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Hyperloop brasileiro: transporte de contêineres a 595 km/h vai fazer país dar salto gigantesco em logística

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 18/03/2025 às 15:57
Hyperloop Brasil promete revolucionar o transporte de contêineres com cápsulas a 595 km/h, reduzindo tempo entre Santos e Campinas para 30 minutos e diminuindo emissões de CO₂.
Hyperloop Brasil promete revolucionar o transporte de contêineres com cápsulas a 595 km/h, reduzindo tempo entre Santos e Campinas para 30 minutos e diminuindo emissões de CO₂.

Projeto prevê investimento bilionário e promete reduzir tempo de transporte entre Santos e Campinas para 30 minutos

O hyperloop brasileiro, projeto da Hyperloop Transportation Technologies (HTT), pretende transformar a logística de cargas no país com um sistema de transporte baseado em cápsulas de alta velocidade. O objetivo é conectar o Porto de Santos a São Paulo e Campinas, permitindo o transporte de contêineres a até 595 km/h. Segundo a HTT, o projeto está em fase de estudo de viabilidade e pode ser um divisor de águas para a movimentação de cargas no Brasil.

Atualmente, o Porto de Santos, o maior da América Latina, enfrenta desafios logísticos devido ao intenso fluxo de caminhões. São cerca de 15.000 veículos por dia, o que gera congestionamentos e aumenta o tempo de deslocamento até São Paulo para até duas horas. Com o hyperloop brasileiro, a expectativa é que o tempo de viagem seja reduzido para apenas 30 minutos, tornando-se uma alternativa competitiva ao transporte rodoviário e aéreo.

Como funciona o hyperloop brasileiro?

​O Hyperloop Brasil, projeto da Hyperloop Transportation Technologies (HTT), visa conectar o Porto de Santos a cidades estratégicas do estado de São Paulo. O trajeto inicial ligará Santos a Campinas, passando por São Paulo, totalizando 169 km. Há planos de expansão até São José do Rio Preto, estendendo a rota para 549 km.
​O Hyperloop Brasil, projeto da Hyperloop Transportation Technologies (HTT), visa conectar o Porto de Santos a cidades estratégicas do estado de São Paulo. O trajeto inicial ligará Santos a Campinas, passando por São Paulo, totalizando 169 km. Há planos de expansão até São José do Rio Preto, estendendo a rota para 549 km.

O sistema do hyperloop brasileiro utilizará cápsulas dentro de tubos de vácuo parcial, reduzindo a resistência do ar e permitindo que as cargas alcancem velocidades de quase 600 km/h. Segundo a New Atlas, as cápsulas serão projetadas para transportar contêineres de 40 pés, o equivalente a dois TEUs (unidade equivalente a 20 pés), reduzindo drasticamente o tempo de deslocamento e os custos logísticos.

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Além de eficiência, o hyperloop brasileiro também se destaca pelo impacto ambiental. A expectativa é que ele reduza o tráfego de caminhões em até 4.000 veículos por dia, o que ajudaria a diminuir as emissões de CO₂ em cerca de 906 toneladas diárias até 2060.

Investimentos e viabilidade econômica

O primeiro trecho do hyperloop brasileiro ligará Santos a Campinas, com 169 km de extensão e um investimento estimado em US$ 9,6 bilhões. A projeção é que esse trecho gere receitas de US$ 17,1 bilhões, tornando-o financeiramente viável para investidores privados e órgãos públicos. O projeto completo prevê expansão até São José do Rio Preto, totalizando 549 km de extensão e um investimento adicional para concluir a rede.

A HTT estima que o projeto tenha uma Taxa Interna de Retorno (TIR) de 62,7% e um Valor Presente Líquido (VPL) de US$ 4,8 bilhões, caso o governo financie parte da infraestrutura. O modelo de parceria público-privada (PPP) está sendo estudado para viabilizar a construção e operação do sistema .

Impactos no transporte e economia

O hyperloop brasileiro não só revolucionaria a logística portuária como também traria benefícios econômicos. Especialistas indicam que a redução do tráfego de caminhões diminuiria os custos operacionais do Porto de Santos, além de aliviar a pressão sobre as rodovias que ligam a cidade ao interior paulista. Estima-se que o sistema poderia gerar uma economia de até US$ 2 bilhões em custos indiretos, incluindo redução de acidentes, poluição do ar e desgaste das estradas.

Segundo o HyperloopTT, o projeto está na fase de Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA). Após essa etapa, serão definidos os modelos de financiamento e obtidas as aprovações governamentais necessárias para dar início às obras. A expectativa é que, se aprovado, o sistema comece a ser construído na segunda metade desta década, colocando o Brasil na vanguarda do transporte de cargas de alta velocidade.

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Rafaela Fabris

Fala sobre inovação, energia renováveis, petróleo e gás. Com mais de 1.200 artigos publicados no CPG, atualiza diariamente sobre oportunidades no mercado de trabalho brasileiro. Sugestão de pauta: rafafabris11@gmail.com

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