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Energia sustentável: plataforma da Achelous Energy usa a combinação entre força da correnteza e painéis solares fotovoltaicos para gerar energia limpa 24 horas por dia, 7 dias por semana

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 31/03/2023 às 19:59
Com o objetivo de diminuir o impacto ao meio ambiente através de práticas sustentáveis, a plataforma da Achelous Energy tem focado em gerar energia limpa. Isso está sendo feito através da força das correntezas e da contribuição de painéis solares para alcançar o resultado.
Foto: Achelous Energy

Com o objetivo de diminuir o impacto ao meio ambiente através de práticas sustentáveis, a plataforma da Achelous Energy tem focado em gerar energia limpa. Isso está sendo feito através da força das correntezas e da contribuição de painéis solares para alcançar o resultado.

A Achelous Energy, empresa inglesa, tem um objetivo ambicioso: gerar energia sustentável 24 horas por dia, 7 dias por semana. Para conquistar a marca, a equipe desenvolveu um modelo que se baseia em uma plataforma suspensa que utiliza a força das correntezas e os painéis solares fotovoltaicos para gerar energia para a população. Com tudo pronto, as expectativas estão altas para saber se, além de limpo, o projeto também é funcional na prática.

Todo o projeto foi pensado para ser sustentável, prático e pouco invasivo, do ponto de vista ambiental

A plataforma usada pela Achelous Energy foi batizada como FITS: Floating Instream Tidal and Solar, ainda sem uma tradução direta para o português, mas que remete às forças que são recebidas e convertidas em energia pela plataforma. Tidal (maré, correnteza) e solar (painéis solares fotovoltaicos).

Com duas fontes de energia renovável, o objetivo de fornecer auxílio à sociedade em tempo integral fica mais fácil de ser cumprido, já que as duas se somam para atender à demanda do público.

Em termos técnicos, a FITS, plataforma da empresa inglesa, é uma unidade flutuante ancorada. Ela utiliza duas turbinas de eixo vertical com o intuito de aproveitar ao máximo o fluxo dos rios, convertendo a energia cinética em energia elétrica através de um processo de conversão.

Além disso, vale mencionar que o projeto foi desenvolvido tendo em vista outros cenários também. É o caso dos rios rasos, por exemplo, que podem receber o FITS tranquilamente e ainda assim será possível gerar energia, mesmo que não haja submersão. Os equipamentos elétricos, nesses casos, seriam posicionados acima da água, o que facilitaria ainda mais a manutenção, caso sejam necessárias, em algum momento.

No contexto dos grandes mares, as turbinas ficam completamente submersas. Graças à força das correntezas, elas são movidas e, assim, acontece o fenômeno da energia hidrocinética – a força da água sendo convertida em energia elétrica para a população.

Achelous Energy destaca que o método é vantajoso se comparado a outras energias renováveis e demandam menos investimento financeiro

Do ponto de vista ambiental, a equipe da Achelous Energy destaca que o FITS funciona de forma não invasiva, por isso reforça o teor sustentável da iniciativa. 

Além disso, o grupo também faz alguns comparativos ao comparar o método desenvolvido com a energia hidrelétrica tradicional, conhecida por ser prejudicial à natureza. O FITS não precisa de barragens ou grandes estruturas para poder funcionar, o que, consequentemente, ameniza os gastos necessários para fazê-lo funcionar, além de amenizar o desgaste do meio ambiente.

Quando comparado às fontes de energias renováveis, o FITS também demonstra vantagem. Para parques solares e eólicos onshore, por exemplo, é necessário ter uma fração considerável de terra para que a iniciativa aconteça, enquanto a iniciativa da Achelous Energy não depende disso.

Até o momento, foi firmado um acordo com a Nepal Energy Foundation com o objetivo de realizar os primeiros testes do FITS e analisar a sua funcionalidade. Esta etapa, em um nível menor, é essencial para analisar o alcance do projeto e vislumbrar como ele vai funcionar em longa escala.

Com uma plataforma suspensa capaz de coletar a energia das correntezas e dos painéis solares fotovoltaicos, pode ser possível, sim, gerar energia sustentável, como a empresa inglesa está tentando comprovar.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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