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“Mísseis hipersônicos podem destruir nossos porta-aviões nos primeiros 20 minutos de um conflito”, alerta Pete Hegseth, Secretário de Defesa dos Estados Unidos

Publicado em 18/04/2025 às 14:06
Porta-aviões, Mísseis hipersônicos, Mísseis
Créditos: Ding Ziyu/Xinhua

Pete Hegseth alerta que os mísseis hipersônicos da China podem destruir porta-aviões dos EUA em somente 20 minutos, segundo simulações do Pentágono

O Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, manifestou preocupação com os avanços da China em armamentos hipersônicos. Em entrevista recente, ele afirmou que os novos mísseis chineses conseguiriam neutralizar porta-aviões americanos em somente 20 minutos.

Para Hegseth, a China está desenvolvendo tecnologias militares com foco direto na supremacia naval dos EUA. Segundo ele, os porta-aviões são os principais símbolos da projeção de poder dos Estados Unidos e agora estão sob ameaça direta dos mísseis hipersônicos chineses.

Então, se toda a nossa plataforma de projeção de poder são porta-aviões e a capacidade de projetar poder dessa forma estrategicamente ao redor do globo. E, sim, temos uma tríade nuclear e tudo mais, mas [os porta-aviões] são uma grande parte disso. E se 15 mísseis hipersônicos podem destruir nossos 10 porta-aviões nos primeiros 20 minutos de um conflito, como isso se parece?”, disse ele.

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Simulações apontam desvantagem americana em relação aos mísseis hipersônicos

Durante a mesma entrevista, o secretário mencionou que simulações de guerra conduzidas pelo Pentágono têm apontado repetidas derrotas dos EUA diante de cenários que envolvem o uso desses novos mísseis pela China. Para Hegseth, isso demonstra a urgência de repensar a estratégia defensiva norte-americana.

O alerta do secretário também ecoa a avaliação de especialistas militares. Eles destacam que mísseis como o DF-21D e o DF-17 representam um risco elevado para os tradicionais grupos de batalha com porta-aviões.

Com alcance superior a 1.500 quilômetros e capacidade de manobras evasivas, esses armamentos desafiam as defesas convencionais utilizadas pelos EUA.

Modernização e alianças como resposta

Em reação a essa ameaça, os Estados Unidos têm acelerado o desenvolvimento de sistemas de interceptação mais avançados. Além disso, há um esforço de modernização da frota naval americana.

Outro movimento importante tem sido o reforço das alianças militares no Indo-Pacífico. Hegseth realizou visitas recentes ao Japão e às Filipinas para aprofundar a cooperação com parceiros estratégicos da região.

A presença militar americana na região de Taiwan também tem sido reforçada diante do aumento das tensões. Segundo analistas, a evolução das capacidades chinesas pode mudar o equilíbrio estratégico regional. Isso exigiria uma resposta conjunta, coordenada e contínua dos Estados Unidos e seus aliados.

DF-17: o míssil hipersônico testado em segredo

Os primeiros testes com o míssil DF-17 foram realizados pela China em novembro de 2017. A informação foi divulgada pelo portal The Diplomat. Os voos de teste ocorreram no Centro de Lançamento Espacial de Jiuquan, na Mongólia Interior.

Em um dos testes, realizado no dia 1º de novembro, a carga útil do míssil percorreu uma distância de cerca de 1.400 quilômetros. O veículo planador hipersônico (HGV), acoplado ao míssil, voou a uma altitude de 60 quilômetros após se separar do propulsor balístico.

O HGV entra em ação após a conclusão das fases balística e de reentrada do míssil. Ele permite maior manobrabilidade durante a fase final do voo, tornando a interceptação mais difícil. Durante o teste, o DF-17 atingiu um alvo na província de Xinjiang, a poucos metros do ponto previsto, segundo fontes citadas pela publicação.

Múltiplas capacidades e precisão

Segundo a inteligência americana, o DF-17 é um míssil de alcance médio, com capacidade estimada entre 1.800 e 2.500 quilômetros. Ele pode transportar tanto ogivas nucleares quanto convencionais.

Além disso, o míssil pode ser adaptado para carregar um veículo de reentrada manobrável, o que amplia suas possibilidades de uso tático. Durante o teste de voo citado, a fase de planagem hipersônica durou quase 11 minutos e foi considerada um sucesso pelas autoridades chinesas.

A crescente precisão e alcance dos armamentos chineses colocam os EUA em alerta. O equilíbrio militar na região do Indo-Pacífico pode estar mudando.

Com informações de Naval.com.

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Romário Pereira de Carvalho

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