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Japão investe na geração de energia ‘ilimitada’ através das ondas oceânicas que prometem revolucionar a produção de energia renovável ao redor do mundo

27 de junho de 2022 às 10:49
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Japão decide investir na geração de energia através de correntes oceânicas que promete transformar a produção de energia renovável ao redor do mundo
Projeto Kairyu – imagem: Ishikawajima-Harima Heavy Industries

O Japão está focando na transição energética, buscando meios para a produção de energia limpa e renovável. Desta vez, uma empresa do país desenvolveu um equipamento capaz de gerar energia das ondas oceânicas.

Pesquisadores do Japão estão em busca de alternativas de geração de energia para substituir as suas usinas nucleares com a geração de energia renovável, entretanto até agora, embora a sofisticação do empreendimento e da criatividade utilizada, além dos valores investidos, ainda não obtiveram resultados expressivos como a expectativa.

Japão pretende utilizar energia das ondas

A turbina oceânica do Japão oferece energia renovável ‘ilimitada’

A Organização de Desenvolvimento de Novas Energias e Tecnologias Industriais do Japão (ODNETIJ) anunciou a conclusão, com sucesso, de testes de uma turbina que pode ser uma das alternativas para transformar a produção de energia renovável no mundo inteiro.

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Os testes duraram cerca de três anos e meio. Batizado de Kairu, que na tradução simples do japonês significa correntes oceânicas. O projeto, que visa gerar energia limpa parece ser promissor e é considerado uma das fontes naturais de maior força que ainda é inexplorada. O Japão explora a energia das ondas, ou o fluxo das correntes marítimas permanentemente.

Agora, a entidade afirma que o desafio é projetar um gerador de energia renovável capaz de suportar as fortes correntes que passam perto da costa do país. A empresa NEDO, em parceria com a IHI Corporation, de acordo com um comunicado, demonstrou que seu protótipo conseguiu resistir aos três primeiros anos operando em condições reais.

O projeto de energia limpa produziu 100 quilowatts de energia durante o período de testes. A empresa, então, lançou um projeto ainda maior. Agora, busca transformar a turbina de energia das ondas em uma gigantesca estrutura pesando mais de 300 toneladas, com capacidade de gerar 2 MW. 

Projeto ficará pronto em 2030

A estimativa da entidade de desenvolvimento e das empresas envolvidas neste projeto é que tudo fique pronto em mais de 7 anos e meio, no começo de 2030. O protótipo que gera energia renovável possui uma estrutura de 20 metros de comprimento, acompanhada por um par de cilindros de tamanho semelhante. Cada um dos cilindros, possui um sistema de geração de energia limpa conectado a uma turbina de 11 metros de comprimento.

O protótipo fica ancorado no fundo do mar, mas flutuando a cerca de 50 metros abaixo da superfície. O cabo da âncora também é utilizado para transportar a energia das ondas até o continente. O aparelho pode ser movido, levantado ou abaixado, para encontrar a orientação da correnteza mais eficiente para a geração de eletricidade.

A força da água faz com que as lâminas da turbina girem, colocadas na direção oposta, o que com uma série de sensores de posição, faz com que o dispositivo fique permanentemente estável, embora os movimentos dramáticos da água na área.

Super Turbinas poderiam gerar 200 GW de energia limpa

Quando estiver totalmente pronta, a nova super turbina será colocada numa corrente oceânica conhecida como Kuroshio, que tem uma velocidade de até 1,5 metro por segundo. As empresas estimam que, se toda essa energia da corrente oceânica presente pudesse ser aproveitada por geradores parecidos, seria possível gerar cerca de 200 GW de energia, algo como 60% do que o Japão consome atualmente.

As tentativas anteriores de extrair energia das marés, correntes e ondas do oceano aberto acabaram fracassadas, de acordo com dados da organização.

O custo elevado para a construção de uma estrutura deste tipo e sua colocação em mar aberto, seriam um dos principais empasses, os problemas ambientais que podem gerar e os perigos da proximidade entre as zonas costeiras e a rede elétrica é algo em que os pesquisadores estão trabalhando para minimizar o máximo possível.

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