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J&F apresenta oferta de R$ 10 bilhões para adquirir participação da Novonor na Braskem, uma das maiores petroquímicas do país

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 13/07/2023 às 09:59
A petroquímica Braskem tem movimentado o setor nos últimos dias com empresas como a J&F, Unipar, Apollo e a Adnoc oferecendo valores altos visando adquirir a participação da Novonor.
Fonte: Seu dinheiro

A petroquímica Braskem tem movimentado o setor nos últimos dias com empresas como a J&F, Unipar, Apollo e a Adnoc oferecendo valores altos visando adquirir a participação da Novonor.

A J&F, holding da família Batista, surpreendeu o mercado ao apresentar uma oferta de R$ 10 bilhões para adquirir a participação da Novonor na Braskem, conforme informações obtidas pelo Pipeline, do Valor. Essa proposta foi submetida recentemente aos bancos credores da Novonor, uma vez que as ações da petroquímica são utilizadas como garantia para uma dívida anteriormente contraída pela antiga Odebrecht junto às instituições financeiras.

Proposta da família Batista agrada bancos credores da Novonor

O valor proposto pela família Batista pela Braskem é o mesmo oferecido pela Unipar, porém, agrada mais aos bancos, pois não reserva nenhuma fatia para a família Odebrecht.

Enquanto na proposta da Unipar, a Novonor continuaria sendo acionista, entretanto, com uma participação reduzida de 4%.

Porém, a oferta da J&F não seria suficiente para liquidar a dívida da Novonor aos bancos, que pode chegar aos R$ 15 bilhões.

Fonte: Jovem Pan News

Gestora americana Apollo e a Adnoc também fazem oferta pela Braskem

Por outro lado, a gestora americana Apollo e a Adnoc também entraram na disputa pela Braskem, oferecendo R$ 47 por ação.

Essa proposta consiste em um pagamento de R$ 20 em dinheiro, R$ 20 por meio da emissão de títulos de dívida perpétuos com taxa de 4% ao ano e R$ 7,14 em warrants, que são contratos que conferem o direito de compra de ações.

Inicialmente, a proposta da Apollo e Adnoc era para adquirir o controle total da Braskem, mas elas estariam dispostas a se tornarem sócias da Petrobras, que detém 36,1% do ativo, considerando que a Novonor possui 38,3%.

A disputa pela Braskem, uma das maiores petroquímicas do país, está cada vez mais acirrada, com diferentes grupos apresentando propostas.

A entrada da J&F, com sua oferta de R$ 10 bilhões, trouxe uma nova dinâmica para a negociação, agradando os bancos credores da Novonor.

A proposta da Apollo e Adnoc, por sua vez, oferece um valor mais alto por ação, mas envolve diferentes formas de pagamento e a possibilidade de parceria com a Petrobras.

A definição do futuro da Braskem dependerá das negociações entre os envolvidos, bem como das análises e aprovações das instituições financeiras e dos órgãos reguladores.

Os desdobramentos desse processo serão acompanhados de perto pelos investidores e pelo mercado, uma vez que a Braskem é uma empresa de grande relevância no setor petroquímico e suas decisões impactam todo o segmento.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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