Painel da FUP no G20 aborda transição energética justa com foco em desenvolvimento sustentável e financiamento, visando combater pobreza energética.
Federação Única dos Petroleiros (FUP) vai marcar presença na importante Cúpula Social do G20 com um painel que tem como tema central a transição energética justa. Este encontro, programado para o dia 14 de novembro de 2024, em plena cidade do Rio de Janeiro, visa abordar a relevância de uma transição que não apenas responda às demandas ambientais, mas que também seja sensível aos impactos sociais, promovendo desenvolvimento inclusivo e equidade no acesso às novas formas de energia.
Durante o evento, será enfatizada a necessidade de estratégias eficazes para uma transição justa de energia, que leve em consideração o financiamento adequado para enfrentar os desafios da pobreza energética. A transição energética justa não apenas busca transformar as matrizes energéticas de maneira sustentável, como também se propõe a garantir que os trabalhadores e comunidades sejam parte integral do processo de mudança. O compromisso é com uma abordagem que valorize o desenvolvimento humano, respeitando as especificidades locais e regionais. Neste contexto, é crucial que todos os atores envolvidos ajam em conjunto para assegurar que ninguém seja deixado para trás nessa transformação essencial.
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Transição Energética Justa e Desenvolvimento Sustentável
O evento intitulado ‘Transição energética justa, soberana e popular para o desenvolvimento sustentável da humanidade’ acontecerá no Espaço Kobra, situado na região portuária do Rio de Janeiro, a partir das 11h até as 13h. Durante esse painel, a importância de uma transição energética justa será o foco, especialmente com respeito aos impactos, tanto diretos quanto indiretos, sobre os trabalhadores e as comunidades locais. Estes grupos precisam estar ativamente envolvidos e participar integralmente desse processo. Deyvid Bacelar, que é o coordenador-geral da FUP, salienta a necessidade de critérios básicos para que essa transição justa de energia se concrete efetivamente.
De acordo com Bacelar, é crucial que a transição considere uma política industrial e energética soberana, direcionada principalmente para os países do Sul Global. Destaca-se a busca por soluções inovadoras para viabilizar o financiamento dessa transição justa. Uma das grandes propostas é a criação de fundos soberanos, que seriam abastecidos por setores industriais que têm uma contribuição substancial para o PIB. O setor de petróleo e gás natural, que representa cerca de 10% do PIB industrial do Brasil, por exemplo, precisa estar engajado nesse esforço de transição, em conjunto com os setores responsáveis por maiores emissões de gases de efeito estufa.
Papel da Petrobrás na Transição Energética Justa
A Petrobrás, reconhecida como a maior empresa brasileira, é instada a liderar o processo de transição energética, com um aumento significativo no investimento em energias renováveis. Bacelar lamenta que, no terceiro trimestre do ano corrente, os investimentos em descarbonização e em novas tecnologias de baixo carbono foram insuficientes, conforme os resultados financeiros e operacionais divulgados na semana anterior. Esse painel se integra à programação das atividades autogestionadas e foi um dos escolhidos entre as 852 inscrições de mais de 2.100 organizações de 90 países, todas apresentadas para a Cúpula Social do G20.
O evento visa fomentar o engajamento contra a pobreza energética e a favor da segurança alimentar, enfrentando assim os efeitos adversos da crise climática, especialmente em territórios e populações mais vulneráveis. A promoção da agenda da Transição Energética Justa no Sul Global é uma das metas centrais. Pela primeira vez, atividades paralelas à cúpula dos principais líderes econômicos mundiais serão realizadas, com o intuito de amplificar vozes e coletar propostas de diversas populações, focando em temas centrais no cenário global, como a erradicação da fome, a redução das desigualdades, as mudanças climáticas e a transição energética justa.
Propostas para uma Política Industrial e Energética Soberana
Este evento inovador foi concebido pelo presidente Lula e proposto no momento em que o Brasil assumiu a presidência do G20. As propostas foram encaminhadas para a plataforma Brasil Participativo pela FUP, em colaboração com outras entidades como a Plataforma Operária e Camponesa da Água e da Energia (POCAE), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), entre outras. A lista inclui diversas organizações sindicalistas e movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), entre outros, todos comprometidos em contribuir para uma transição justa de energia.
Fonte: Imprensa FUP