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Brasil firma parcerias bilionárias com mineradoras australianas para exploração de terras raras: projetos de R$ 2,5 bilhões prometem impulsionar economia e tecnologia no setor mineral brasileiro

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 08/11/2024 às 11:07
Terras raras - exploração de terras raras no Brasil
Foto: Dall-e
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A Fiemg realizou uma missão internacional e retornou com importantes contratos firmados com mineradoras australianas para a exploração de terras raras no Brasil. Essa parceria pode transformar o país em uma potência global na exportação desses valiosos recursos, fundamentais para a indústria tecnológica e energética.

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) concluiu sua excursão com acordos firmados com mineradoras australianas na casa dos R$ 2,5 bilhões. A entidade assinou um memorando de entendimento com a St. George Mining Limited para um aporte de R$ 2 bilhões no Projeto Araxá, com foco na exploração de terras raras na região do Alto Paranaíba.

Brasil terá três projetos focados na exploração de terras raras

O segundo acordo com mineradoras australianas foi fechado com a Perpetual Resources e envolve um investimento de R$ 400 milhões para 3 projetos de exploração de terras raras, lítio e estanho no Sul de Minas e no Vale do Jequitinhonha.

Além dos memorandos assinados para exploração de terras raras, a Fiemg também fechou uma parceria com outras três mineradoras australianas para compartilhar o laboratório brasileiro de produção de ímãs de terras. A instalação é a única existente no hemisfério sul.

O presidente da Fiemg, Flavio Roscoe, celebrou os acordos de investimentos que trarão recursos para o setor mineral de Minas Gerais, contudo salientou que uma das principais conquistas da excursão foram os contratos para compartilhamento do laboratório com as mineradoras australianas. 

Segundo o executivo, a apresentação da instalação às empresas estrangeiras e as trocas de conhecimento podem alavancar o Brasil como um futuro player na exportação de ímãs de terras raras, um dos produtos mais valiosos no mundo devido sua aplicação em equipamentos eletrônicos.

Fiemg destaca o Brasil como grande produtor

Terras raras são minérios de difícil extração que possuem características peculiares, como magnetismo intenso e absorção e emissão de luz. Essas propriedades especiais fazem com que os minérios sejam utilizados em várias aplicações tecnológicas, como painéis solares, motores de carros elétricos, torres eólicas, aviões e equipamentos militares.

A partir do minério, é possível desenvolver um ímã que tem propriedades fundamentais para o setor elétrico e eletrônico.

Por si só, os metais raros já são valiosos e o Brasil une o acesso aos minérios à tecnologia do laboratório, contudo os ímãs ganharão ainda mais valor a partir do próximo ano. Em 2025, a China vai parar de exportar os ímãs feitos a partir de metais raros e só exportará os produtos prontos. A decisão gerou um caos global, pois o país asiático é responsável por mais de 90% da produção dos ímãs.

É pensando nisso que o executivo da Fiemg enxerga uma oportunidade para o Brasil atrair investimentos na exploração de terras raras. Roscoe declarou que os países começaram a buscar alternativas aos ímãs chineses e que o Brasil tem as qualidades fundamentais para se fortalecer como um exportador e atender parte da demanda global. Contudo, para isso será necessário avançar em pontos como a desburocratização das licenças ambientais.

Mineradoras australianas se interessam no lítio brasileiro

Segundo Roscoe, o país encontrou grandes reservas de terras raras. Há uma janela de oportunidade e é aquela velha discussão se o Brasil vai demandar agarrar essa janela ou não. Se o meio ambiente não atrasar tudo porque são projetos de baixíssimo impacto ambiental, mas no Brasil as coisas são complexas. A empresa tem a oportunidade de fornecer o produto mais desejado do mundo.

O executivo ainda afirma que as mineradoras australianas ficaram muito interessadas no modelo brasileiro de extração do lítio, mineral fundamental para a produção de baterias. Roscoe afirma que as mineradoras australianas ficaram impressionadas com a sustentabilidade do processo brasileiro e enxergam a possibilidade para escalar a produção no país.

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Futuro
Futuro
09/11/2024 07:37

ExplodirExploracao de minério me lembra catástrofe e destruição ambiental não sei pq..

Evandro Silva
Evandro Silva
09/11/2024 12:58

Vão acabar com a água potável em nosso País. Essas mineradoras usam por hora litro e litros de água. Vão acabar com a Natureza.

Neilor Oliveira
Neilor Oliveira
Em resposta a  Evandro Silva
09/11/2024 14:39

O Brasil nunca vai deixar de ser “colônia” .Nossos governantes, não estou aqui falando de partidos políticos Aou B estou falando de todos os que já governaram o Brasil e também do governo atual não se preocupa com a população ,nossas reservas, nosso meio ambiente.Nossas árvores estão sendo cortadas,nossas riquezas **** tem sido levada embora… Acabamos ficando só com o resto a um preço exorbitante.As pessoas que moram próximo a essas áreas de exploração de minérios estão vivendo precariamente e adquirindo doenças incurável como câncer.É muito triste 😢 essa situação.Enquanto nossos governantes , continuar em agindo assim,logo,logo Minas gerais não vai ser um lugar habitável,sem falar da nossa região Norte onde a maioria dos rios e lagos já estão contaminados com metais pesados e nenhuma empresa ou mineradora são responsabilizadas por tanta miséria e devastação

Izaquiel Mussa
Izaquiel Mussa
09/11/2024 18:14

Oportunidades brilhantes

Helmwige Waeny
Helmwige Waeny
09/11/2024 19:20

2,5 bilhões?
Grande ****, só em 2023 o governo deixou de arrecadar 16 bilhões só na lei Rouanet.
E como a nossa siderurgia foi desmantelada, haverá investimento estrangeiro também.
EEE Brasil colônia.

Flavia Flores
Flavia Flores
10/11/2024 07:00

E as riquezas de Minas e do Brasil continuam a partir do país em contratos que visam enriquecer os já milionários, em detrimento do “savoir faire” dos brasileiros.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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