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Conheça o Austin FX4, o táxi londrino que marcou a história do país e hoje vive abandonado em um cemitério

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 25/11/2024 às 00:53
táxi
Foto: Reprodução
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O Austin FX4, famoso táxi londrino que marcou gerações, hoje encontra-se abandonado em um cemitério, guardando memórias de sua importância para a história da cidade de Londres.

Um cemitério de táxis lendários emerge no interior britânico, revelando a decadência de um dos símbolos mais icônicos de Londres: o Austin FX4. Imagens publicadas nesta sexta-feira pela Urbandoned mostram uma coleção particular de cerca de 50 táxis, esquecidos em meio à vegetação e ao tempo, trazendo à tona reflexões sobre a preservação histórica.

A origem dos táxis modernos

A história dos táxis londrinos remonta ao século XVII, quando surgiram as carruagens “hackney”. Essas eram puxadas por cavalos e atendiam à crescente demanda por transporte urbano. No final do século XIX, os Berseys, os primeiros veículos elétricos, revolucionaram o setor, dando lugar, mais tarde, aos modelos movidos por motores de combustão. Em 1910, os táxis a motor já superavam em número as carruagens tradicionais.

Após a Segunda Guerra Mundial, consolidou-se a tradição de pintar os táxis londrinos de preto. Em 1948, o Austin FX3 chegou às ruas, sendo acontecido em 1958 pelo lendário FX4. Fabricado até 1997, esse modelo consolidou sua presença como o símbolo de excelência dos táxis britânicos.

O cemitério de FX4

O vídeo divulgado pela Urbandoned revelou um cenário impressionante. A coleção de táxis abandonados inclui exemplares de vários núcleos, rompendo o mito de que todos os táxis londrinos são pretos. Essa tradição nunca foi regulamentada, mas tornou-se uma fantasia. Curiosamente, outras cidades britânicas adotam transferências de núcleos diversos para seus táxis.

O aglomerado acumulado ao redor dos veículos e a extensão dos carros indicam anos de abandono. Os cartões encontrados nos táxis apontam para o ano de 2007, indicando que esses veículos podem ter sido negligenciados por mais de uma década.

Além dos FX4, o cemitério abrigou um Rolls-Royce Silver Spirit, um clássico dos anos 1980. Infelizmente, o luxuoso carro perdeu sua estatueta Spirit of Ecstasy, um detalhe que acentuaria ainda mais o contraste entre luxo e abandono.

Reflexões sobre o futuro

Esse cemitério de táxis não é apenas um depósito de sucata; ele carrega histórias, memórias e a evolução do transporte urbano. O abandono desses veículos icônicos levanta questões sobre a preservação de patrimônios culturais.

Embora as imagens gerem fascínio e nostalgia, também despertam um leve incômodo. A liberdade e o descaso com esses táxis representam, de certa forma, uma negligência em manter viva uma parte importante da história britânica.

Assim, a pergunta que fica no ar é: até onde vai a capacidade da sociedade em preservar o que a define? Talvez, algum dia, esses táxis possam deixar de ser apenas peças de um cemitério e se transformarem em relíquias vivas da memória urbana.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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