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5.111 km e 38 bilhões de metros cúbicos: China e Rússia inauguram um dos maiores gasodutos do planeta!

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 03/12/2024 às 02:40
5.111 km e 38 bilhões de metros cúbicos: China e Rússia inauguram um dos maiores gasodutos do planeta!
Conectando Rússia e China, o megaprojeto abastecerá 450 milhões de pessoas e integra um dos maiores gasodutos do planeta, reforçando uma parceria estratégica entre as duas potências. (Imagem: Reprodução)

A parceria entre China e Rússia acaba de alcançar um marco histórico com a inauguração do East Route, considerado um dos maiores gasodutos do planeta. O projeto, que começou a operar nesta segunda-feira, é um colosso de 5.111 quilômetros de extensão, capaz de transportar até 38 bilhões de metros cúbicos de gás natural por ano da Rússia para a China.

Estendendo-se de Heihe, no norte da China, até a metrópole de Xangai, o East Route é o maior gasoduto individual já construído no país asiático. Ele integra um dos quatro corredores nacionais de energia da China, divididos em rotas norte, central e sul, e tem papel fundamental na diversificação das fontes energéticas da nação.

Além de garantir o abastecimento de gás natural para regiões críticas como Pequim-Tianjin-Hebei, o Delta do Rio Yangtzé e as províncias do nordeste, o gasoduto promete atender a mais de 450 milhões de pessoas em nove províncias e regiões, consolidando sua posição como um dos maiores gasodutos do planeta.

Cooperação energética cresce em meio às tensões globais

O gasoduto East Route começa em Heihe, na província de Heilongjiang, no norte da China, e se estende até Xangai, no leste do país, atravessando regiões como as três províncias do nordeste, Pequim-Tianjin-Hebei e o Delta do Rio Yangtzé.
O gasoduto East Route começa em Heihe, na província de Heilongjiang, no norte da China, e se estende até Xangai, no leste do país, atravessando regiões como as três províncias do nordeste, Pequim-Tianjin-Hebei e o Delta do Rio Yangtzé.

A inauguração do gasoduto simboliza a estreita colaboração entre China e Rússia, especialmente em um momento em que Moscou redireciona seu foco energético para a Ásia. Após as sanções ocidentais e os danos aos gasodutos Nord Stream, que abasteciam a Europa, a Rússia intensificou suas exportações para parceiros asiáticos, com destaque para a China.

O gasoduto East Route é um reflexo claro dessa mudança. Recentemente, as gigantes Gazprom, da Rússia, e CNPC, da China, firmaram novos acordos para aumentar o fornecimento. Ainda neste ano, a Gazprom anunciou que entregará à China 1 bilhão de metros cúbicos adicionais de gás. Paralelamente, o gasoduto Power of Siberia, que já opera desde 2019, também teve sua capacidade diária ampliada, consolidando o fluxo de energia entre os dois países.

O impacto global de um dos maiores gasodutos do planeta

Além de fortalecer a segurança energética da China, o East Route destaca a habilidade da Rússia de reposicionar suas exportações de gás em meio a um cenário geopolítico desafiador. Para ambos os países, o gasoduto não é apenas uma obra de engenharia monumental, mas também um símbolo de uma parceria estratégica que promete moldar o futuro da energia global.

Essa união entre China e Rússia demonstra que, mesmo diante de tensões globais, o gás natural se mantém como um elo crucial para o desenvolvimento econômico e energético.

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Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 3.000 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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