Capacidade máxima na estação de pré-sal da Bacia de Santos. Esse foi o anúncio da Petrobras, na última sexta-feira (13). A gigante estatal brasileira de petróleo e gás apresentou os números da produção da Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência (FPSO) Guanabara, que fica instalada no campo de Mero, Bacia de Santos.
Com apenas oito meses de operação, os 180 mil barris de óleo (bpd) que estão sendo produzidos na unidade indicam consistência na produção. Além da alta produtividade, reflete que as estratégias de desenvolvimento têm sido rigidamente aplicadas, viabilizando a segurança operacional.
O campo de Mero, localizado na Bacia de Santos, é o terceiro maior campo de petróleo do Brasil, ficando atrás, somente, dos campos de Tupi e Búzios, também instalados no pré-sal da Bacia de Santos. O FPSO Guanabara possui quatro poços produtores e três injetores de gás, e é a primeira de uma série de quatro plataformas definitivas, todas com capacidade de igual produção instalada, 180 mil bpd cada. Para o diretor de Exploração e Produção da Petrobrás, Fernando Borges, todo esse resultado denota um cenário de evolução da plataforma.
No campo de Mero, as operações unitizadas são conectadas por parceria desenvolvida entre a Shell Brasil Petróleo, participação de 19,3%; TotalEnergies EP Brasil, igual percentual de participação; CNOOC Brasil Petróleo e Gás, 9,65%; Pré-Sal Petróleo (PPSA), 3,5%; e Petrobras, 38,6%.
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O desempenho alcançado, além de resultado da alta produtividade por poço, também resulta da aceleração da curva de aprendizado, e da utilização de tecnologias de ponta, por exemplo, a de configuração de loop para os poços de injeção de gás e água, promovendo que o CO2 (dióxido de carbono) seja separado por membranas.
Redução das emissões
A FPSO Guanabara possui um dos programas de aquisição, utilização, e contenção geológica de carbono mais robustos vistos atualmente. O programa chamado CCUS opera com 45% de gás, e por essa via emite muito menos CO2 do que outras unidades.
Mas as ambições do campo de pré-sal são ainda maiores, por isso, o consórcio vem trabalhando numa tecnologia de separação submarina inédita, a HISEP, para ser utilizada no campo. O objetivo é que o gás rico em CO2 seja separado e reinjetado no reservatório também nas profundezas marítimas.
Outra medida que também garante a redução das emissões é a utilização de FPSO Pioneiro de Libra. É ele quem opera o sistema de produção denominado SPA2. Esse sistema é o responsável por aumentar a produção em cerca de 27,78% dos bpd (50 mil). Com isso, na verdade, o campo de Mero tem capacidade de produção instalada, de fato, de 230 mil bpd.
O consórcio tem anunciado que tem planos de instalação de uma segunda plataforma no campo de Mero já para o segundo semestre deste ano. Batizada de Sepetiba, a nova plataforma prevê a mesma capacidade de produção instalada. Até 2025 a expectativa é de colocar em operação em Mero mais duas unidades de operação. Com cinco unidades, só este campo terá uma capacidade instalada no Brasil de 770 mil bpd.