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Cidade com somente 8 MIL habitantes receberá fábrica colossal de R$ 28 BILHÕES que promete mudar região para sempre

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 02/01/2025 às 17:20
A pequena Inocência-MS será palco de uma revolução com fábrica de R$ 28 bilhões da Arauco, mas desafios acompanham o desenvolvimento.
A pequena Inocência-MS será palco de uma revolução com fábrica de R$ 28 bilhões da Arauco, mas desafios acompanham o desenvolvimento.

Cidade com apenas 8 mil habitantes está prestes a mudar para sempre! A fábrica de celulose, avaliada em R$ 28 bilhões, promete transformá-la em um polo econômico. Mas será que o município está preparado para os impactos que esse investimento massivo pode trazer? Descubra todos os detalhes dessa história surpreendente.

Inocência, uma pacata cidade com pouco mais de 8 mil moradores, localizada no Mato Grosso do Sul, está prestes a protagonizar uma revolução econômica e social que já intriga especialistas e desperta a curiosidade de todo o Brasil.

Enquanto muitos pequenos municípios enfrentam desafios para crescer, este pequeno ponto no mapa pode se tornar um modelo de desenvolvimento — ou um exemplo dos riscos associados a megainvestimentos em regiões subdesenvolvidas.

O motivo para tanta atenção? A construção de uma gigantesca fábrica de celulose, avaliada em impressionantes R$ 28 bilhões, pela empresa chilena Arauco. Mas o que realmente está em jogo para Inocência?

Este texto faz parte de um especial do Click Petróleo e Gás, que relembra as reportagens mais impactantes de 2024.

O que sabemos sobre o projeto bilionário

A cidade de Inocência fica a 330 km de Campo Grande e é conhecida por sua baixa densidade populacional.

Mesmo assim, foi escolhida pela Arauco para sediar uma das maiores fábricas de celulose do país.

Segundo a empresa, as obras de terraplanagem devem começar no segundo semestre de 2024, e a construção da planta industrial terá início em 2025.

Com uma população de apenas 8.404 habitantes, a região espera enfrentar mudanças profundas, tanto positivas quanto desafiadoras.

O prefeito da cidade, Antônio Ângelo Garcia dos Santos, conhecido como Toninho da Cofapi, afirmou estar comprometido em garantir que o município se beneficie do projeto sem sofrer com impactos negativos.

“Nosso objetivo é evitar que a infraestrutura da cidade seja sobrecarregada e que os sistemas de saúde entrem em colapso”, disse o prefeito em entrevista.

Segundo ele, foi criada uma legislação municipal que proíbe a construção de infraestrutura nos arredores do canteiro de obras. A solução encontrada foi hospedar os trabalhadores temporários em um local a 40 km da cidade.

Impactos econômicos e sociais: lições do passado

Para entender o que Inocência pode esperar, é importante olhar para experiências semelhantes. Em 2021, a cidade de Ribas do Rio Pardo, também no Mato Grosso do Sul, recebeu uma fábrica da Suzano, outra gigante do setor de celulose. O município, que tinha cerca de 21 mil habitantes na época, enfrentou uma verdadeira revolução:

  • Crescimento populacional: Ribas do Rio Pardo viu sua população saltar para 35 mil habitantes.
  • Inflação imobiliária: Aluguéis que custavam R$ 700 subiram para R$ 2,5 mil.
  • Infraestrutura: Foram necessárias parcerias com a Suzano para reforçar a saúde, segurança e assistência social.

Apesar dos desafios, a experiente administração de Ribas do Rio Pardo conseguiu criar soluções que poderiam servir de modelo para Inocência.

Entretanto, o professor de arquitetura e urbanismo da PUC Campinas, Fabio Muzetti, alerta que a situação demanda cuidado.

“O dinheiro demora para chegar, mas a pressão sobre os serviços municipais é imediata. Políticas públicas são essenciais”, afirmou.

Desafios administrativos e exemplos negativos

O exemplo de Ribas do Rio Pardo é apenas um lado da moeda. Gustavo Fernandes, especialista em administração pública da FGV, aponta que a abundância repentina de recursos não garante prosperidade.

Ele lembra o caso do Rio de Janeiro, que, apesar de receber R$ 11,3 bilhões em royalties do pré-sal, continua enfrentando crises financeiras.

Para evitar armadilhas semelhantes, a gestão municipal de Inocência precisará investir em planejamento de longo prazo e na implementação de políticas públicas consistentes.

A presença da Unimed, prometida pela Arauco, pode ser um sinal positivo de compromisso com a comunidade.

A indústria de celulose no Brasil

O setor de celulose é um dos mais lucrativos do Brasil e atrai megainvestimentos.

O país conta atualmente com 53 empresas de celulose em operação, sendo o Mato Grosso do Sul o segundo maior exportador nacional.

Apenas em 2022, o estado embarcou 4,46 milhões de toneladas, representando 18,2% do faturamento brasileiro no segmento.

Segundo especialistas, a escolha por pequenos municípios não é aleatória.

A indústria demanda grandes áreas para plantações de eucalipto, que são mais fáceis de encontrar em regiões menos densamente povoadas.

Expectativa e reflexão

O futuro de Inocência é promissor, mas também cheio de desafios.

A cidade pode se transformar em um polo de desenvolvimento e qualidade de vida ou se tornar um caso de alerta sobre os impactos descontrolados de grandes investimentos.

E você, acredita que Inocência está preparada para este desafio histórico? Deixe sua opinião nos comentários!

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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