A dívida bruta do Brasil atingiu a marca histórica de R$ 9 trilhões em outubro de 2024.
A dívida bruta do Brasil atingiu a marca histórica de R$ 9,032 trilhões em outubro de 2024. O aumento foi de 1,16% em relação a setembro e 14,13% na comparação com outubro de 2023. Os dados foram divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (29) no relatório “Estatísticas Fiscais”.
O montante inclui as dívidas do governo federal, do INSS e dos governos estaduais e municipais. Em 2024, o estoque da dívida cresceu R$ 952,6 bilhões. Desde o início do governo Lula, em janeiro de 2023, o acréscimo já alcança R$ 1,8 trilhão.
Histórico de Crescimento da Dívida
A série histórica da Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) começou em 2006. Desde então, cada gestão contribuiu para o aumento do montante:
- Esmeralda de 69 kg avaliada em R$ 1 bilhão é vendida por apenas R$ 50 milhões na Bahia
- Energia elétrica offshore: Projeto com incentivo ao CARVÃO no Brasil pode custar R$ 595 bilhões e aumentar conta de luz em 11%
- Desconexão da INTERNET: Rússia testa com sucesso o bloqueio de milhões de usuários e prepara um sistema alternativo global
- R$ 20 milhões em dívidas e 20 meses sem salários: Por que investidores desistiram da compra da Avibras?
- Governo Lula (2007-2010): R$ 674,9 bilhões.
- Governo Dilma (2011-2014): R$ 1,241 trilhão.
- Governo Dilma/Temer (2015-2018): R$ 2,020 trilhões.
- Governo Bolsonaro (2019-2022): R$ 1,952 trilhão.
- Governo Lula (2023-atual): R$ 1,807 trilhão.
Dívida representa 78,6% do PIB
A dívida bruta chegou a 78,64% do PIB em outubro, o maior nível desde outubro de 2021, quando alcançou 79,1%. No acumulado de 2024, o aumento foi de 4,22 pontos percentuais, totalizando um crescimento de 6,96 pontos durante o atual governo.
A relação dívida/PIB é uma métrica amplamente usada para avaliar a sustentabilidade fiscal. O crescimento reflete tanto o aumento do endividamento quanto o ritmo de expansão econômica abaixo do necessário para conter a proporção.
Gastos com juros aumentam 80%
Os juros nominais da dívida somaram R$ 111,6 bilhões em outubro de 2024, um salto de 80,3% em comparação com os R$ 61,9 bilhões do mesmo mês de 2023. A Selic elevada tem sido um fator determinante para o aumento do custo de financiamento.
Com isso, o déficit nominal do setor público consolidado, que inclui os juros, foi de R$ 74,1 bilhões em outubro. Nos últimos 12 meses, os gastos com juros chegaram a R$ 869,3 bilhões, contribuindo para um déficit nominal acumulado de R$ 1,093 trilhão, equivalente a 9,52% do PIB.
A escalada do endividamento e os altos custos de juros reforçam a necessidade de ajustes nas contas públicas para garantir a sustentabilidade fiscal a longo prazo.