O Senado solicita novas informações sobre o processo de privatização da Refinaria de Mataripe, da Petrobras com o fundo árabe Mubadala Capital. A venda da estrutura na Bahia causou uma série de incertezas no mercado de combustíveis nacional.
A Comissão de Fiscalização e Controle do Senado aprovou uma série de pedidos para a solicitação de novas informações da Petrobras sobre a venda da Refinaria de Mataripe, na Bahia, ao fundo árabe Mubadala Capital, em 2021. A privatização da estrutura vem causado uma série de discussões no mercado nacional de combustíveis. Agora, novos processos são abertos para a verificação do plano de Jair Bolsonaro para o ex-ativo da estatal.
Comissão do Senado abre pedidos para novas informações sobre processo de privatização da Refinaria de Mataripe, da Petrobras, acontecido em 2021
Mesmo após quase dois anos desde o processo de privatização da nova Refinaria de Mataripe, localizada no estado da Bahia, a venda do ativo da Petrobras ainda está gerando discussões no setor.
Agora, a Comissão de Fiscalização e Controle do Senado solicitou novas informações sobre o processo de transação da estrutura. Segundo as instituições petrolíferas alertaram na época, a privatização do ativo ocorreu em um valor muito mais baixo do que o que deveria ter sido ofertado.
Além de chegar ao próprio presidente da estatal, Jean Paul Prates, as solicitações do Senado também foram encaminhadas aos ministros Alexandre da Silveira (Minas e Energia) e Mauro Vieira (Relações Exteriores).
Na época, a venda da refinaria foi concretizada em 2021 por R$ 1,65 bilhão, valor bem abaixo do esperado pelas instituições petrolíferas, que apontavam R$ 3 bilhões como o mínimo para o ativo.
O senador Omar Aziz (PSD-AM) alertou que a venda da refinaria Landulpho Alves, agora Refinaria de Mataripe, poderia até ser revertida, caso ela não tenha sido vendida “pelo preço correto”.
Senador da Bahia destaca consequências da privatização da Refinaria de Mataripe
O vice-presidente da Comissão, senador Otto Alencar do PSD da Bahia, destacou que, após a privatização da Refinaria de Mataripe no Governo Bolsonaro para a Mubadala Capital, há um verdadeiro monopólio no mercado baiano.
“Hoje no meu estado existe um monopólio dessa refinaria, tanto que se vende no meu estado óleo diesel e gasolina com o custo maior por litro do Brasil. Surge depois essa relação com esse grupo Mubadala, que é um grupo da Arábia Saudita e essa relação com os presentes valiosos que foram dados ao Brasil e que de alguma forma segundo a imprensa, segundo o Tribunal de Contas da União e o Ministério Público, foram encaminhamos para os familiares do ex presidente Jair Bolsonaro, deve existir uma relação muito próxima.”
Já o presidente da comissão, senador Omar Aziz, do PSD do Amazonas, afirmou que o pedido de novas informações da Petrobras pelo Senado é sobre o valor de venda do ativo. No entanto, as joias entregues à Michelle Bolsonaro podem acabar incluídas no processo.
Por fim, o embaixador da Arábia Saudita precisa afirmar se foi ou não um presente da Arábia Saudita e para quem foi. Agora, resta esperar os próximos passos da solicitação do Senado à Petrobras sobre a privatização da Refinaria de Mataripe à Mubadala Capital.
