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Energias renováveis e a necessidade de preservar a natureza: Um alerta da associação ZERO

Publicado em 18/03/2025 às 23:55
foto ilustrativa de uma floresta vista de cima.
Imagem gerada por IA

A urgência de conciliar sustentabilidade energética com conservação ambiental

A transição para energias renováveis desempenha um papel essencial na luta contra as alterações climáticas. No entanto, a Associação ZERO alerta que essa mudança não pode ocorrer à custa da destruição da natureza.

Recentemente, a associação criticou a construção de três parques solares na Quinta do Vale, em Condeixa-a-Nova, pela empresa Anadia Green. O governo declarou esses projetos como de “imprescindível utilidade pública”, decisão tomada pelos Ministérios do Ambiente e da Agricultura.

Diante disso, a ZERO defende uma avaliação criteriosa dos impactos ambientais antes da implementação desses projetos. Dessa maneira, o desenvolvimento sustentável pode ocorrer sem comprometer a biodiversidade.

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A falta de Avaliação Ambiental Estratégica e suas consequências

De acordo com a Associação ZERO, a ausência de uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) ameaça diretamente os ecossistemas. Sem esse estudo prévio, projetos de energia renovável avançam sem considerar os impactos ambientais a longo prazo.

Além disso, sem um planejamento adequado, áreas naturais sofrem grandes perdas. Esse descaso compromete não apenas a biodiversidade local, mas também o equilíbrio ecológico de toda a região.

Outro ponto preocupante envolve a facilidade com que esses projetos recebem aprovação sem estudos ambientais rigorosos. Como consequência, diversas espécies perdem seus habitats, e ecossistemas inteiros entram em risco de degradação irreversível.

Compensações ambientais inadequadas: um problema recorrente

Além da falta de avaliação estratégica, a Associação ZERO critica as compensações ambientais inadequadas. Muitas empresas aplicam medidas compensatórias que não correspondem aos danos causados.

Por exemplo, a destruição de uma área florestal madura não se resolve apenas com o plantio de novas árvores. Florestas estabelecidas possuem ecossistemas complexos que exigem décadas ou até séculos para se desenvolver. Portanto, a simples reposição de árvores não restaura integralmente o equilíbrio ambiental perdido.

Além disso, muitas dessas compensações ocorrem sem acompanhamento contínuo. Como resultado, a recuperação ambiental se torna ineficaz, agravando ainda mais os impactos.

A importância de uma transição energética responsável

Para evitar esses problemas, a transição para energias renováveis precisa seguir critérios ambientais bem definidos. Apenas dessa forma será possível garantir que novos projetos não comprometam os ecossistemas existentes.

O desenvolvimento de parques solares e eólicos deve considerar tanto a eficiência energética quanto a preservação do meio ambiente. Planejamentos adequados reduzem impactos negativos e asseguram que a energia limpa cumpra seu papel sustentável.

Além disso, a escolha de áreas adequadas para a instalação desses empreendimentos minimiza riscos ambientais. Projetos bem planejados conseguem aliar desenvolvimento e conservação sem comprometer recursos naturais.

O papel das autoridades e da sociedade civil na proteção ambiental

Para que esse equilíbrio aconteça, as autoridades precisam agir com responsabilidade. Exigir estudos ambientais rigorosos e garantir fiscalização contínua são passos essenciais para proteger os ecossistemas.

A sociedade civil também desempenha um papel decisivo nesse processo. Organizações como a Associação ZERO atuam na fiscalização e cobram medidas mais responsáveis por parte dos governos e empresas.

Enquanto isso, empresas do setor energético devem buscar soluções inovadoras para integrar expansão da energia renovável e conservação ambiental. Somente com um compromisso real será possível garantir um desenvolvimento sustentável.

Equilíbrio entre progresso e conservação

O crescimento da energia renovável não pode justificar a destruição de recursos naturais. Para que essa transição seja verdadeiramente sustentável, é necessário equilibrar progresso tecnológico e conservação ambiental.

Além disso, o planejamento de projetos energéticos deve levar em conta os impactos ambientais a longo prazo. Dessa maneira, o avanço da energia limpa não resultará em danos ecológicos irreversíveis.

Por fim, investir em sustentabilidade energética significa garantir que o futuro do planeta não seja prejudicado pela busca por novas fontes de eletricidade. O desenvolvimento e o meio ambiente devem coexistir de forma harmônica, assegurando um planeta equilibrado para as próximas gerações.

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Marcelo Ibrahim da Silva Simão

Engenheiro de Produção, pós graduado em gerenciamento de projetos e processos, com 10 anos de experiência em certificação, processos e gerenciamento de negócios. Grande interesse pelo setor de óleo e gás e energias renováveis.

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