China cobre montanha com painéis solares de perovskita, nova tecnologia que promete revolucionar a geração de energia limpa. Conheça uma das maiores usinas de perovskita do mundo!
China cobre montanha com painéis solares: A China surpreende ao inaugurar uma usina solar de 8,6 MW na província de Zhejiang, utilizando 95.648 módulos de perovskita. Localizada em uma área montanhosa anteriormente não utilizada no condado de Songyang, a usina integra geração de energia solar com atividades agrícolas, elevando os painéis a 2 metros do solo para permitir o cultivo abaixo. Os módulos de perovskita de 90 W, medindo 1.245 mm x 635 mm e pesando 12,5 kg cada, são inclinados a 22 graus, aproveitando a inclinação natural do terreno. Esta abordagem não apenas maximiza a eficiência energética, mas também promove o uso sustentável da terra, combinando inovação tecnológica com práticas agrícolas tradicionais.
Maior usina solar com painéis solares de perovskita do mundo conta com quase 100 mil painéis
A China instalou milhares de painéis solares de perovskita. O empreendimento está localizado na encosta de uma montanha em Lishui, na zona rural da província de Zhejiang.
No total, a usina conta com 95.648 mil painéis solares de perovskita produzidos pela MicroQuanta Semicondutor, uma empresa especializada no desenvolvimento e venda de células fotovoltaicas de perovskita e que já havia inaugurado outras instalações de geração de energia limpa.
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Os módulos solares da usina solar de perovskita contam com 90 W cada, estão inclinados a 22 graus, aproveitando a inclinação natural do terreno, que antes não era explorado.
A China cobre montanha com painéis solares e, agora, o local possui duas funções, visto que as placas estão elevadas a dois metros do solo, integrando o uso agrícola do terreno à geração solar. O projeto agrivoltaico foi desenvolvido com foco nos verões quentes e chuvosos, além dos invernos amenos da região.
Diferenciais da maior usina solar de perovskita do mundo
A China cobre montanha com painéis solares de perovskita, que são mais eficientes que os painéis tradicionais de silício em condições de luz solar menos favoráveis, como as do sul da China, devido ao seu baixo coeficiente de temperatura, à capacidade de transformar uma maior parte do espectro e à sua rentabilidade.
Os painéis solares de perovskita são a aposta mais promissora para substituir os de silício cristalino para a produção de energia limpa.
Os módulos usados no que pode ser a maior usina de perovskita do mundo podem aproveitar uma faixa do espectro solar mais extensa, o que melhora seu desempenho em condições de baixa luminosidade, além de serem mais baratos, visto que são fabricados com materiais extensamente disponíveis.
Inspiradas no mineral de mesmo nome, estas células podem ser fabricadas com substratos flexíveis, possibilitando sua integração em superfícies móveis ou curvas. Contudo, as mais eficientes também integram silício em sua composição.
Nos últimos anos, o desenvolvimento de painéis solares de perovskita tem se concentrado em melhorar sua estabilidade e durabilidade, além de reduzir o uso de chumbo em seu processo de fabricação.
Brasil também avança com uso de painéis solares de perovskita
No Brasil, o cenário destas células solares para a produção de energia limpa está emergindo como uma área de pesquisa e desenvolvimento.
Vários institutos e universidades de pesquisa no país como a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais(INPE, tem voltado seus estudos sobre células solares de perovskita.
Esses estudos focam na melhoria da eficiência, viabilidade comercial e estabilidade do produto. Cientistas do país também têm colaborado com instituições de outros países para alavancar pesquisas, aproveitando o conhecimento global e integrando novas tecnologias e métodos de produção.
É importante destacar que o uso das células solares de perovskita apresenta grandes promessas para a energia limpa, mas também enfrenta desafios significativos que precisam ser superados para que a tecnologia possa ser amplamente adotada. Entre os desafios estão a degradação, encapsulamento, processo de produção, entre outros.
Fonte: PV Magazine