Embora a China domine, o Brasil tem uma chance de crescer
O hidrogênio verde é um dos grandes protagonistas da transição para energias limpas. No entanto, um dos componentes essenciais para produzi-lo — o eletrolisador — ainda é dominado pela China, que controla cerca de 60% da produção mundial. Contudo, com um bom planejamento e investimentos, o Brasil pode aproveitar essa dependência e transformá-la em uma oportunidade estratégica.
Por que a China lidera o mercado de eletrolisadores?
O domínio da China não é por acaso. Afinal, o país investiu durante décadas e aprimorou suas cadeias produtivas, produzindo eletrolisadores a custos mais baixos. Além disso, com sua experiência em eletrolisadores alcalinos, consegue oferecer preços competitivos para compradores no mundo inteiro, incluindo o Brasil. Não à toa, os eletrolisadores chineses podem reduzir os custos dos projetos brasileiros em até 30%.
Oportunidades para o Brasil no mercado de hidrogênio verde
Graças às suas abundantes fontes renováveis, o Brasil tem uma chance única de entrar nesse mercado. Além disso, o país possui uma matriz energética renovável variada, o que o coloca em posição estratégica para o desenvolvimento de uma indústria local de hidrogênio verde. Contudo, o sucesso depende de superar alguns desafios, como o alto custo inicial. Incentivos fiscais, parcerias e financiamentos poderiam acelerar esse processo.
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Hidrogênio verde: essencial para descarbonização
Como o hidrogênio verde é visto como uma das principais alternativas para descarbonizar setores intensivos em energia, como transporte e indústria pesada, o Brasil tem um potencial enorme para se posicionar como exportador. No entanto, para competir, precisa investir em eletrolisadores eficientes e baratos. Assim, parcerias com fabricantes estrangeiros — principalmente da China — podem acelerar a absorção de tecnologia e reduzir a dependência de importações.
Eletrolisadores chineses: vantagens e desafios
Os eletrolisadores chineses são, de fato, econômicos, mas trazem algumas preocupações. Apesar do preço atraente, depender de um único país para uma tecnologia essencial pode ser arriscado. Por isso, adotar estratégias de diversificação é crucial para o Brasil, pois isso fortaleceria sua cadeia de suprimentos e reduziria vulnerabilidades em situações de instabilidade global.
Competição com a Europa e oportunidades para o Brasil
Embora a China lidere os eletrolisadores alcalinos, a Europa ainda detém vantagem na tecnologia de membrana de troca de prótons (PEM), ideal para fontes renováveis intermitentes. Assim, o Brasil pode equilibrar custos ao adotar tecnologias europeias e chinesas. Com uma estratégia diversificada, o país pode reduzir riscos e garantir uma cadeia de suprimentos mais resiliente.
Brasil: potencial para liderar na América Latina
Portanto, o Brasil tem tudo para se tornar um líder no mercado de hidrogênio verde, tanto para atender à demanda interna quanto para exportação. Com uma visão estratégica e incentivos adequados, o país poderia, finalmente, consolidar sua posição na América Latina e se tornar um fornecedor relevante no mercado global de energia limpa.