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Brasil terá planta industrial colossal de nióbio e isso já tem data para acontecer

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 14/11/2024 às 03:22
Brasil inaugura planta de nióbio em 2025. Tecnologia japonesa impulsiona produção de baterias e coloca o país na vanguarda mundial.
Brasil inaugura planta de nióbio em 2025. Tecnologia japonesa impulsiona produção de baterias e coloca o país na vanguarda mundial.

O Brasil se prepara para a estreia de uma planta de nióbio com tecnologia da Toshiba e produção de mil toneladas anuais. A CBMM aposta alto no mercado global de baterias, consolidando o país na indústria de energia limpa.

O Brasil está prestes a ser palco de uma transformação industrial de larga escala que promete impactar diretamente setores de alta tecnologia e mobilidade sustentável.

Uma nova planta industrial de nióbio, um dos elementos mais promissores para a indústria de baterias de veículos elétricos, está sendo finalizada em Araxá, Minas Gerais, pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM).

Com inauguração prevista para o início de 2025, a planta surge de uma parceria com a multinacional japonesa Toshiba Corporation, integrando tecnologia avançada para produzir anualmente mil toneladas de óxidos mistos de nióbio, um material estratégico para a próxima geração de baterias.

Parcerias e tecnologia inovadora

Em 2018, a CBMM formalizou uma parceria com a Toshiba Corporation para desenvolver um tipo especial de bateria de lítio, com ânodos de óxidos mistos de nióbio e titânio.

Esse material permite um armazenamento de energia mais eficiente e uma recarga mais rápida, sendo adequado tanto para veículos de passeio quanto para máquinas pesadas.

De acordo com a CBMM, essa tecnologia já foi testada com sucesso em ônibus elétricos por meio de uma colaboração com a Volkswagen Caminhões e Ônibus, o que reforça a confiabilidade do projeto.

Além da planta em parceria com a Toshiba, a CBMM inaugurou recentemente outra unidade fabril dedicada à produção de óxidos mistos de nióbio, também em Araxá, com tecnologia da inglesa Echion Technologies, conhecida como XNO.

Conforme explica o gerente-executivo do programa de baterias da CBMM, Rogério Ribas, “as tecnologias se complementam e a unidade com tecnologia XNO já está em operação, enquanto a planta com a tecnologia da Toshiba será oficialmente anunciada em breve.”

Crescimento do mercado e planos futuros

A CBMM já é uma das maiores produtoras de nióbio do mundo, com capacidade de produção de 150 mil toneladas anuais, volume que supera a demanda global atual.

Segundo Ribas, o objetivo é não apenas consolidar a liderança no mercado, mas também expandir a aplicação do nióbio em novos setores industriais.

“Se o programa de tecnologia continuar avançando, novos investimentos e parcerias estratégicas poderão ampliar ainda mais o mercado de nióbio nos próximos anos”, afirmou ele.

Investimento bilionário e impacto econômico

O projeto para a nova planta de nióbio já recebeu R$ 250 milhões em 2024, e o CEO da CBMM, Ricardo Lima, anunciou que, para 2025, os investimentos podem alcançar até R$ 300 milhões.

De acordo com Lima, “não há um limite rígido para os recursos destinados aos projetos de desenvolvimento.

A empresa está comprometida em apostar em projetos inovadores que garantam o futuro da companhia e sua relevância no mercado global”.

Parte desses recursos foi direcionada para a divisão de materiais e tecnologias para baterias, com um investimento de aproximadamente R$ 80 milhões neste ano.

Essa divisão tem como meta aumentar o volume de vendas e diversificar as receitas da CBMM, que hoje obtém cerca de 25% da sua renda de produtos fora do setor de aço.

Lima projeta que essa participação pode ultrapassar os 30% até 2027, o que antecipa a meta estabelecida para 2030.

Nióbio no futuro da tecnologia e da economia global

Para manter a relevância no mercado de nióbio, a CBMM tem investido em múltiplas frentes de aplicação desse metal.

Além das baterias, a empresa explora o uso do nióbio na indústria aeroespacial, óptica, e em nanomateriais aplicáveis em motores elétricos.

Segundo Lima, essa estratégia visa replicar o sucesso alcançado pelo nióbio em outros setores industriais.

A área de Novos Negócios da CBMM também recebeu atenção especial, com um investimento de R$ 100 milhões nos últimos doze meses.

Conforme o CEO da empresa, a ideia é diversificar ainda mais as aplicações do nióbio, expandindo sua presença no mercado de baterias de íons de lítio em todo o mundo.

“Estamos em constante busca de maneiras de ampliar o uso do nióbio para que ele esteja presente em novas tecnologias e indústrias”, finalizou Lima.

Perspectivas e desafios para a nova planta de nióbio em Araxá

Com a finalização da nova planta e a expansão dos investimentos, a CBMM posiciona-se como protagonista em uma revolução tecnológica que atende ao crescente mercado de energia limpa e veículos elétricos.

O sucesso do projeto poderá abrir novas oportunidades para a exportação de nióbio brasileiro e consolidar o país como um centro de inovação no mercado global de baterias.

Você acredita que o Brasil está preparado para se tornar uma potência global na produção de baterias para veículos elétricos com base no nióbio?

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Idvan maia
Idvan maia
14/11/2024 19:15

Sim , Brasil só precisa de investimentos e qualificação dos
Trabalhadores virarem profissionais , o brasil na realidade tá faltando muito investimento pra profissionalizar no mínimo cinco milhões de trabalhadores isso daqui pra 230

Jose da Penha
Jose da Penha
14/11/2024 20:41

Penso que precisamos desenvolver produtos com alto valor tecnologico agregado (pesquisa e desenvolvimento), desenvolver e valorizar nossa mão de obra especializada.

Francisco Fortes Filho
Francisco Fortes Filho
14/11/2024 22:07

Sim. O Brasil precisa investir maciçamente em educação de qualidade para acompanhar o desenvolvimento tecnológico para não sermos eternos exportadores de comoditis. Temos as maiores reservas de tudo que um país precisa para ser desenvolvido. Basta investir em educação de qyaludade. Inteligência e capacidade os brasileiros demonstram com boa vontade. O que falta são incentivos.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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