Estudante canadense revoluciona ao utilizar a Inteligência Artificial Generativa para construir um reator nuclear em casa. Saiba como o reator de fusão nuclear pode ser construído.
Enquanto a maioria das pessoas utiliza a Inteligência Artificial para tarefas simples, como criar imagens, vídeos ou até disseminar fake news, um estudante foi além e recorreu à tecnologia para construir um reator de fusão nuclear em casa – uma das maiores ambições da humanidade. Essa impressionante iniciativa levanta questões sobre o potencial da IA em campos avançados da ciência. Neste artigo, você vai entender como esse estudante conseguiu realizar tal feito e o que isso significa para o futuro da energia nuclear e do uso da Inteligência Artificial.
Reator de fusão nuclear ‘caseiro’ pode chegar a 15 mil Volts
Atualmente, o mundo inteiro corre para construir um reator de fusão nuclear para gerar energia limpa e ilimitada. Nessa corrida, com os grandes bilionários e indústrias financiando diversos projetos, surge um estudante do Canadá que começou uma revolução diretamente de seu quarto.
Hudhayfa Nazoordeen, um estudante de matemática da Universidade de Waterloo, no Canadá, realizou a incrível proeza de construir um reator nuclear em casa seguindo um tutorial via Inteligência Artificial generativa.
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A façanha é surpreendente porque Nazoordeen não possuia experiência prévia em montagem de equipamentos, muito menos em fissão nuclear. Com a ajuda do chatbot IA Claude, da Anthropic, o estudante conseguiu construir um reator nuclear em casa gastando apenas US$ 2.000 para comprar peças de montagem.
O processo para construir o reator de fusão nuclear com Inteligência Artificial durou um mês, com cada semana focando nas etapas específicas da montagem. O estudante passou a primeira semana estudando os componentes para montar o reator. A segunda semana foi o momento de montar da câmera principal e do circuito retificador, que converte as correntes elétricas.
Com a montagem da estrutura do reator completa, a terceira semana consistiu em integrar um transformador de sinal neon, que transforma tensões médias em tensões que chegam a 15 mil Volts, para gerar energia.
Estudante busca parcerias para construir um reator nuclear mais poderoso
Com a ajuda da Inteligência Artificial Claude, o estudante conseguiu checar as conexões dos circuitos utilizando um microcontrolador para desenvolver um sistema de pressão usando um transdutor de vácuo. Na quarta semana, o reator de fusão nuclear estava funcionando com uma pressão de 25 mícrons, graças à ajuda da versão 3.5 Sonnet do chatbot Claude.
Contudo, mesmo após construir um reator nuclear, o mesmo não conseguiu atingir a temperatura para começar a fusão nuclear. Entretanto, o trabalho do estudante mostra como a IA generativa pode contribuir para criações científicas. Além disso, o estudante afirmou que busca continuar trabalhando no projeto.
Agora, o Nazoordeen busca uma parceria para financiar um fusor, o dispositivo que usa um campo elétrico para aquecer íons. O estudante detalhou todo o processo de criação do reator nuclear no X (antigo Twitter), mostrando os chats com a IA e as instruções que recebia, mas agora não é mais possível vê-lo, visto que a rede social foi banida do Brasil.
Entenda a importância de um reator de fusão nuclear
Um reator de fusão nuclear trará muitos benefícios, como uma extraordinária energia gerada, a não produção de rejeitos nucleares, além de matérias-primas de fácil obtenção. As reações nucleares de fusão são aqueles que acontecem no interior das estrelas, tais como o sol, em que dois núcleos atômicos menores se unem para dar origem a um núcleo atômico maior e mais estável.
Contudo, o aspecto mais importante deste tipo de reação nuclear é a quantidade de energia liberada. Para se ter uma noção, apenas uma pequena fração forneceria uma quantidade de energia que seria suficiente para sustentar a demanda de energia do mundo inteiro durante um ano. É por isso que o sonho de muitos cientistas é conseguir aproveitar a energia liberada em reações de fusão nuclear.