O STF havia anteriormente permitido a venda das refinarias da Petrobras sem o aval do Congresso Nacional, o economista questionou o entendimento dos ministros da Corte a respeito do tema.
Cláudio Oliveira comentou a importância da estatal para o nosso país e seus principais momentos em 67 anos de história, completados no último dia 3. A Petrobras é grande geradora de empregos diretos. Ela, com suas subsidiárias e coligadas, forma o Sistema Petrobras, com um efetivo de 86108 empregados. (PETROBRÁS – Relatório da Administração – 2013).
O número de empregos indiretos, vinculados à indústria do petróleo, é difícil de estimar com precisão, mas, certamente, deve ser da ordem de milhões. Somente a atividade de revenda de combustíveis, exercida por pequenos e médios empresários brasileiros, em mais de 40 mil postos de serviço, mantém ativos mais de 400 mil trabalhadores.
O ex-economista da Petrobras afirma que já esperava por isso e em um momento anterior já havia ate previsto tal acontecimento em relação ao STF. “Aquilo que podemos perceber durante o julgamento do Supremo tribunal de justiça foi algo deplorável, uma parte dos ministros julgam por meio de orelhada e nem mesmo conhecem o assunto e isso é muito grave”’ finaliza Cláudio Oliveira
Foi o do General Júlio Caetano Horta Barbosa, primeiro presidente do Conselho Nacional do Petróleo, órgão criado por meio do Decreto-Lei nº 395, de 29 de abril de 1938. Foi sob a direção do General Horta Barbosa que o Conselho Nacional do Petróleo descobriu as primeiras jazidas de petróleo do Brasil, na região do Município de Lobato, na Bahia, em 1939.
Cláudio discute que o general merecia ser mais reconhecido, mas que no fim não ficou tão popular quanto pessoas que não desempenharam um papel tão importante quanto.
Ao ser questionado a respeito de quais seriam os principais desafios para a líder de mercado nos próximos anos, Cláudio foi direto ao assunto e disse: “ Atualmente eu vejo a Petrobras como um organismo ao qual está instalado um câncer em fase de metástase evoluindo para destruir o corpo, mas poucos brasileiros percebem isso.”
O ex-economista da Petrobras acredita que a atual situação seja quase irreversível, mas ainda tem esperanças de que tudo poderá voltar ao “normal” em um futuro próximo. A sina da Petrobras – criada pelo e para o povo, sendo furtada para o mercado.
O povo e a economia brasileira precisam de uma Petrobras que atenda às necessidades de consumo de derivados em todos os seus rincões e com os menores preços possíveis. De forma inversa, nas mãos do mercado, será dada prioridade às regiões mais rentáveis e sempre com os maiores preços possíveis.