Chinês (Simplificado) 
Chinês (Tradicional) 
Inglês 
Francês 
Alemão 
Italiano 
Japonês 
Norueguês 
Espanhol 
5 min de leitura
0 comentários
O Espírito Santo poderá receber R$ 44,2 bilhões em investimentos em petróleo e gás, impulsionando produção, empregos e desenvolvimento econômico até 2030.
O Espírito Santo deve se tornar um dos principais protagonistas do setor de petróleo e gás no Brasil, com a previsão de R$ 44,2 bilhões em novos investimentos nos próximos 5 anos. Grandes empresas do setor, como Petrobras, Shell, Prio e BW Energy, lideram os aportes, com projetos que vão desde a exploração em alto-mar até a ampliação da rede de distribuição de gás natural.
A estimativa foi divulgada pela Findes (Federação das Indústrias do Espírito Santo) durante o lançamento da nova edição do Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural.
Mega investimentos reforçam a posição estratégica do Espírito Santo
Os recursos anunciados reforçam o Espírito Santo como um polo estratégico para o mercado nacional de energia. Os investimentos contemplam desde novos poços de exploração de petróleo em alto-mar até ampliações de fábricas e redes de gás natural.
-
Bidparts: revolucionando o mercado de óleo e gás com inovação
-
Fraude bilionária: Venezuela utiliza o Brasil como fachada para escapar de sanções no comércio de petróleo
-
Petrobras entra no setor ceramista com fornecimento de gás natural à Portobello
-
Exploração de petróleo na Amazônia volta ao centro do debate no Brasil e na Guiana Francesa
Comprar
A Petrobras, por exemplo, anunciou um robusto plano de R$ 35 bilhões até 2029. Um dos projetos mais relevantes é o Parque das Baleias, que integra 17 poços a um novo navio-plataforma, o FPSO Maria Quitéria, já em operação no litoral Sul capixaba desde o final de 2024.
Além disso, a petroleira estatal também atua em áreas de refino, transporte, comercialização e energia, consolidando sua liderança em território capixaba.
Prio e BW Energy apostam em tecnologia e expansão offshore
A Prio, outra gigante do setor, está desenvolvendo o campo de Wahoo, na Bacia de Campos, com um investimento previsto de US$ 850 milhões. O projeto inclui a perfuração de seis poços e uma complexa estrutura submarina de 35 km que fará a conexão dos poços com o navio FPSO Frade.
Já a BW Energy aposta no potencial da Bacia do Espírito Santo, destinando R$ 4 bilhões até 2031 para operações nos polos Golfinho e Camarupim. Em Golfinho, a empresa deve perfurar dois novos poços.
Em Camarupim, o destaque é a interligação de gás ao FPSO Cidade de Vitória, fortalecendo a integração entre campos maduros e novas tecnologias de extração.
Indústria local também se movimenta com aportes relevantes
Os investimentos não se concentram apenas nas grandes petroleiras. Outras empresas com atuação complementar no setor também anunciaram projetos importantes:
- Prysmian Group: vai ampliar sua fábrica de cabos umbilicais em Vila Velha com um investimento de R$ 145 milhões, aumentando a capacidade de produção para atender à crescente demanda offshore.
- ES Gás: ligada ao Grupo Energisa, vai aplicar R$ 100 milhões na expansão da rede de gás natural em municípios capixabas, ampliando o acesso à energia para indústrias e residências.
- Shell: investirá US$ 10,7 milhões no desenvolvimento de novas frentes no Parque das Conchas, com foco em melhorias de produção e estudos de extensão.
- EnP Ecossistemas e Imetame Energia: atuando na exploração de 11 blocos no Norte do estado, planejam aportar R$ 20 milhões em cidades como Linhares e São Mateus.
Queda pontual em 2024 não compromete retomada da produção
Apesar de uma redução temporária na produção de petróleo e gás em 2024, a perspectiva para os próximos anos é de retomada acelerada. O recuo ocorreu devido à preparação operacional do FPSO Maria Quitéria, que exigiu o desligamento temporário de poços já ativos.
De acordo com a economista-chefe da Findes, Marília Silva, essa queda foi um movimento estratégico para garantir maior desempenho no futuro.
A previsão do setor é de que, até 2027, a produção de petróleo no Espírito Santo chegue a 204 mil barris por dia, representando um crescimento médio anual de 11,5%.
Expectativas otimistas para o setor de petróleo e gás no estado
O presidente da Findes, Paulo Baraona, destacou que os aportes anunciados impactam diretamente a geração de empregos, o crescimento da cadeia produtiva e a inovação tecnológica no setor.
“O setor de petróleo e gás é grande, importante, pujante. O Anuário ajuda os investidores, a cadeia produtiva e as próprias empresas, criando um ambiente de fato de grande desenvolvimento no Estado e de grande previsibilidade”, afirmou.
Além do impacto econômico, os novos projetos estão alinhados às diretrizes ambientais e ao conceito de transição energética, um dos focos atuais da indústria global.
Governo do Espírito Santo aposta em desenvolvimento com sustentabilidade
Durante o lançamento do Anuário da Indústria, o governador Renato Casagrande reforçou a importância do setor de petróleo e gás para a economia capixaba.
Segundo ele, cerca de 8% da arrecadação estadual vem diretamente da atividade, embora esse percentual já tenha sido maior no passado.
“Queremos ativos do petróleo e gás para fazer a transição energética”, destacou Casagrande. O governador defende que os investimentos atuais sejam também uma ponte para tecnologias mais limpas e fontes renováveis.
| Empresa | Projeto/Área | Valor Investido | Região |
|---|---|---|---|
| Petrobras | FPSO Maria Quitéria, refino, gás | R$ 35 bilhões | Sul do ES |
| Prio | Campo de Wahoo | US$ 850 milhões | Bacia de Campos |
| BW Energy | Polos Golfinho e Camarupim | R$ 4 bilhões | Norte e litoral central |
| Prysmian Group | Expansão da fábrica | R$ 145 milhões | Vila Velha |
| ES Gás | Distribuição de gás | R$ 100 milhões | Diversos municípios |
| Shell | Parque das Conchas | US$ 10,7 milhões | Litoral Sul |
| EnP e Imetame | 11 blocos exploratórios | R$ 20 milhões | Norte Capixaba |
Espírito Santo consolida protagonismo energético
Com aportes bilionários, expansão de infraestrutura e novos campos de exploração, o Espírito Santo reforça sua posição como um dos principais estados brasileiros na produção de petróleo e gás.
A perspectiva é de crescimento sustentável, com inovação tecnológica, geração de empregos e ampliação da arrecadação. O cenário é promissor e reforça o papel estratégico do estado no futuro energético do país.
