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Com o mercado offshore aquecido em 2024, profissionais marítimos estão sendo assediados para longas e exaustivas escalas de 60×60 em. Vale mesmo a pena ganhar muito dinheiro em troca da saúde mental?

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 09/02/2024 às 14:00
Profissional marítimo exausto em um navio petroleiro, destacando o desgaste físico e emocional devido à longa escala de trabalho
O custo humano das longas escalas de trabalho no setor marítimo

Encontrar o equilíbrio entre remuneração e bem-estar no setor marítimo não é nada fácil, já que o único chão que este profissional pisará por 2 meses ou mais, será apenas o de ferro

O mercado offshore em 2024 está aquecido, com uma demanda crescente por marítimos dispostos a embarcar em escalas longas e exaustivas, como 60 dias de trabalho por 60 dias de folga. Esta tendência reflete não apenas o dinamismo do setor, mas também um desafio significativo para aqueles que fazem parte dessa indústria.

A promessa de salários elevados tem sido um forte chamariz para muitos profissionais, principalmente devido ao alto número de empresas contratando e que você pode conferir aqui. No entanto, é imperativo questionar: vale a pena ganhar mais à custa de uma qualidade de vida reduzida e possíveis prejuízos à saúde mental?

O Aquecimento do Mercado Offshore e a Procura por Marítimos

O setor offshore está em alta, com empresas buscando incansavelmente marítimos qualificados para preencher vagas em escalas que exigem longos períodos no mar. A competição acirrada entre empresas tem levado a uma elevação nos salários oferecidos, tornando o setor marítimo atraente para muitos. Contudo, a atratividade do salário vem acompanhada de condições de trabalho que demandam uma avaliação cuidadosa.

O Peso da Escolha: Salário Versus Qualidade de Vida

A decisão de trabalhar em escalas longas e desgastantes por salários maiores envolve considerações importantes além da compensação financeira. A qualidade das condições de trabalho, a alimentação e o lazer a bordo, o tempo afastado da família, e a rotina intensa são aspectos cruciais que afetam diretamente a qualidade de vida dos marítimos.

O isolamento social, a convivência forçada com pessoas de diferentes culturas e línguas, e a dificuldade de gerenciar assuntos pessoais enquanto se está no mar são fatores que podem impactar negativamente a saúde mental e o bem-estar geral. A pergunta que se impõe é: um salário mais alto justifica o sacrifício desses aspectos da vida?

A Importância da Saúde Mental e do Bem-Estar

A saúde mental é um componente vital da qualidade de vida, especialmente em profissões de alto estresse como as encontradas no mercado offshore. O impacto de longos períodos de trabalho sob condições rigorosas pode ser profundo, afetando não apenas o indivíduo, mas também suas relações familiares e sociais. Assim, é essencial que os marítimos avaliem se os benefícios financeiros compensam os custos emocionais e físicos envolvidos.

Encontrando o Equilíbrio

A chave para os profissionais do setor marítimo é encontrar um equilíbrio entre a remuneração e a qualidade de vida. Isso pode significar priorizar oportunidades que ofereçam melhores condições de trabalho, mais tempo com a família, e suporte adequado para a saúde mental, mesmo que isso implique em salários um pouco menores.

As empresas do setor offshore têm um papel fundamental nesse processo, precisando reconhecer a importância de proporcionar um ambiente de trabalho saudável e sustentável. Investir no bem-estar dos trabalhadores não é apenas uma questão ética, mas também um fator crucial para a produtividade e a retenção de talentos.

Uma escolha pessoal, assim como suas consequenciais

A escolha entre um salário maior e uma melhor qualidade de vida é complexa e altamente pessoal. No entanto, é crucial que os marítimos façam essa avaliação considerando todos os aspectos de sua vida, não apenas o financeiro. Encontrar um equilíbrio entre a remuneração e o bem-estar pode não ser fácil, mas é essencial para uma carreira sustentável e uma vida plena no dinâmico e desafiador mercado offshore.

*Questionamentos levantados por Tiago Leonir Flor, 2º Oficial de Maquinas

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Paulo Nogueira

Eletrotécnica formado em umas das instituições de ensino técnico do país, o Instituto Federal Fluminense - IFF ( Antigo CEFET), atuei diversos anos na áreas de petróleo e gás offshore, energia e construção. Hoje com mais de 8 mil publicações em revistas e blogs online sobre o setor de energia, o foco é prover informações em tempo real do mercado de empregabilidade do Brasil, macro e micro economia e empreendedorismo. Para dúvidas, sugestões e correções, entre em contato no e-mail informe@clickpetroleoegas.com.br. Vale lembrar que não aceitamos currículos neste contato.

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