Novo projeto do governo federal almeja reduzir preços de veículos e fomentar a economia
Cachoeirinha, 29 de junho de 2023 – Anunciado em maio de 2023, o plano do Governo Federal de diminuir o preço de veículos custando até R$ 120 mil tem como objetivo atrair novos consumidores e alimentar o mercado automobilístico. O chamado “carro popular”, entretanto, tem gerado uma enxurrada de questionamentos. O que realmente significa este novo plano?
Desvendando o projeto
De acordo com Deisi Diel Weber, professora do curso de Administração do Centro Universitário Cesuca, o projeto é uma estratégia do governo para dar novo impulso à economia brasileira. Buscando atender às pressões da indústria automobilística, que vem sofrendo com quedas sucessivas nas vendas, o governo pretende reativar incentivos no setor através da redução de impostos e concessão de créditos às montadoras. O objetivo é estimular as vendas desse segmento, outrora responsável pela geração de aproximadamente 130 mil postos de trabalho no Brasil.
A medida foi posta em prática através da Medida Provisória 1.175, lançada em 6 de junho. A MP concede créditos fiscais a montadoras de carros, ônibus e caminhões, assegurando cerca de 101 mil empregos diretos e mais 1,2 milhão indiretos, segundo Weber.
- Novas Perspectivas Energéticas: Potenciais e Desafios em Destaque na Posse do Novo Presidente do Sindenergia/MT
- Stemac revoluciona com Minigen Garden: Grupos Geradores Compactos que Unem Energia e Estética para Ambientes Externos
- Bracell Brilha no Prêmio Ser Humano 2024 por Projetos Inovadores em Inclusão, Diversidade e Sustentabilidade
- PETRONAS Brasil fortalece educação e cultura com iniciativas em sustentabilidade e inclusão social
O financiamento do programa será feito por meio de créditos fiscais concedidos aos fabricantes, que se comprometeram a repassar a diferença ao consumidor. Weber detalha: “Espera-se um valor de R$ 1,5 bilhões para financiar o programa, dos quais R$ 700 milhões virão de crédito fiscal para a venda de caminhões, R$ 500 milhões para carros e R$ 300 milhões para vans e ônibus. O programa tem uma duração de 4 meses, período em que as montadoras planejam vender 120 mil unidades adicionais. Os descontos variam de R$ 2 mil a R$ 8 mil para modelos de até R$ 120 mil (entre 1,6% e 11,6% do valor antigo)”.
A questão dos descontos
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgou que 11 montadoras e 34 modelos em 232 versões aderiram ao programa de descontos para carros populares. Renault Kwid e Fiat Mobi estão no topo da lista com descontos de R$ 8 mil, o teto do programa. Entretanto, as montadoras podem a qualquer momento incluir outros modelos, desde que notifiquem o MDIC.
A redução percentual estipulada pelo governo depende de três critérios: social (menor preço), ambiental (veículos menos poluentes e com maior eficiência energética) e densidade industrial (percentagem das peças produzidas no Brasil).
Weber esclarece que “veículos flex com gasto energético inferior a 1,40 MJ/km, custando menos de R$ 70 mil e com mais de 75% de suas peças nacionais, estão habilitados a receber a maior parte do desconto, de R$ 8 mil”.
O termo “carro popular”, como aponta a professora, é comumente usado para descrever veículos de baixo custo e acessíveis ao público em geral. Hoje, o modelo mais simples vendido no Brasil é o Renault Kwid, avaliado em R$ 69 mil.
Em conclusão, Deisi afirma: “Incentivar a produção e compra de veículos populares no Brasil tem sido uma estratégia de vários governos para estimular a indústria automobilística e tornar o transporte pessoal mais acessível. Isso ocorre através de políticas fiscais, como a redução de impostos e incentivos para a produção de carros de baixo custo”.