Em classificação inédita em licitações de sondas promovida pela Petrobras, seis sondas terminam em primeiro lugar, agora estatal pode contratar mais do que o previsto
Em decisão inédita neste tipo de contratação, a Petrobras classificou seis sondas em primeiro lugar na licitação para contratar equipamentos com capacidade para operar em 2 mil m de lâmina d’água.
Não se tem registro em licitações anteriores de um empate entre este número de pretendentes, mas pode ser vantajoso para os candidatos já que podem haver um número maior de sondas contratadas, ao invés das duas originalmente estabelecidas.
A licitação, conhecida como “pool” de sondas, pois as mesmas não teriam local fixo para operar, teve momentos complicados, com o recurso impetrado pela Ocyan, que obrigou a Petrobras a qualificar o grupo brasileiro e também como o da decisão de manter a desqualificação da China Oil Field Services Limited (COSL).
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Segundo o boletim publicado pela comissão de licitação, o empate em primeiro lugar entre seis equipamentos trouxe a seguinte relação: a Alpha Star, Gold Star e Amaralina Star, da Constellation, a Norbe VI, da Ocyan, a Lone Star, também ofertada pela Constellation e a Catarina, da Petroserv (Ventura).
As taxa diárias ofertadas pelas empresas ficaram entre US$ 135 mil/dia a US$ 194 mil/dia, sem levar em conta o custo da mobilização, e de US$ 141 mil/dia a US$ 201 mil/dia, já com o valor total.
A sétima sonda ofertada e que ocupou o segundo lugar foi a Laguna Star (Constellation), em terceiro a West Tellus, da Seadrill, em quarto a Deepwater Athena, da Transocean/Ocean Rig e as sondas Noble Danny Adkins e Noble Jim Day, da Noble, em quinto e sexto lugares, respectivamente.
Do segundo ao sexto lugar, as taxas diárias ofertadas ficaram acima de US$ 200 mil/dia.
Oferta em excesso de sondas pode suprir outra licitação
Comenta-se que a Petrobras possa, tendo em vista o número de sondas ofertadas nesta licitação, cobrir as faltas ocasionadas pelos altos valores do leilão de sondas ancoradas (para águas rasas) realizado sob o modelo de leilão reverso na metade do deste mês.
Outro fator que pode fazer a Petrobras aproveitar estas ofertas para contratar além do esperado, foi a decisão tomada na semana passada de aprovisionar R$ 1,3 bilhão para a Sete Brasil, pois a empresa não estaria mais contando com as sondas que estão sendo leiloadas em fase de construção na Brasfels e no Jurong, devido as baixas propostas que recebeu.
Após a divulgação do resultado da licitação, agora irão começar as negociações, mas antes a Petrobras tem até o dia 05 de maio para receber as propostas validadas pelas empresas, que deverão disponibilizar os equipamentos em setembro e optar pelo contrato de um ano, podendo ser renovado por mais um ou por um contrato de dois anos firmes.
Outro assunto a se resolver é o fato de que algumas das sondas ofertadas estão participando de outras licitações ou estão sob contrato fora do Brasil, como por exemplo, é o caso da sonda Catarina, pertencente a Petroserv que acaba de ser contratada pela Eni.