzidas a partir de tintas semicondutoras através de processos de impressão.

Dessa forma, elas se tornam mais flexíveis e duradouras, podendo ser aplicadas para a produção de energia em superfícies como velas de barcos e asas de drones.

Ao contrário células solares de silício tradicionais, que são frágeis e obrigam a ser envoltas em vidro e colocadas numa estrutura de alumínio, estas novas células solares são feitas de nanomateriais.

Essas características tornam esse projeto uma das grandes apostas do MIT para o futuro da produção de energia solar em larga escala no mundo inteiro.

A equipe de cientistas pode fornecer um modelo de células solares que vai revolucionar todo o mercado global.

Equipe do MIT se prepara para testes de aplicação das células solares em diferentes materiais nos próximos passos do projeto

Apesar de serem bastante eficientes, o grupo do MIT encontrou um problema inicial no desenvolvimento das células solares, o seu manuseio.

Isso, pois, por serem finos e frágeis, elas acabavam correndo o risco de rasgar com mais facilidade. No entanto, a equipe procurou uma forma de leve, flexível e resistente de colocar estas células.

Dessa forma, foi escolhido o Dyneema, um material feito de fibras que pesa apenas 13 gramas por metro quadrado e já foi utilizado até para levantar um navio do fundo do oceano.

Após todos os testes iniciais para a utilização do material, foi detectado que as células solares podem produzir 730W por quilograma quando usada individualmente. Ou cerca de 370W por quilo quando utilizado conjugado com o Dyneema.

A durabilidade do produto é um dos grandes diferenciais do projeto, visto que foi constatado que, após enrolar e desenrolar 500 vezes um painel solar em tecido, as células conservavam mais de 90% da capacidade inicial.

Agora, a equipe do MIT parte para os testes de aplicação das células solares em diferentes materiais, visando a verificação da viabilidade de produção de energia em larga escala.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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