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As guerras dos corredores já começaram: Iraque, Tailândia e Índia disputam novo centro de comércio internacional e construção de um dos maiores portos do mundo

Publicado em 14/10/2024 às 05:56
As guerras dos corredores já começaram: Iraque, Tailândia e Índia disputam novo centro de comércio internacional e construção de um dos maiores portos do mundo
Um novo projeto foi lançado recentemente com o objetivo de transformar o curso atual das rotas comerciais (Imagem: Reprodução)

Três países competem em megaprojetos que prometem revolucionar as rotas comerciais globais, novo centro de comércio internacional, transformando o transporte marítimo e o comércio mundial.

Prepare-se para uma corrida como nunca vista antes! As guerras dos corredores estão em pleno vapor e, acredite, o impacto será global. A disputa entre Iraque, Tailândia e Índia por um novo centro de comércio internacional pode mudar completamente as rotas que mantêm o mundo conectado. E a construção de um dos maiores portos do mundo é apenas a ponta do iceberg.

Com a Tailândia criando um atalho para contornar o Estreito de Malaca, o Iraque buscando uma nova rota para a Europa, e a Índia estreitando laços com o Oriente Médio, o comércio global pode estar prestes a entrar em um novo e emocionante capítulo. Mas o que isso significa para o futuro das rotas comerciais?

Novo centro de comércio internacional

Os três projetos de corredores já estão em andamento e não se trata apenas de uma simples reestruturação logística. A Tailândia, por exemplo, está investindo pesado em uma ponte terrestre de 35 bilhões de dólares para economizar dias de navegação. O foco é um atalho que promete desafogar o Estreito de Malaca, uma das rotas mais congestionadas do mundo.

A construção de dois novos portos de águas profundas, parte desse plano, é crucial para transformar a Tailândia em um novo centro de comércio internacional. Quando concluídos, esses portos poderão movimentar 20 milhões de contêineres por ano, criando até 100.000 empregos na região.

Novo Corredor Econômico Índia-Médio Oriente-Europa

A Índia, por outro lado, tem uma proposta igualmente ambiciosa. O novo Corredor Econômico Índia-Médio Oriente-Europa (IMEC) visa não apenas reduzir a dependência das rotas tradicionais como o Canal de Suez, mas também fortalecer a posição da Índia como uma potência econômica.

Estima-se que o corredor economizará de 6 a 9 dias de navegação, ligando portos indianos a Europa através do Oriente Médio. Um dos destaques do projeto é o uso de tecnologia verde e energia renovável, especialmente o hidrogênio verde, que deve revolucionar o transporte marítimo da região.

Construção de um dos maiores portos do mundo no Golfo Pérsico

O Iraque, por sua vez, busca competir com o Canal de Suez através da construção de um dos maiores portos do mundo no Golfo Pérsico. O projeto, chamado de “Novo Corredor Iraquiano”, também inclui estradas e ferrovias que ligarão o Iraque à Europa, passando pela Turquia.

Com um custo de 17 bilhões de dólares, o plano visa transportar até 22 milhões de toneladas de carga por ano. Este corredor promete ser um divisor de águas para a economia iraquiana, criando 100.000 novos empregos e gerando 4 bilhões de dólares anuais.

Apesar dos desafios, como o aumento das tensões geopolíticas e a ameaça de pirataria no sudeste asiático, os três países estão determinados a redefinir o comércio global. E com os grandes investidores de olho nos projetos, é apenas uma questão de tempo até vermos qual país se tornará o novo epicentro do transporte marítimo mundial.

Será que a Tailândia conseguirá transformar seu mega-projeto em uma rota comercial essencial, ou o Iraque e a Índia assumirão a dianteira no desenvolvimento do novo centro de comércio internacional?

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Bruno Castilho Barreto

Jornalista com foco em petróleo e gás, investimentos e oportunidades no mercado nacional.

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