A Construção Civil no Brasil enfrenta uma crise de escassez de mão de obra, impulsionada por condições adversas de trabalho. São centenas de vagas de emprego abertas no país, mas faltam profissionais com experiência.
A Construção Civil, um dos setores mais fundamentais para o desenvolvimento econômico do Brasil, enfrenta uma crise iminente: a escassez de mão de obra. Este cenário é impulsionado por diversos fatores, desde as condições adversas de trabalho até o desinteresse das novas gerações pela área. Com isso, o futuro da construção civil pode estar comprometido, ameaçando a continuidade e a expansão de projetos essenciais em todo o país. Há inúmeras vagas de emprego abertas em vários estados brasileiros, mas poucos profissionais com a capacitação necessária.
A dura realidade da construção civil
A construção civil é notoriamente conhecida pelas suas condições árduas de trabalho.
Os profissionais da área são expostos diariamente ao clima severo, enfrentando sol, chuva, vento e poeira.
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Além disso, o trabalho envolve grande esforço físico, altos riscos de acidentes e uma rotina muitas vezes extenuante.
Essas dificuldades, combinadas com um baixo índice de inovação no setor, afastam cada vez mais os jovens, que buscam oportunidades em áreas tecnológicas e menos exigentes fisicamente.
Segundo David Fratel, coordenador do Grupo de Trabalho de Recursos Humanos (GTRH) do SindusCon-SP e diretor-executivo do Grupo Kallas, é essencial tornar a construção civil mais atraente para novos profissionais.
“A construção civil exige esforço físico, dedicação e vitalidade. Precisamos melhorar as condições para que os jovens se interessem pela área”, afirma Fratel.
A escassez de mão de obra qualificado no Brasil
Outro fator que contribui para a escassez de mão de obra é o conflito geracional presente nos canteiros de obras.
Com a convivência de profissionais de até quatro diferentes gerações, há uma grande divergência em termos de visão de mundo e métodos de trabalho.
Os jovens, muitas vezes, são mais imediatistas e comunicam-se de forma mais sucinta, o que pode não se alinhar com a experiência e os valores dos trabalhadores mais velhos.
Idailmo Sousa, um pedreiro de Picuí (PB) e finalista do reality show Pedreiro Top Brasil, promovido pela Quartzolit, exemplifica essa realidade. Aos 38 anos, ele segue os passos de seu pai, que ainda trabalha aos 65 anos.
Sousa destaca a necessidade de mais atenção e incentivos para os profissionais da área, tanto públicos quanto privados.
“Nós, pedreiros e pedreiras, construímos sonhos e levantamos o Brasil ao custo do nosso suor”, afirma.
O Impacto da escassez de mão de obra
A falta de profissionais qualificados na construção civil tem consequências significativas.
Ricardo Michelon, vice-presidente de Relações Trabalhistas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), alerta para os impactos na produtividade, atrasos na produção, dificuldades de planejamento e gestão, e a inflação de preços.
Embora ele não veja um apagão de mão de obra no curto prazo, Michelon destaca que a ausência desses trabalhadores resultaria na redução do setor como um todo.
Rodrigo von Uhlendorff, CEO da construtora Plano&Plano, ressalta que a expansão da demanda por habitação agrava a situação.
“O mercado imobiliário vive um momento de crescimento, impulsionado principalmente pelo programa Minha Casa, Minha Vida.
A formação de profissionais qualificados não conseguiu alcançar essa demanda crescente”, diz Uhlendorff.
Soluções para o preenchimento das vagas de emprego abertas no setor da construção civil
Para contornar essa crise e preencher as vagas de emprego abertas, é fundamental organizar e alinhar esforços com stakeholders.
Uhlendorff aponta que a Plano&Plano prioriza as relações com fornecedores e empreiteiros e investe fortemente na qualificação de seus profissionais.
Atualmente, a empresa possui 50 canteiros de obras e mais de 22 mil unidades em construção, operando sem atrasos ou falta de mão de obra.
Fratel, do Grupo Kallas, também enfatiza a importância de melhorar as condições de trabalho e atrair os jovens para a construção civil.
“Precisamos tornar a área mais atrativa, com melhores condições de trabalho e oportunidades de crescimento”, afirma.
Um olhar para o futuro
A escassez de mão de obra na construção civil é uma questão complexa que exige uma abordagem multifacetada.
Investimentos em tecnologia, melhorias nas condições de trabalho, incentivos para os jovens e uma melhor organização do setor são passos fundamentais para garantir o futuro da construção civil no Brasil.
Fonte: Imobi Report.
Não disseram sobre salário,quando o salário ser atrativo as coisas irão melhorar
Mas eles estão a sair do Brasil e a virem para Portugal, alguma coisa está errada, com tanto trabalho lá porque vêm para Portugal?
Muitos impostos, muito sindicalismo… O trabalhador acara recebendo muito pouco, e o governo outra fatia, igual ao que o tralhador recebe.
Estão indo a Portugal por desconhecimento da realidade desse país. Não há como comparar Brasil e Portugal,pois este só leva vantagem pela moeda e estar encravado no sovaco da Europa, fora isso não há nada
Paga um salário decente para ver Zé não tem procura, agora paga uma média de R$2500,00 não atrai mesmo, paga R$ 5000,00 para ver se não chove de profissional
A muitos profissionais só que é mais vantajoso trabalhar como autônomo, porque o salário que oferecem é muito pouco,o que oferecem para ganhar em um mês de serviço se ganha em uma semana como autônomo.
Falta mão de obra qualificada para o salário que as empresas querem pagar, ou melhor, faltam vagas com remuneração justa.
E se pedreiro ganhar igual o corretor, os intermediários que tentam enriquecer as custas do trabalhador.