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Tempo de leitura 4 min de leitura Comentários 21 comentários

Soberania aérea do Brasil em risco! Crise na FAB com demora do F-39 Gripen e caças antigos desativados exige solução

Escrito por Ana Alice
Publicado em 30/11/2024 às 01:50
A Força Aérea Brasileira enfrenta um desafio decisivo. A renovação de sua frota de caças é essencial para a segurança e a soberania do país. (Imagem: Reprodução/Canva)
A Força Aérea Brasileira enfrenta um desafio decisivo. A renovação de sua frota de caças é essencial para a segurança e a soberania do país. (Imagem: Reprodução/Canva)

A Força Aérea Brasileira vive um momento crítico. Com o fim da vida útil de caças antigos e a demora na entrega dos novos F-39 Gripen, a solução pode estar na introdução de uma aeronave histórica: o novo Xavante, ou o promissor M-346 Fighter Attack.

A Força Aérea Brasileira (FAB) enfrenta um momento de decisão que pode redefinir o futuro da aviação de combate no país.

Enquanto a frota de caças antigos, como o AMX A-1 e o F-5M, se aproxima do fim de sua vida útil, a renovação prometida pelo F-39 Gripen começa a tomar forma, mas não sem dificuldades.

O que está realmente em jogo é a soberania aérea brasileira e a formação de novas gerações de pilotos de combate, um desafio que exige ação imediata.

Nos bastidores, cresce a discussão sobre a necessidade de uma solução intermediária para manter a FAB operacional enquanto o programa Gripen é completamente integrado.

Será que a resposta está em um novo modelo de aeronave como o M-346 Fighter Attack? Especialistas acreditam que sim, mas a decisão final ainda não foi tomada.

O avanço do programa F-39 Gripen e suas limitações

Apesar de atrasos iniciais, o programa de entrega dos caças Gripen E/F para o Brasil apresenta progresso. Até setembro de 2024, a FAB recebeu nove unidades do modelo F-39E, parte do total de 36 aeronaves adquiridas na primeira fase do projeto.

Essas entregas representam um marco para a modernização da aviação de caça brasileira, mas o cronograma inicial sofreu ajustes. Especialistas apontam que a plena operação do Gripen ainda dependerá de adaptações e suporte técnico contínuo​

Enquanto isso, a necessidade de manutenção e a baixa disponibilidade dos AMX A-1 e F-5M geram uma lacuna significativa na capacidade operacional da FAB.

Esses caças, que por décadas foram a espinha dorsal da aviação de combate brasileira, não conseguem mais atender às demandas modernas.

O M-346 Fighter Attack: uma solução viável?

Uma das possibilidades mais comentadas para preencher essa lacuna é a adoção do M-346 Fighter Attack, uma aeronave da Leonardo que combina tecnologia de ponta com custos operacionais mais baixos.

Este caça avançado é considerado um sucessor espiritual do icônico MB-326 Xavante, que desempenhou papel crucial no treinamento de pilotos e na soberania aérea brasileira.

Embora o M-346 seja uma alternativa atraente, até o momento não há confirmação oficial de negociações entre a FAB e a Leonardo.

A escolha dessa aeronave dependerá de fatores como orçamento, compatibilidade técnica e apoio político.

Segundo analistas, o M-346 pode suprir demandas de treinamento avançado, reconhecimento armado e defesa aérea enquanto o programa Gripen atinge maturidade operacional.

Desafios para atrair novos pilotos de caça

Outro aspecto crítico é a dificuldade da FAB em atrair novos pilotos para a aviação de combate. A carreira perdeu parte de sua atratividade devido às limitações operacionais e à escassez de aeronaves disponíveis.

Muitos alunos da Academia da Força Aérea preferem áreas como aviação de transporte ou asas rotativas, que oferecem maior tempo de voo em aeronaves modernas e missões internacionais.

Especialistas destacam que a chegada do F-39 Gripen pode reverter esse cenário, restaurando a confiança no futuro da aviação de caça no Brasil. No entanto, a transição exige uma estratégia clara para evitar um impacto duradouro na formação de pilotos.

O que está em jogo para a FAB?

A crise atual vai além de uma simples renovação de frota. A aviação de caça é fundamental para garantir a soberania aérea e a segurança nacional.

Sem uma solução eficaz, o Brasil corre o risco de perder relevância estratégica no cenário sul-americano, deixando espaço para que outros países assumam posições de destaque na região.

Embora a introdução do Gripen seja promissora, a FAB precisa de alternativas viáveis para o curto prazo. O M-346 Fighter Attack e outros modelos similares poderiam desempenhar um papel crucial nesse período de transição.

A situação da FAB é complexa, mas não insolúvel. Com planejamento estratégico e investimentos bem direcionados, o Brasil pode fortalecer sua aviação de caça e garantir sua soberania aérea. Resta saber: o governo priorizará a defesa nacional em um momento tão crítico?

Você acha que o Brasil deve investir em soluções temporárias, como o M-346, ou acelerar a entrega dos Gripen?

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Alexandre Aparecido de Souza
Alexandre Aparecido de Souza
30/11/2024 11:53

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José Pereira
José Pereira
02/12/2024 06:22

Porque não compra o su 75 da Rússia já que estamos com problema.

Audes Ricardo Benites
Audes Ricardo Benites
Em resposta a  José Pereira
03/12/2024 12:45

Kkkkkkk…
A Tecnologia da Rússia é uma ****, isso está sendo provado na guerra da Ucrânia.

Laércio Batista Jr
Laércio Batista Jr
Em resposta a  José Pereira
03/12/2024 13:34

Optar por tecnologia Russa?… e a manutenção?… O Gripem atende a nossa soberania tecnológica junto a Embraer, é preciso avançar

Júlio Cezar
Júlio Cezar
02/12/2024 08:33

Acho que o Brasil tem que investir em projetos com soluções estratégicas e operacionais respaldados com um financiamento planejado e perene. Projetos que tenham começo, meio e fim, que cumpram os cronogramas e não sofram as incertezas oriundas de cortes em orçamentos e políticas populistas.
Quanto aos SU-75, bem, se não temos dinheiro nem uma indústria capaz, como comprar essas aeronaves.
Resumindo, o começo de tudo é o dinheiro.

Erik Giovane
Erik Giovane
Em resposta a  Júlio Cezar
02/12/2024 08:33

A necessidade de manter a soberania aérea e garantir a segurança nacional é incontestável. No entanto, é importante considerar que a escolha da aeronave mais adequada depende de vários fatores, como orçamento, tecnologia e apoio político. O M-346 Fighter Attack pode ser uma solução viável para o curto prazo, mas a prioridade deve ser a entrega dos F-39 Gripen, que é a escolha estratégica para a modernização da aviação de caça brasileira.

José Leandro Pastore
José Leandro Pastore
Em resposta a  Júlio Cezar
02/12/2024 20:21

Porque não prender os **** de dinheiro público e acabar com a roubalheira e continuar com os gripem

Eric santos
Eric santos
02/12/2024 09:35

Não vejo tanto problemas assim.. Não previram que ia ser algo de longo prazo ? O Brasil também não está em guerra. Se está dentro do cronograma não há o que fazer

Eric Nicolas
Eric Nicolas
Em resposta a  Eric santos
02/12/2024 09:35

A situação da Força Aérea Brasileira é complexa e requer planejamento estratégico e investimentos bem direcionados. A consideração de soluções temporárias, como o M-346, pode ser útil para garantir a soberania aérea, enquanto a entrega dos Gripen é acelerada.

Ailton Francisco filho
Ailton Francisco filho
Em resposta a  Eric Nicolas
02/12/2024 18:28

Eu acho que deveria acelerarar o programa gripen .chega de ficar fasendo remendo aqui e ali temos de investir em jatos com superioridade aerea su 75 ou f35 e uma bateria anti aérea pronto .quero ver quem vai ficar ameaçando a soberania Brasileira. Não precisa ser muito caças uns 15 caças de 5 geração .chega de avião obsoleto

Adal
Adal
Em resposta a  Ailton Francisco filho
02/12/2024 21:42

Concordo, esse programa Gripen foi um erro, o Brasil deveria ter entrado no programa F35 e ter adquirido experiência com aparelhos de 5 geração. Logo esse Gripen estará ultrapassado, a própria Suécia está mais preocupada com o programa F35 do que com seu próprio Gripen. A Colômbia está em vias de fechar acordo para obter o Gripen…vai ficar ruim para o Brasil..se não tivermos audácia e visao de futuro, não chegaremos a lugar nenhum.

Valdit
Valdit
Em resposta a  Adal
03/12/2024 19:01

Não tem dinheiro pra gripen, vai ter pra f35

Daniel Bacellar
Daniel Bacellar
Em resposta a  Valdit
06/12/2024 04:10

Custam o mesmo, hoje. O F-35 caiu de 140 milhões para 85 com o aumento da escala de produção. Mas não estão a venda para qualquer um. E só funcionam bem, na prática, em coalisões lideradas pelos EUA. O sistema de informações compartilhadas é a grande vantagem desse caça, mas só os americanos o tem.

Daniel Bacellar
Daniel Bacellar
Em resposta a  Adal
06/12/2024 04:07

O Brasil nunca foi convidado para o programa F-35. Só aliados dos EUA na Europa.

Patrick Montechi
Patrick Montechi
02/12/2024 22:33

As chamadas “soluções temporárias” já se mostraram inúteis. Vide Mirage 2000. Se não tem dinheiro para os Gripens, vai comprar outros aviões como? Além do que o M-346 é um ótimo treinador avançado, mas não supre as necessidades da defesa aérea.

Daniel Bacellar
Daniel Bacellar
Em resposta a  Patrick Montechi
06/12/2024 04:13

O F-39 vai atender as necessidades da defesa aérea. A FAB não quer outro caça para isso. Precisa de aeronaves de treino e de suporte..

Ana Alice

Redatora e analista de conteúdo. Escreve para o site Click Petróleo e Gás (CPG) desde 2024 e é especialista em criar textos sobre temas diversos como economia, empregos e forças armadas.

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