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Como um hacker alemão ressuscitou um satélite abandonado há 12 anos e transformou o impossível em realidade

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 11/01/2025 às 14:00
Como um hacker alemão ressuscitou um satélite abandonado há 12 anos e transformou o impossível em realidade
Ele fez isso porque não aceitou que o satélite fosse apenas "lixo espacial" e viu um desafio intrigante em recuperá-lo. Para ele, provar que era possível trazê-lo de volta à vida era como resolver o quebra-cabeça mais difícil do mundo.

Com apenas 10 cm e potência equivalente a um Game Boy, o satélite BEESAT-1 foi dado como perdido em 2013. Mas um estudante alemão desafiou as probabilidades, recuperou o controle e trouxe o pequeno nanossatélite de volta à vida, surpreendendo o mundo da ciência espacial.

Já imaginou perder algo precioso e só ter a chance de resgatá-lo mais de uma década depois? Agora, imagine que esse algo é um satélite em órbita, girando a 27.000 km/h ao redor da Terra. Foi exatamente isso que um estudante alemão conseguiu: ressuscitar o BEESAT-1, um pequeno satélite que estava inutilizável há 12 anos. Essa história é uma mistura de ciência, determinação e genialidade.

Falhas em satélites são comuns, afinal, o espaço é um ambiente extremamente hostil. Radiação, temperaturas extremas e colisões são só alguns dos desafios. No caso do BEESAT-1, um nanossatélite da Universidade Técnica de Berlim, a falha parecia irreversível… até que um jovem hacker decidiu que ele merecia uma segunda chance.

A história do BEESAT-1

O satélite BEESAT-1 foi projetado para testar novas tecnologias e realizar pequenas observações, usando sua câmera e sensores. Ele também servia como uma plataforma para experimentos científicos e educacionais, ajudando estudantes e pesquisadores a desenvolverem soluções para missões espaciais futuras.
O satélite BEESAT-1 foi projetado para testar novas tecnologias e realizar pequenas observações, usando sua câmera e sensores. Ele também servia como uma plataforma para experimentos científicos e educacionais, ajudando estudantes e pesquisadores a desenvolverem soluções para missões espaciais futuras.

O BEESAT-1, lançado em 2009, é um CubeSat 1U. Isso significa que ele mede apenas 10 x 10 x 10 cm — do tamanho de uma caixinha de sapatos! Mas, apesar de pequeno, ele era ambicioso: equipado com uma câmera e uma roda de reação, tinha potencial para missões de observação e experimentos tecnológicos. Seu poder de processamento? O equivalente a um Game Boy.

Dois anos após o lançamento, problemas começaram a surgir. Primeiro, um controlador começou a enviar dados errados. O controlador reserva resolveu temporariamente, mas, em 2013, o satélite parou de operar por completo. Ele estava condenado a orbitar silenciosamente a 723 km da Terra por pelo menos 20 anos, sem cumprir sua missão.

Uma missão impossível?

Tentar recuperar um satélite em órbita é como tentar ajustar uma peça de quebra-cabeça em um carro em movimento. Com uma janela de comunicação de apenas 15 minutos por sobrevoo e velocidade absurda, o desafio parecia intransponível.

Mas um estudante alemão, conhecido como PistonMiner, viu nessa missão impossível um desafio irresistível. Fascinado pela órbita alta do BEESAT-1, ele decidiu que precisava trazê-lo de volta à vida, mesmo que isso significasse reconstruir códigos antigos e criar simulações de funcionamento.

Como o hacker trouxe o satélite de volta à vida

Primeiro, PistonMiner analisou os poucos sinais que o satélite ainda emitia. Ele percebeu que os dados estavam corrompidos, indicando uma falha de configuração, provavelmente causada por uma reinicialização durante a gravação de memória.

A partir de códigos antigos e simulações feitas com peças de outros CubeSats, ele conseguiu criar patches de software. Com isso, reprogramou o satélite e corrigiu os parâmetros vitais. O resultado? O BEESAT-1 voltou a transmitir telemetria e até imagens de sua câmera!

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José Carlos
José Carlos
11/01/2025 20:35

Esse rapaz é um gênio da ciência eletrônica ,vamos aproveitar seu conhecimento para o bem

Aab
Aab
11/01/2025 21:24

O meu único medo nisso tudo é a quantidade de lixo que estamos tbm jogando no espaço
Realmente somos um bando de ****

Clene Cantil
Clene Cantil
11/01/2025 22:57

Olá que Jovem, inteligente que Aventura de Sucesso, Parabéns. O Problema Mesmo são os Lixos espaciais que estão ficando em Órbita.

Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 3.000 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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