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Após Volkswagen, Ford e Fiat, a multinacional Chevrolet suspende produção em fábrica de SP e Chevrolet Onix, Onix Plus e Spin não serão fabricados até 3 de agosto

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 02/06/2021 às 11:48
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Trabalhadores em fábrica da Chevrolet / Fonte: Reprodução – Via Google

As multinacionais Chevrolet, Volkswagen e Fiat tratam o ocorrido como uma suspensão e não um encerramento definitivo da produção no Brasil, assim como a Ford

Após a saída da montadora Ford do Brasil, a crise global de suprimentos e a pandemia fizeram inúmeras fábricas de automóveis, como Honda, Audi (Volkswagen), Scania, Volvo, Mercedes-Benz, Renault, Nissan, Fiat e Yamaha suspenderem produção de veículos. Agora o caos chegou, também, até a montadora Chevrolet e a indústria automotiva do país pode entrar em colapso.

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A multinacional Chevrolet teve que paralisar a produção de Chevrolet Onix e Onix Plus em Gravataí (RS) até junho, e agora a suspensão da vez é a da fábrica em São Caetano do Sul (SP), responsável por produzir Tracker, Onix Joy, Onix Plus Joy e Spin. A montadora anunciou a decisão aos funcionários e confirmou em nota enviada à imprensa.

Segundo a Chevrolet, o motivo da paralisação da fabricação de veículos em suas fábricas, seria a falta de peças e também para inicar a preparação para montar uma nova picape no complexo, prevista para o ano que vem e que ficará abaixo da S10.

De acordo com o Broadcast Estadão, a produção de São Caetano do Sul começou a paralisação na última segunda-feira (31), quando parte do turno noturno parou, com exceção da funilaria e pintura. Depois disso, o complexo terá sua produção suspensa por completo no dia 21 de junho, com previsão de volta para 2 de agosto.

“Conforme anunciamos recentemente, a fábrica da GM em São Caetano do Sul (SP) vai começar a ser preparada para receber um novo produto que completará a linha de picapes Chevrolet no futuro, dentro do novo plano de investimentos de R$ 10 bilhões. As readequações necessárias na linha de montagem, decorrentes deste processo, vão impactar temporariamente a produção. Considerando a dinâmica dos impactos da pandemia na cadeia de suprimentos, que permanece, e o objetivo de manter empregos, estamos negociando com sindicato medidas de suspensão temporária do contrato de trabalho”, diz a Chevrolet em nota.

Além da Chevrolet, a falta de semicondutores tem afetado as montadoras como Honda, Audi (Volkswagen), Scania, Volvo, Mercedes-Benz, Renault, Nissan, Fiat e Yamaha

A falta de semicondutores tem afetado muito as fabricantes, como a Honda, Audi (Volkswagen), Scania, Volvo, Mercedes-Benz, Renault, Nissan, Fiat, Yamaha e, em especial, a Chevrolet, como já anunciado pelo Click Petróleo e Gás.

Os modelos Onix e Onix Plus, feitos em Gravataí, seguem com a produção suspensa por conta deste desabastecimento de peças e tinha previsão prevista para junho. O sindicato local diz que o retorno foi adiado para 19 de julho. O complexo em São José dos Campos (SP), que faz S10 e Trailblazer, também tiveram o ritmo de produção reduzido para apenas um turno, retornando agora para montar a linha 2022 da picape.

“A cadeia de suprimentos da indústria automotiva na América do Sul tem sido impactada pelas paradas de produção durante a pandemia e pela recuperação do mercado mais rápida que o esperado. Isso está afetando de forma temporária nosso cronograma de produção no Brasil. Em virtude disso, a produção na fábrica de Gravataí está interrompida desde abril. Estamos trabalhando com nossos fornecedores para mitigar esse impacto e retomar a produção o mais rápido possível”, informa a montadora em nota.

Segundo a Chevrolet, um dos motivos para a paralisação da fábrica é a adequação da linha de montagem para um novo modelo, uma picape que ficará posicionada abaixo da S10. A montadora também confirmou que usará a plataforma de Onix, Onix Plus e Tracker, indicando que será uma picape monobloco ao estilo da Fiat Toro. O lançamento é previsto somente para 2023, e irá substituir a Montana, que teve a produção encerrada no Brasil.

Ford Motor ´torrou` 61 bilhões de reais ao decidir fechar fábricas, interromper produção de veículos e largar o Brasil. As multinacionais Volkswagen, GM e Toyota também acumulam prejuízos bilionários no país

Ford Motor acumulou um prejuízo de R$ 61 bilhões em operação brasileira. Os valores consideram os últimos anos e o montante deverá ser pago para encerrar as atividades em três fábricas instaladas no Brasil. O valor foi revelado pela agência Reuters. Para se ter uma ideia, a americana torrou o equivalente a 610 mil EcoSport Titanium 1.5 AT 2021.

Ainda segundo a Reuters, pelo menos outras três montadoras acumulam prejuízos bilionários no Brasil: “A Volkswagen Brasil acumula prejuízo de US$ 3,7 bilhões (R$ 19,5 bilhões), desde 2011, de acordo com os registros da Jucesp. A GM Brasil recebeu US$ 2,2 bilhões (R$ 11,6 bilhões) em injeções de dinheiro desde 2016, e a Toyota Brasil, no ano passado, recebeu perdão para US$ 1 bilhão (R$ 5,3 bilhões) em dívidas com a matriz, mostraram os documentos”.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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