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R$ 9 TRILHÕES: dívida bruta do Brasil atingiu a marca histórica em outubro de 2024

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 29/11/2024 às 19:23
dívida bruta do Brasil
Foto: reprodução

A dívida bruta do Brasil atingiu a marca histórica de R$ 9 trilhões em outubro de 2024.

A dívida bruta do Brasil atingiu a marca histórica de R$ 9,032 trilhões em outubro de 2024. O aumento foi de 1,16% em relação a setembro e 14,13% na comparação com outubro de 2023. Os dados foram divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (29) no relatório “Estatísticas Fiscais”.

O montante inclui as dívidas do governo federal, do INSS e dos governos estaduais e municipais. Em 2024, o estoque da dívida cresceu R$ 952,6 bilhões. Desde o início do governo Lula, em janeiro de 2023, o acréscimo já alcança R$ 1,8 trilhão.

Histórico de Crescimento da Dívida

A série histórica da Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) começou em 2006. Desde então, cada gestão contribuiu para o aumento do montante:

  • Governo Lula (2007-2010): R$ 674,9 bilhões.
  • Governo Dilma (2011-2014): R$ 1,241 trilhão.
  • Governo Dilma/Temer (2015-2018): R$ 2,020 trilhões.
  • Governo Bolsonaro (2019-2022): R$ 1,952 trilhão.
  • Governo Lula (2023-atual): R$ 1,807 trilhão.

Dívida representa 78,6% do PIB

A dívida bruta chegou a 78,64% do PIB em outubro, o maior nível desde outubro de 2021, quando alcançou 79,1%. No acumulado de 2024, o aumento foi de 4,22 pontos percentuais, totalizando um crescimento de 6,96 pontos durante o atual governo.

A relação dívida/PIB é uma métrica amplamente usada para avaliar a sustentabilidade fiscal. O crescimento reflete tanto o aumento do endividamento quanto o ritmo de expansão econômica abaixo do necessário para conter a proporção.

Gastos com juros aumentam 80%

Os juros nominais da dívida somaram R$ 111,6 bilhões em outubro de 2024, um salto de 80,3% em comparação com os R$ 61,9 bilhões do mesmo mês de 2023. A Selic elevada tem sido um fator determinante para o aumento do custo de financiamento.

Com isso, o déficit nominal do setor público consolidado, que inclui os juros, foi de R$ 74,1 bilhões em outubro. Nos últimos 12 meses, os gastos com juros chegaram a R$ 869,3 bilhões, contribuindo para um déficit nominal acumulado de R$ 1,093 trilhão, equivalente a 9,52% do PIB.

A escalada do endividamento e os altos custos de juros reforçam a necessidade de ajustes nas contas públicas para garantir a sustentabilidade fiscal a longo prazo.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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