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Terceira Guerra Mundial? Alertas vindos da Europa preocupam o mundo e ascendem a tensão sobre uma nova guerra global

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 17/12/2024 às 16:57
Ameaças nucleares, alerta de líderes europeus e corrida por bunkers elevam a tensão na Europa e reacendem temores de guerra global.
Ameaças nucleares, alerta de líderes europeus e corrida por bunkers elevam a tensão na Europa e reacendem temores de guerra global.

Europa enfrenta um momento crítico. Alertas de autoridades, ameaças nucleares de Putin e preparativos para crises reacendem os temores de uma Terceira Guerra Mundial. Países escandinavos e potências europeias já tomam medidas emergenciais, enquanto especialistas avaliam o risco real de um conflito expandido.

A sensação de déjà vu histórico tem assombrado a Europa e o mundo nos últimos meses.

A crescente tensão entre a Rússia e o Ocidente, combinada com declarações preocupantes de líderes globais, colocou novamente a possibilidade de um conflito global na pauta.

Autoridades europeias falam abertamente sobre a necessidade de se preparar para o pior cenário: uma nova guerra mundial.

Mas o que está realmente por trás desse cenário alarmante? Em discursos, reuniões e medidas preventivas, políticos e militares têm dado sinais claros de que a situação está longe de se estabilizar.

Conforme relatado pela BBC Brasil, o aumento do tom bélico e as movimentações nos bastidores têm colocado o continente europeu em alerta máximo.

Europa em alerta: uma guerra iminente?

No dia 25 de novembro, o almirante Rob Bauer, presidente do comitê militar da Otan, pediu que empresas europeias se preparem para um possível cenário de guerra.

A recomendação inclui ajustes nas linhas de produção e distribuição, visando reduzir a dependência de países como Rússia e China.

Segundo Bauer, “são as economias que vencem as guerras, não apenas os militares”.

As palavras do oficial ecoam em um momento de escalada nas tensões.

Recentemente, Vladimir Putin anunciou mudanças nos protocolos de uso de armas nucleares pela Rússia, flexibilizando os critérios para empregar esse tipo de armamento em um conflito.

Além disso, ele ameaçou diretamente países como Reino Unido e Estados Unidos, caso permitam que a Ucrânia utilize mísseis fornecidos pelo Ocidente em ataques ao território russo.

“Consideramos que temos o direito de usar nossas armas contra bases militares nos países que permitirem ataques contra nós”, declarou Putin em pronunciamento transmitido à nação.

Escandinávia toma medidas preventivas

Em meio às ameaças crescentes, países escandinavos, como Suécia, Noruega e Finlândia, têm implementado ações para preparar suas populações.

Segundo a BBC Brasil, milhões de suecos receberam um panfleto intitulado “Se houver crise ou guerra”, com orientações sobre como agir em situações de emergência.

A nova edição do livreto, distribuído em novembro, é o dobro do tamanho da versão anterior, lançada há seis anos.

A iniciativa foi motivada pela piora do cenário de segurança, especialmente após a invasão russa da Ucrânia.

A Finlândia, que faz fronteira com a Rússia, também publicou online instruções detalhadas sobre preparação para crises.

Na Dinamarca, o governo enviou um guia emergencial por e-mail com orientações sobre água, alimentos e medicamentos necessários para sobreviver por três dias.

Já os noruegueses foram aconselhados a garantir autonomia de pelo menos uma semana em caso de guerra ou outras crises.

Primeiros-ministros e líderes alertam sobre guerra global

A tensão não se restringe às ações práticas. Políticos importantes têm emitido alertas claros sobre uma ameaça global.

O primeiro-ministro polonês Donald Tusk classificou o momento como uma “ameaça séria e real”. Segundo ele, os últimos eventos indicam que o conflito está em fase decisiva.

“Nenhum de nós sabe como será o fim deste conflito, mas sabemos que ele está assumindo dimensões dramáticas”, afirmou Tusk em discurso.

Além disso, o vice-chefe do Estado-Maior britânico, Rob Magowan, afirmou que as forças armadas do Reino Unido estão prontas para lutar caso a Rússia invada o Leste Europeu.

Segundo ele, “não devemos ter ilusões. Se os russos atacarem, nós lutaremos”.

Valery Zaluzhny, ex-comandante-chefe militar da Ucrânia, foi ainda mais enfático: “A Terceira Guerra Mundial já começou.”

Para ele, a crescente aliança entre Rússia, China, Irã e Coreia do Norte é um indicativo claro de que o conflito está se expandindo.

Corrida por abrigos na Europa

O cenário de guerra iminente provocou uma corrida por abrigos antibomba em países como Espanha e Alemanha.

Segundo relatos à BBC Brasil, empresas especializadas têm visto a demanda por bunkers triplicar nos últimos meses.

“As pessoas não querem mais perder tempo. Muitas já nos procuram decididas a comprar,” explicou Guillermo Ortega, proprietário da empresa Bunker World, na Espanha.

Além disso, as autoridades alemãs estão mapeando estações subterrâneas, estacionamentos e prédios públicos que possam servir como abrigos em caso de bombardeio.

Rússia e os próximos passos de Putin

De acordo com Steve Rosenberg, editor de Rússia da BBC News, o comportamento de Vladimir Putin é imprevisível.

O presidente russo tem apostado em uma estratégia de escalada de tensões, com o objetivo de alcançar seus interesses geopolíticos.

Rosenberg destacou que, ao longo dos últimos anos, Putin avançou com invasões e ameaças sem retroceder.

“Uma vez, eu disse que Putin é como um carro sem freio, acelerando ao máximo. Pouco mudou desde então,” afirmou o editor.

Por outro lado, Rosenberg pontuou que a possível vitória de Donald Trump nas eleições americanas em 2025 pode ser um divisor de águas.

Trump já expressou ceticismo em relação ao apoio militar à Ucrânia e à Otan.

Isso, segundo o editor, pode influenciar a postura de Moscou nos próximos meses.

O que esperar?

Especialistas como Richard Caplan, da Universidade de Oxford, afirmam que a preparação europeia para um conflito é justificada.

Caplan acredita que o risco de uma guerra “é plausível”, especialmente devido à possibilidade de novas ofensivas russas em países vizinhos, como os Estados Bálticos, que fazem parte da Otan.

Por outro lado, as memórias das guerras do passado ainda influenciam a população europeia.

“Medidas preventivas ajudam a aliviar a ansiedade das pessoas, mas podem ter o efeito oposto, aumentando o medo,” concluiu Caplan.

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Rubens José Lucas
Rubens José Lucas
18/12/2024 14:36

São tantas ameaças que devia pegar os governantes de cada país e dar uma espada à cada um, colocar em lugar e deixar lutar até se matarem. Assim não sacrificaria pessoas inocentes.

Marcio Samia
Marcio Samia
19/12/2024 10:44

Muito papo **** . Começa logo nessa guerra deixem de papo ****. O mundo está em conflito e a terceira guerra está só começando. Putin é o novo Hitler.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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