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Carrefour se envolve em outra polêmica e agora terá que pagar mais de R$ 12 MILHÕES por vazamento de diesel no mar de Santos

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 29/11/2024 às 17:30
Carrefour enfrenta multa de R$ 12,5 milhões após vazamento de óleo diesel em Santos, com danos ambientais e impacto social grave.
Carrefour enfrenta multa de R$ 12,5 milhões após vazamento de óleo diesel em Santos, com danos ambientais e impacto social grave.
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Em 2021, um tanque do Carrefour em Santos vazou 10 mil litros de óleo diesel, causando danos ambientais severos. O Ibama multou a rede em R$ 12,5 milhões, mas a empresa tenta reverter a penalidade. Com praias contaminadas e peixes mortos, o caso expõe falhas de gestão e um alerta sobre a responsabilidade ambiental de grandes corporações.

Em um episódio que expôs fragilidades operacionais e gerou revolta na sociedade, uma das maiores redes varejistas do mundo, o Carrefour, tornou-se protagonista de um desastre ambiental que impactou diretamente a costa de Santos, em São Paulo.

O caso, que envolve um vazamento de óleo diesel, deixou rastros não apenas no meio ambiente, mas também na reputação da empresa.

Segundo a Folha de S. Paulo, em matéria publicada nesta sexta-feira (29), em maio de 2021, um tanque de abastecimento do gerador de emergência de uma unidade da rede no Shopping Praia Mar sofreu um rompimento em sua estrutura, provocando o derramamento de até 10 mil litros de óleo diesel S500.

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O material contaminou galerias pluviais e alcançou praias da região, resultando em mortes de peixes, náuseas na população e impactos ambientais profundos.

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) rapidamente autuou a empresa com uma multa de R$ 12,5 milhões, que está em processo de julgamento.

O dia do vazamento e as ações emergenciais

Em 4 de maio de 2021, por volta das 7h15, o Ibama foi notificado pela Defesa Civil sobre um forte odor e a presença de óleo no canal 6, que deságua na praia de Santos.

Conforme relatado pela Folha de S. Paulo, o problema começou muito antes, por volta das 2h da manhã, quando moradores já haviam detectado o cheiro, mas o Carrefour só reconheceu o incidente horas depois.

De acordo com a investigação, o problema se originou de uma braçadeira corroída que prendia a mangueira do tanque de abastecimento do gerador.

Quando o óleo começou a vazar, escorreu pelo ralo do pátio e seguiu para as galerias subterrâneas, contaminando vias públicas e alcançando o mar.

As autoridades mobilizaram bombeiros, a Guarda Municipal e o porto de Santos, que enviaram barreiras e mantas absorventes para conter o material. No entanto, o óleo já havia se espalhado.

A limpeza exigiu o uso de caminhões de sucção e mais de 8 mil litros de água. Somente às 15h, uma empresa contratada pelo Carrefour deu início às ações de mitigação.

Multa milionária e a batalha judicial

O Ibama multou o Carrefour não apenas pelos danos ambientais, mas também pela demora em comunicar o incidente e pela lentidão nas respostas iniciais.

A Folha de S. Paulo destacou que áreas técnicas do órgão já confirmaram a infração, indicando que a empresa será obrigada a pagar a multa milionária.

A rede, por sua vez, apresentou defesa e aguarda o desfecho administrativo, mas pode recorrer judicialmente caso o Ibama mantenha a decisão.

Impactos duradouros e a reação do Carrefour

O óleo diesel S500, por ser um material leve, infiltrou-se rapidamente na areia da praia, dificultando sua remoção total. Os efeitos do vazamento foram amplamente sentidos pela população local, que relatou desconforto respiratório e preocupação com a contaminação da água e dos alimentos.

Em nota, o Carrefour afirmou ter apresentado justificativas ao Ibama e declarou que aguarda o julgamento final.

Contudo, a repercussão negativa do episódio foi ampliada por recentes polêmicas envolvendo o CEO da rede, Alexandre Bompard.

O executivo havia anunciado que o Carrefour deixaria de comprar carne do Mercosul por supostos problemas de conformidade, mas recuou após críticas e pediu desculpas públicas.

Uma mancha na reputação

O incidente em Santos não foi apenas um problema ambiental, mas também um alerta sobre os riscos da falta de manutenção preventiva e de respostas rápidas a emergências.

O Carrefour, que já enfrentou outras crises de imagem no Brasil, terá que lidar com o peso dessa nova polêmica, tanto no aspecto financeiro quanto no social.

Será que episódios como esse farão empresas repensarem suas práticas e responsabilidades no Brasil, ou os impactos continuarão sendo apenas absorvidos pelas comunidades locais e pelo meio ambiente?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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