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Fim da BYD no Brasil? empresa sofre com ‘cemitério de carros’ sem destino que pode representar o fracasso da chinesa em solo brasileiro: estratégia deu errado?

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 20/01/2025 às 19:38
BYD enfrenta dilema com estoque gigantesco de carros elétricos no Brasil. Estratégia ousada ou erro fatal no mercado nacional?
BYD enfrenta dilema com estoque gigantesco de carros elétricos no Brasil. Estratégia ousada ou erro fatal no mercado nacional?

BYD surpreende ao importar mais de 100 mil carros elétricos tentando driblar impostos de importação. Porém, desafios como infraestrutura precária e estoque parado levantam dúvidas sobre o futuro da marca no Brasil.

Uma decisão polêmica da BYD ainda tem gerado dúvidas e debate sobre o futuro dos carros elétricos no Brasil.

A montadora chinesa, líder no segmento de veículos elétricos, surpreendeu o mercado ao importar mais de 100 mil veículos para o país em 2024.

Essa estratégia, descrita como ousada pelo canal Fórmula Turbo, visa evitar o impacto de impostos de importação crescentes.

No entanto, será que essa jogada é o início de um novo capítulo de sucesso ou um possível fracasso no mercado brasileiro?

A ascensão dos elétricos e os desafios no Brasil

Conforme detalhado no canal Fórmula Turbo, os carros elétricos têm conquistado espaço em vários países.

Na Noruega, por exemplo, os modelos elétricos já representam a maioria das vendas. No Brasil, no entanto, a realidade é bem diferente.

Apenas 2% dos carros vendidos em 2023 eram elétricos ou híbridos.

Apesar disso, a BYD enxergou potencial e aproveitou incentivos fiscais para se estabelecer no país. Até 2023, a empresa dominava cerca de 70% do mercado de veículos elétricos no Brasil.

Mas, em janeiro de 2024, o cenário mudou drasticamente. O governo brasileiro reintroduziu impostos de importação, que variam de 10% a 25%, e que continuarão subindo até atingir 35% em 2026.

Essa mudança afeta diretamente os preços dos veículos e desafia as montadoras a manterem seus produtos competitivos.

Cem mil veículos parados: solução ou problema?

O Fórmula Turbo explicou que, para evitar os novos impostos, a BYD importou um estoque massivo de veículos, suficiente para dois anos de vendas.

A empresa economizou até 13% no custo de cada unidade, uma redução significativa em veículos que custam cerca de R$ 200 mil. Entretanto, essa decisão trouxe novos desafios.

Estocar um volume tão grande significa empatar capital em um mercado ainda em crescimento.

Além disso, os veículos estacionados em pátios e portos podem sofrer com a exposição prolongada ao clima, o que reduz seu valor de mercado.

Outra questão levantada pelo canal é a percepção do consumidor. Veículos fabricados em 2024, mas vendidos em 2025 ou 2026, podem ser vistos como modelos “antigos”, o que pode desvalorizar a marca.

Infraestrutura insuficiente: o calcanhar de aquiles

O canal Fórmula Turbo também destacou que a infraestrutura para veículos elétricos no Brasil está longe do ideal.

Atualmente, o país conta com apenas 3 mil pontos de recarga pública, a maioria concentrada em grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

Comparativamente, a China possui centenas de milhares de estações espalhadas por todo o território.

Essa desigualdade afeta diretamente a experiência do consumidor. Motoristas que desejam viajar longas distâncias enfrentam dificuldades devido à ausência de carregadores rápidos em rodovias.

Além disso, os poucos carregadores disponíveis muitas vezes estão ocupados ou fora de operação, o que desestimula o uso desses veículos.

Outro ponto crítico é o custo elevado para instalação de carregadores domésticos, que pode ultrapassar R$ 10 mil, além do aumento na conta de energia elétrica.

Segundo o Fórmula Turbo, essa combinação de fatores representa um obstáculo significativo para a popularização dos elétricos no Brasil.

Nacionalização como solução

A fim de contornar as barreiras tributárias e logísticas, a BYD anunciou planos para nacionalizar sua produção.

De acordo com o Fórmula Turbo, a empresa está construindo uma fábrica em Camaçari, na Bahia, com previsão de início das operações no primeiro semestre de 2025.

Modelos populares como Dolphin e Dolphin Mini estão entre os planejados para serem fabricados localmente.

A nacionalização promete reduzir custos, já que veículos fabricados no Brasil não serão sujeitos às tarifas de importação.

Além disso, a produção local pode abrir espaço para parcerias com fornecedores brasileiros, fortalecendo a cadeia produtiva.

Entretanto, o canal Fórmula Turbo alertou que essa transição não será simples. Os investimentos iniciais são altos, e o tempo necessário para consolidar a produção pode atrasar os planos da empresa.

Durante esse período, os veículos elétricos precisarão competir com modelos já consolidados e fabricados localmente, que contam com incentivos fiscais regionais.

O futuro dos carros elétricos no Brasil

Apesar dos desafios, a BYD demonstra confiança no mercado brasileiro. A empresa aposta em campanhas de conscientização e preços agressivos para atrair consumidores.

Contudo, como o Fórmula Turbo destacou, o sucesso depende de fatores externos, como políticas públicas mais favoráveis, ampliação da rede de carregadores e maior aceitação por parte do público.

Além disso, há questões técnicas que preocupam os consumidores. A durabilidade das baterias, que têm vida útil de 8 a 10 anos, é um fator crítico.

Substituí-las pode custar mais de R$ 50 mil, o que inviabiliza a revenda de veículos usados. O Fórmula Turbo enfatizou que esse problema é agravado pela rápida obsolescência tecnológica dos elétricos.

Oportunidade ou risco?

O mercado de carros elétricos no Brasil está em uma encruzilhada. A BYD se posiciona como líder e pioneira, mas enfrenta obstáculos como infraestrutura precária, altas tarifas de importação e um público ainda em adaptação.

Será que a montadora conseguirá superar essas barreiras e consolidar seu sucesso no país, ou veremos um retrocesso semelhante ao de outros mercados?

Deixe sua opinião nos comentários: o Brasil está preparado para a revolução dos veículos elétricos ou ainda falta muito para isso?

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Gilvâni Luís Delmonego
Gilvâni Luís Delmonego
21/01/2025 07:53

Já deu certo

Marcio
Marcio
21/01/2025 08:36

Matéria tendenciosa de um fake jornalista. Que vergonha!

João renato
João renato
21/01/2025 08:46

A bateria não é Duracell. !!! Hahahaha…produtos da china, não

vale **** nenhuma.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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