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Engenheiro brilhante que CRIOU o sistema do bombardeiro B-2 preso após vender segredos furtivos dos EUA para a China

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 02/01/2025 às 02:18
Engenheiro brilhante que CRIOU o sistema do bombardeiro B-2 preso após vender segredos furtivos dos EUA para a China
O B-2 é um bombardeiro furtivo criado para ser praticamente invisível aos radares. Ele pode voar longas distâncias e transportar armas nucleares, sendo uma das aeronaves mais avançadas do mundo.

Ex-engenheiro da Northrop Grumman, responsável por revolucionar a tecnologia stealth no B-2, foi condenado a 32 anos de prisão por compartilhar segredos furtivos com a China, ajudando no desenvolvimento do bombardeiro H-20 e mísseis avançados.

Imagine ser um dos responsáveis por criar um dos bombardeiros mais avançados do mundo e, anos depois, usar essa mesma expertise para ajudar uma nação rival revelando segredos furtivos. Essa é a história de Noshir Gowadia, um engenheiro brilhante que teve um papel crucial no desenvolvimento do bombardeiro B-2 Spirit e, décadas depois, acabou traindo os Estados Unidos ao vender informações confidenciais para a China.

O caso começou a ser investigado em 2004, com a prisão de Noshir Gowadia ocorrendo em 26 de outubro de 2005. Ele foi condenado em 9 de agosto de 2010, após um julgamento extenso, e sentenciado a 32 anos de prisão em 24 de janeiro de 2011.

O papel de Gowadia na construção do B-2

O design do B-2 é inspirado em uma asa voadora, o que reduz sua detecção por radares. Ele também usa materiais especiais e pintura que absorvem ondas de radar, tornando-o quase indetectável.
O design do B-2 é inspirado em uma asa voadora, o que reduz sua detecção por radares. Ele também usa materiais especiais e pintura que absorvem ondas de radar, tornando-o quase indetectável.

Nascido na Índia, Gowadia era um prodígio. Após se mudar para os EUA, ele rapidamente se destacou como engenheiro aeronáutico. Trabalhando para a Northrop (hoje Northrop Grumman), ele ajudou a projetar o sistema de propulsão do B-2, um bombardeiro revolucionário projetado para ser virtualmente invisível aos radares.

Gowadia foi responsável por desenvolver um sistema que reduzia drasticamente a assinatura infravermelha do B-2. Essa inovação tornava o bombardeiro quase impossível de rastrear, utilizando tecnologias avançadas que misturavam o escapamento com o ar externo para reduzir o calor detectável.

Como os segredos furtivos foram compartilhados

Após deixar a Northrop, Gowadia abriu sua própria consultoria, mas problemas financeiros começaram a surgir. Desesperado por dinheiro, ele começou a buscar clientes internacionais e, eventualmente, encontrou na China um comprador para suas habilidades. O governo chinês estava particularmente interessado em aplicar a tecnologia furtiva dos EUA no desenvolvimento do bombardeiro H-20.

As atividades de Gowadia levantaram suspeitas. O FBI passou anos monitorando suas transações e comunicações, descobrindo que ele havia compartilhado informações confidenciais sobre o B-2 com a China. Documentos secretos foram encontrados em sua residência durante uma operação em Maui, selando o destino de Gowadia.

O impacto dos segredos furtivos na tecnologia militar chinesa

Com base nos segredos compartilhados, a China conseguiu avanços significativos em sua tecnologia militar. O H-20, bombardeiro furtivo chinês, apresenta semelhanças impressionantes com o B-2, indicando que as informações fornecidas por Gowadia desempenharam um papel crucial.

A espionagem de Gowadia ajudou a China a reduzir a distância tecnológica em relação aos EUA, aumentando a tensão na corrida armamentista. Essas ações não apenas comprometeram a segurança nacional dos EUA, mas também mudaram o equilíbrio de poder na Ásia-Pacífico.

A queda de Gowadia

Em 2005, Gowadia foi preso em uma operação conduzida pelo FBI e pela Força Aérea. A investigação revelou um padrão de comportamento que incluía visitas secretas à China e a transferência de informações classificadas.

Após um julgamento prolongado, Gowadia foi condenado a 32 anos de prisão. Ele permanece uma figura controversa, visto por alguns como um traidor e por outros como uma vítima de suas próprias circunstâncias.

A importância da segurança em projetos militares

O caso Gowadia sublinha a necessidade de sistemas rigorosos para proteger segredos estratégicos. A confiança irrestrita em indivíduos pode levar a consequências desastrosas.

As ações de Gowadia mostram como ego e dificuldades financeiras podem levar a decisões catastróficas. Sua história é um lembrete do impacto devastador que uma traição pode ter em uma nação.

A trajetória de Noshir Gowadia é ao mesmo tempo fascinante e trágica. Seu brilhantismo técnico foi ofuscado por decisões que colocaram a segurança de milhões em risco. Este caso permanece como um dos exemplos mais marcantes de como segredos furtivos podem mudar o curso da história — para melhor ou para pior.

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Luiz FS
Luiz FS
02/01/2025 12:58

Engraçado… como se a Boing não fizesse o mesmo, tirando engenheiros da Embraer para adquirir nosso conhecimento.
Piada Americana…. como o “americano” Bill Gates um dia falou: “não desaprovo quem copia… pelo contrario, admiro quem copia e faz melhor”… kkkkk, made in china! se é melhor não sei… mas copiam direitinho, mais rapido e provavelmente mais barato, hahahaha

Davi
Davi(@davicoutinho1986gmail-com)
Em resposta a  Luiz FS
02/01/2025 17:38

Luiz sim, infelizmente lula e a esquerda só pensa em se preocupar em ocultar a verdade prendendo quem a divulga a chamando de fakenews só por irem contra os interesses d esquerda e também preocupada em lacração e compra de voto por assistencialismo, ao invés de se preocupar com coisas sérias como essa que se trata de segurança nacional

Helio
Helio
Em resposta a  Davi
02/01/2025 20:05

Mimizento dos infernos…….vocês prenderam o Almirante Othon , maior cientista nuclear brasileiro.
Lula e o cara

Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 3.000 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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