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Ródio dispara 15% em 2025 e vale 80% mais que o ouro: entenda por que o metal raro é crucial para tecnologias verdes

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 10/04/2025 às 15:35
Ródio vale US$ 5.400 a onça em 2025, 80% mais que o ouro. Metal raro (0,000037 partes por milhão) é crucial para catalisadores automotivos e redução de CO2. Entenda alta de 15% e domínio da África do Sul.
Ródio vale US$ 5.400 a onça em 2025, 80% mais que o ouro. Metal raro (0,000037 partes por milhão) é crucial para catalisadores automotivos e redução de CO2. Entenda alta de 15% e domínio da África do Sul.

Cotado a US$ 5.400 a onça, metal usado em catalisadores automotivos é 1.000 vezes mais raro que o ouro. África do Sul e Rússia dominam 90% da produção global.

O ródio, metal mais caro do mundo, acumula alta de 15% em 2025 e já vale US$ 5.400 a onça — 80% acima do ouro. Essencial para reduzir emissões de gases poluentes, ele é peça-chave na corrida por tecnologias sustentáveis. Com reservas concentradas na África do Sul e Sibéria, sua escassez (0,000037 partes por milhão na Terra) explica a valorização recorde.

Por que o ródio é 1.000 vezes mais raro que o ouro?

Segundo a Sociedade Real Britânica de Química, o ródio existe em 0,000037 partes por milhão na crosta terrestre, contra 0,0013 do ouro. Extraído como subproduto do refino de níquel e cobre, apenas 405 toneladas são exportadas anualmente pela África do Sul, maior produtor global.

Preço do ródio vs. ouro: cotação bate US$ 6.000 e atrai investidores

Com apenas 0,000037 partes por milhão na crosta terrestre (1.000 vezes mais raro que o ouro), ele é encontrado quase exclusivamente como subproduto do refino de níquel e cobre, limitando sua extração a poucos países, como África do Sul e Rússia.
Com apenas 0,000037 partes por milhão na crosta terrestre (1.000 vezes mais raro que o ouro), ele é encontrado quase exclusivamente como subproduto do refino de níquel e cobre, limitando sua extração a poucos países, como África do Sul e Rússia.

Em março/2025, o metal atingiu US$ 6.000 a onça (Trading Economics), pressionado pela demanda por catalisadores automotivos. Comparado ao ouro (média de US$ 3.000), o ródio tem valorização impulsionada por:

  • Redução de 90% dos gases NOx em veículos;
  • Aplicações em joias antialérgicas e instrumentos ópticos;
  • Falta de mercado futuro, com negociações restritas à Bolsa de Hong Kong.

Presente em 80% dos catalisadores globais, o ródio converte monóxido de carbono (CO) e óxidos de nitrogênio (NOx) em gases menos poluentes. Segundo a Agência Internacional de Energia, essa tecnologia evitou a emissão de 200 milhões de toneladas de CO2 em 2024.

Número atômico 45 e resistência que desafia a corrosão

Descoberto em 1803 por William Wollaston, o ródio (símbolo Rh) tem:

  • Número atômico 45 (45 prótons/elétrons);
  • Massa atômica de 102,9 u;
  • Resistência a corrosão mesmo a 600°C;
  • Dureza superior à platina, usada em ligas metálicas.

Rússia e África do Sul: os gigantes por trás de 90% do ródio mundial

A Rússia extrai o metal de um único depósito na Sibéria, enquanto a África do Sul responde por 75% da produção global. A geopolítica afeta diretamente o mercado: sanções à Rússia em 2023 explicaram parte da alta de 30% no período.

Com a transição verde, o ródio deve manter status de metal mais valioso do planeta. Sua aplicação em tecnologias de baixo carbono e escassez geológica sugerem novas altas — e um desafio: como garantir suprimentos sem mineração predatória.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 5.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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