Ministério de Minas e Energia destaca que apesar da falta de combustível nuclear para abastecimento das usinas, não há risco de apagão
Por falta de combustível nuclear em 202, as usinas Angra 1 e Angra 2 correm o risco de serem desligadas. As unidades ficam localizadas no litoral sul do Estado do Rio e segundo o Ministério de Minas e Energia, não há risco de apagão. Governo autoriza a retomada das obras de construção da Usina Nuclear Angra 3, no Rio de Janeiro
O alerta foi feito pelo Ministério de Minas e Energia ao pedir mais recursos no Orçamento deste ano ao Ministério da Economia. Segundo os técnicos, não há risco para o abastecimento de energia no Sudeste, principalmente no Rio e em São Paulo.
Porém o MME reconhece que a energia ficaria mais cara, uma vez que, para substituir as nucleares, seria necessário acionar usinas termelétricas com custos mais altos, além de mais poluentes.
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A estimativa é que o custo extra para os consumidores seria de R$ 1,4 bilhão por ano, que corresponde a um acréscimo de 5,1% no gasto total de energia dos brasileiros.
“Pode-se afirmar que as UTNs (termo técnico para usinas nucleares) Angra 1 e 2 têm um papel fundamental no atendimento eletroenergético ao subsistema Sudeste/Centro-Oeste e ao Sistema Interligado Nacional (SIN)”, diz o documento
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A produção de combustível nuclear para as usinas de Angra é fornecida somente pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB).
Segundo fontes do Petronotícias, a INB precisaria de um orçamento extra de pouco mais de R$ 314 milhões para adquirir as matérias-primas necessárias para a fabricação dos combustíveis para a 27ª recarga de Angra 1 e 17º recarga de Angra 2, previstas para 2021. A empresa necessita desse orçamento agora, já que a produção dos combustíveis exige tempo e planejamento.
Por isso, o Ministério de Minas e Energia pediu urgência ao Ministério da Economia na liberação de mais recursos no Orçamento, já que caso as recargas não fiquem prontas a tempo, as usinas nucleares poderão deixar de produzir energia. Isso também traria consequências para a Eletronuclear, pois a empresa deixaria de vender energia e teria sua geração de receita comprometida.
Sobre usina nuclear Angra 1 e Angra 2
As duas únicas usinas nucleares em funcionamento no país respondem, por ano, por 10,3% da capacidade de geração do sistema Sudeste/Centro-Oeste, segundo dados do próprio Ministério de Minas e Energia.
No ano passado, juntas, as usinas de Angra produziram energia suficiente para abastecer, com sobra, o estado de Pernambuco, de acordo com informações da Eletronuclear.