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Força Aérea Brasileira (FAB) abate avião venezuelano que entrou sem avisar no Brasil

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 13/02/2025 às 15:36
FAB intercepta e abate avião venezuelano que entrou ilegalmente no Brasil e desobedeceu ordens. Droga foi encontrada na aeronave. (Essa foto é ilustrativa e criada por IA. Imagens reais no vídeo)
FAB intercepta e abate avião venezuelano que entrou ilegalmente no Brasil e desobedeceu ordens. Droga foi encontrada na aeronave. (Essa foto é ilustrativa e criada por IA. Imagens reais no vídeo)

Um avião venezuelano invadiu o espaço aéreo brasileiro e ignorou todas as ordens da FAB. Após tiros de advertência, foi classificado como hostil e abatido. A aeronave caiu na selva, e a Polícia Federal encontrou drogas a bordo. A operação integra os esforços para coibir o tráfico na fronteira.

Uma aeronave desconhecida entrou ilegalmente o território nacional brasileiro, sem qualquer tipo de identificação ou plano de voo.

O que poderia ter sido um erro de navegação logo se revelou uma operação criminosa, forçando a rápida reação da Força Aérea Brasileira (FAB).

A invasão de aeronaves em território brasileiro tem sido um dos desafios enfrentados pelas autoridades de segurança, principalmente em áreas de fronteira.

Essas incursões frequentemente estão ligadas ao tráfico de drogas e ao contrabando, o que torna essencial a aplicação de protocolos rigorosos para evitar riscos à soberania do país.

Ação rápida e protocolar

De acordo com a FAB, o avião de origem venezuelana invadiu o espaço aéreo brasileiro sem autorização e desobedeceu a todas as ordens para pouso forçado.

A interceptação ocorreu na terça-feira (11), mas a divulgação oficial aconteceu apenas no dia seguinte.

Segundo a CNN Brasil, a aeronave foi detectada pelo Comando de Operações Aeroespaciais (Comae), que imediatamente acionou os protocolos previstos no Decreto nº 5.144/2004, que regulamenta a chamada “Lei do Abate”.

Inicialmente, as “medidas de averiguação” foram realizadas para confirmar a identidade e monitorar o comportamento do avião.

A FAB seguiu todas as diretrizes estabelecidas para esse tipo de situação, visando garantir que a neutralização da ameaça ocorresse dentro dos parâmetros da lei.

Essas medidas incluem a tentativa de comunicação via rádio e sinais visuais, além da observação de qualquer atitude suspeita por parte dos ocupantes da aeronave.

Escalada da operação: de advertência a tiro de detenção

Após a confirmação de que a aeronave não tinha permissão para estar no espaço aéreo nacional, as medidas de intervenção começaram.

O avião foi orientado a modificar sua rota e pousar em um aeródromo da região amazônica, mas os pilotos ignoraram as ordens.

Na fase seguinte, a FAB realizou tiros de advertência, ainda sem resposta por parte da tripulação.

Com isso, a aeronave foi classificada como hostil, e tiros de detenção foram disparados, com o objetivo de impossibilitar a continuidade do voo.

O procedimento é utilizado como último recurso, sendo acionado apenas quando a aeronave interceptada ignora todas as tentativas anteriores de comunicação e persiste no trajeto ilícito.

Isso garante que apenas alvos de alto risco sejam neutralizados.

Queda na selva e descoberta de drogas

O avião perdeu o controle e colidiu com o solo em uma região de mata fechada nas proximidades de Manaus (AM).

O impacto resultou em um incêndio, dificultando a identificação do modelo da aeronave. Equipes da Polícia Federal, que participaram da operação em conjunto com a FAB, encontraram os dois ocupantes mortos.

No interior do avião, foram localizados entorpecentes, cuja quantidade ainda está em processo de verificação. A investigação busca determinar a origem da carga e a conexão dos traficantes com redes criminosas que atuam na fronteira.

As operações de patrulhamento aéreo desempenham um papel fundamental na segurança do território brasileiro, impedindo a entrada de substâncias ilegais e fortalecendo a repressão ao tráfico internacional.

Nos últimos anos, diversas ações semelhantes foram realizadas, garantindo que aeronaves suspeitas não consigam utilizar o espaço aéreo do país impunemente.

Parte da estratégia da FAB contra o tráfico

A ação fez parte da Operação Ostium, que tem como objetivo intensificar o combate a atividades ilícitas nas fronteiras do Brasil.

Segundo a FAB, o episódio reforça a eficiência da estratégia de monitoramento e interceptação de aeronaves suspeitas.

Essa não é a primeira vez que uma operação desse tipo resulta na neutralização de aeronaves envolvidas no tráfico.

As forças de segurança brasileiras seguem atentas a qualquer movimentação que ameace a soberania e a segurança nacional.

A Operação Ostium já interceptou dezenas de aeronaves nos últimos anos, sendo considerada uma das principais ações de combate ao tráfico aéreo na América do Sul.

Com o aumento das rotas ilícitas utilizadas por criminosos, a FAB tem intensificado o patrulhamento e aprimorado os equipamentos usados para detectar possíveis invasões.

Além do patrulhamento aéreo, as ações coordenadas com a Polícia Federal e outros órgãos de segurança têm possibilitado a identificação de novas estratégias utilizadas pelo crime organizado.

O combate a essas práticas exige monitoramento contínuo e respostas rápidas para impedir a consolidação de novas rotas de tráfico pelo espaço aéreo nacional.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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