Mesmo com a ‘taxação do sol’, usinas solares geram energia até dez vezes mais barata que as fontes tradicionais e torna a energia solar a sexta maior fonte de geração de energia do Brasil
A energia solar está crescendo a todo o vapor no Brasil. Segundo levantamento realizado pela Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), o Brasil ultrapassou a marca de 13 gigawatts (GW) de potência operacional em grandes usinas solares e sistemas fotovoltaicos de médio e pequeno portes instalados em telhados, fachadas e terrenos. Para se ter uma ideia do que isso significa, a Binacional Itaipu, uma das maiores usinas hidrelétricas do mundo, possui capacidade instalada de 14 GW.
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Até 2025, a Aneel estima que os investimentos totais previstos em energia solar no Brasil são de R$ 25,8 bilhões. As usinas solares de grande porte são a sexta maior fonte de geração de energia do país e sua geração é até dez vezes mais barata do que as fontes elétricas, considerando sobretudo os constantes aumentos tarifários.
Mesmo com a “taxação de sol”, quem realizar a instalação dentro de um prazo de 12 meses a partir da publicação da Lei segue isento da tarifa na conta de luz até o ano de 2045
O CEO da companhia pernambucana Elétron Energy, André Cavalcanti, fala sobre essa previsão. “Queremos investir mais de R$ 900 milhões em projetos de energias renováveis até 2024, além de consolidar outros projetos de fonte fotovoltaica, eólicas e hidrelétricas”, aponta Cavalcanti. A companhia planeja alcançar 1 milhão de consumidores em todo país, com conta média mensal de R$ 300,00, entre 2025 e 2026. Até a data, a empresa planeja investir R$ 1,6 bilhão em novos parques de geração solar.
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“Existe um potencial gigantesco a ser desbravado quando falamos de energia solar. Mesmo considerando a “taxação do sol”, como está sendo chamado o Marco Legal da Geração Distribuída, sancionado pelo Governo Federal no início de janeiro de 2022, a energia solar ainda permanece sendo uma alternativa muito mais econômica, além de ser melhor para o meio ambiente”, ressalta André.
Com a sanção da Lei nº 14.300/2022, no dia 7 de janeiro de 2022, o Marco Legal da Geração Distribuída institui na cobrança da conta de luz os custos da distribuição de energia solar daqueles que a geram em casa através do sistema on grid, sistema conectado à rede de distribuição de energia elétrica convencional.
Mesmo com a “taxação de sol” do novo Marco Legal da Geração Distribuída, quem já havia instalado o sistema de energia solar em casa antes da sanção da nova Lei, ou quem realizar a instalação dentro de um prazo de 12 meses a partir da publicação da Lei, segue isento da tarifa na conta de luz até o ano de 2045.