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Acumulado da inflação da construção civil de janeiro a julho é de 9,11% com IPCA mensal de 1,48%: “brasileiro longe da casa própria”

Escrito por Daiane Souza
Publicado em 09/08/2022 às 10:15
O acumulado da inflação da construção civil de janeiro a julho é de 9,11%, o IPCA mensal é de 1,48%: "brasileiro longe da casa própria"
Foto: Simone Mello/Acervo IBGE

A terça-feira, 09 de agosto, será marcada por turbulências após o IBGE revelar os dados referente à inflação brasileira, tanto para a construção civil quanto demais áreas da economia. 

Nesta terça-feira, 09 de agosto, foi liberado, pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os dados referentes ao  Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), que mostra sobre a inflação da construção civil, que apresenta a sua alta acumulada de ao menos 9,11% entre janeiro e julho deste ano, sendo de 1,48% somente no mês anterior, o que ainda está abaixo dos dados de junho, que chegaram a 1,68%. 

Hoje, também houve a liberação dos dados de inflação nacional, em que o IPCA teve queda de 0,68%, esse foi um dos maiores índices de deflação desde o ano de 1998. A queda da inflação do governo  Bolsonaro, devido ao controle dos preços de combustíveis e de energia elétrica, foi maior que as provocadas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar do controle de impostos sobre o diesel, gasolina e etanol, o combustível amplamente utilizado pelos caminhoneiros, o diesel, ainda está flertando com R$ 8 em Santa Catarina (SC). 

Os dados, que foram considerados mais positivos que o esperado pelos economistas, fizeram com que a cotação do dólar despencasse e voltasse a ser cotada a R$ 5,11. 

O acumulado da inflação da construção civil dos últimos doze meses chega a 14%

Ao analisar o gráfico com o acumulado da inflação da construção civil dos últimos doze meses, tem-se o valor de 14,07%, o que ainda está abaixo do acumulado de 14.53% registrado nos doze meses anteriores, sendo uma acentuação de 28,6% em dois anos.  

O segundo semestre acabou com uma das maiores taxas do ano para a inflação da construção civil, o que pode representar o fim do sonho da casa própria para os brasileiros de classe média e baixa.  O metro quadrado do mês de julho chegou a R$ 1.652,27, sendo quase R$ 988 relativos ao material e o restante destinado para a mão de obra para a construção. 

Apesar de se tratar de uma das maiores altas de 2022, quando se analisa os dados de julho de 2022 com 2021, tem-se uma queda exponencial, visto que o resultado mensal do  ano passado foi representado por uma alta de 2,88%.

Paraná (PR) é um dos estados que apresentam a maior alta da inflação em julho 

O estado do Paraná (PR) apresentou a variação mensal dos materiais em cerca de 5,1%, sendo um dos resultados mais altos do país. As menores altas aconteceram especificamente no Nordeste, seguindo esta ordem: 0,85% (Norte), 1,50% (Nordeste), 1,05% (Sudeste), e 1,24% (Centro-Oeste). Já em relação aos custos tidos por metro quadrado, a região Norte foi a que deteve os menores valores, estando a  R$ 1.622,08 (Norte); R$ 1.546,52 (Nordeste); R$ 1.723,94 (Sudeste); R$ 1.717,01 (Sul) e R$ 1.658,26 (Centro-Oeste).

O que é o Sinapi?

O Sinapi atua em conjunto com a Caixa e o IBGE para a produção de pesquisas sobre os valores mensais de custos de construção civil, medindo os gastos com materiais, mão de obra e maquinários especializados. Ou seja, são especialistas quando o assunto é habitação e saneamento básico. 

As estatísticas elaboradas pelo Sinapi são cruciais para haver a elaboração de novos programas sociais e pesquisas em escala nacional. Mensalmente, a cada começo de mês, revelam novas informações relevantes sobre o valor do metro quadrado, mão de obra, etc. 

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