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Gasolina comum bate novo recorde de preço; consumidores já pagam mais de R$ 7 pelo combustível, diz ANP

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 23/08/2021 às 12:47
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Abastecimento – Imagem: Foto: Shutterstock

Devido à desvalorização do câmbio e outros fatores, a gasolina comum chegou a um preço maior que R$ 7 aos consumidores que utilizam o combustível no Rio Grande do Sul, segundo dados registrados pela ANP

De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço da gasolina comum já passou dos R$ 7 no Rio Grande do Sul e os consumidores do Acre pagam R$ 6,99 desde a última semana. O preço médio do combustível no País subiu em 0,22% entre os dias 8 e 14 de agosto e já acumula alta de 0,60% no mês. De acordo com especialistas, o dólar tem grande influência no aumento do combustível, registrado pela ANP, mas outros fatores também contribuem.

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Preço do barril de petróleo aumenta após desvalorização do câmbio

De acordo com Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, os derivados de petróleo, como a gasolina comum, aumentam sempre que há uma desvalorização do câmbio e o preço do barril também aumenta. No dia 21, o dólar fechou a R$ 5,3848, e o petróleo Brent negociado em Londres chegou a US$ 65,18 por barril.

Na composição do preço da gasolina comum, a parte da Petrobras é a maior, segundo a ANP, com 32,9%. A estatal possuía 98% do mercado de refino até 2019, quando se comprometeu em vender metade de suas refinarias ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Até agora, a única que já foi vendida é a da Bahia, comprada pelo fundo soberano dos Emirados Árabes, Mubadala.

Quase 7% da gasolina consumida no Brasil vem de fora

Manter a igualdade de preços internacional é fundamental para que interessados sejam atraídos para outras refinarias. Outro ponto que reforça a necessidade disso é o fato do Brasil precisar importar combustível para que o mercado interno seja abastecido.

Cerca de 7% da gasolina que é consumida no País entre os meses de janeiro e junho vem do exterior, de acordo com Valéria Lima, diretora executiva de Downstream do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP). Segundo ela, não adianta colocar a culpa na Petrobras, pois o câmbio também pressiona muito e se estivesse mais baixo, a gasolina também estaria com melhor preço para os consumidores. E isso é resultado da política econômica, afinal, o câmbio também reflete as condições macroeconômicas do país.

A diretora também destaca que há outros determinantes para o preço da gasolina comum que chega aos consumidores. Até mesmo os biocombustíveis que são incluídos na mistura final subiram, como é o caso do etanol anidro, que é adicionado na proporção de 27% na gasolina comum e representa 15,9% do valor que chega aos consumidores.

ICMS é um dos maiores influenciadores no aumento registrado pela ANP

Um dos maiores vilões no preço do combustível é o ICMS, que também é responsável por 27,9% do valor que chega aos consumidores. Cada Estado possui competência para definir o valor e que de acordo com dados da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis varia entre 25% e 34% na gasolina, dependendo do estado.

Apesar de ser alto, o combustível brasileiro não está entre os mais caros do mundo. O preço médio mundial, era de US$ 1,20 por litro no dia 16 deste mês e de US$ 1,115 no Brasil.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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