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Professor choca até a FORD ao rodar 1 MILHÃO de KM com seu Verona 1.8

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 18/11/2024 às 09:58
Engenheiro roda mais de 1 milhão de km com seu Verona 1990 e surpreende até a Ford. Descubra o segredo por trás desse marco!
Engenheiro roda mais de 1 milhão de km com seu Verona 1990 e surpreende até a Ford. Descubra o segredo por trás desse marco!
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Um professor brasileiro rodou mais de 1 milhão de km com um Ford Verona 1990, documentando cada detalhe. A façanha impressionou até a Ford, que reconheceu o feito. O segredo? Manutenção rigorosa e planejamento!

É possível um carro fabricado em 1990 rodar mais de 1 milhão de quilômetros sem perder o fôlego? Um engenheiro brasileiro provou que sim!

A incrível jornada de Creso Peixoto e seu Ford Verona GLX 1.8 não só testou os limites de durabilidade de um veículo, como também chocou a Ford, que reconheceu o feito como uma demonstração de resiliência automotiva.

O que ele aprendeu ao longo de 27 anos pode transformar a forma como pensamos sobre a manutenção e longevidade dos carros.

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A história por trás do desafio

Creso adquiriu o Verona em 1992, com apenas 18 mil quilômetros rodados, e decidiu que aquele não seria apenas mais um carro em sua garagem.

A meta audaciosa era rodar 1 milhão de quilômetros com o veículo, documentando cada detalhe da experiência.

O Verona, que já percorreu 1.077.948 km, agora está aposentado, mas não sem antes ensinar valiosas lições sobre durabilidade e custo-benefício.

Ao longo desse período, o professor registrou todos os dados de uso em planilhas detalhadas, desde os custos de combustível até os valores gastos em manutenção.

Para ele, o Verona foi mais do que um meio de transporte: tornou-se um laboratório sobre rodas.

Custo-benefício impressionante

Os números são de cair o queixo. O custo por quilômetro rodado foi calculado em apenas US$ 0,14 (R$ 0,72, aproximadamente).

Ao longo dos anos, Creso gastou cerca de R$ 810 mil (US$ 140 mil) com o carro, incluindo combustíveis, manutenção e peças de reposição.

Entre os gastos, destacam-se o consumo de 100 mil litros de etanol, 235 litros de óleo lubrificante e 46 trocas de pneus.

Mesmo após duas retíficas de motor – realizadas aos 247 mil km e 531 mil km – o motor original, fruto da parceria Autolatina entre Ford e Volkswagen, permaneceu funcional até o fim da jornada.

“Valeu a pena porque o objetivo era entender se os custos explodiriam. Descobri que, com boa manutenção, isso não acontece. A curva de gastos se estabiliza”, explica Creso.

O segredo para a durabilidade

Manutenção cuidadosa e planejamento foram os principais aliados de Creso. Ele rodava, em média, 4 mil quilômetros por mês, sendo 90% desse trajeto em rodovias, o que reduz o desgaste do veículo.

O engenheiro também fazia revisões preventivas regularmente, priorizando peças originais e evitando economias que poderiam comprometer a vida útil do carro.

Para ele, o sucesso da empreitada também é uma lição sobre como carros bem cuidados podem competir em durabilidade e economia com modelos modernos.

Reconhecimento da Ford

Em 2019, a história chamou a atenção da própria Ford. Lyle Watters, então presidente da Ford América do Sul, convidou Creso para a sede da empresa em São Paulo e entregou uma placa comemorativa pelo feito.

Para a montadora, o feito do professor foi uma prova viva da qualidade do Verona e da engenharia da época.

Creso conta que esse reconhecimento foi um dos pontos altos da jornada. “Foi emocionante ver meu trabalho e dedicação sendo valorizados por quem criou o carro.”

Comparação com a modernidade

Atualmente, o engenheiro conduz um experimento com o Hyundai HB20S 2014 de sua esposa, buscando comparar o custo de manutenção e consumo de combustível com os dados do Verona.

A meta agora é atingir 300 mil quilômetros com o HB20S, analisando como as tecnologias modernas impactam o custo de propriedade.

Os resultados preliminares mostram que, apesar dos avanços em eficiência e segurança, o Verona ainda se destaca em custo-benefício, especialmente em quilometragens elevadas.

Exemplos de resistência ao redor do mundo

A jornada de Creso coloca o Verona entre os carros com quilometragem impressionante, mas há outros exemplos notáveis.

O recorde mundial pertence ao Volvo P1800 de 1966, que rodou mais de 5 milhões de quilômetros com Irv Gordon, um professor aposentado dos Estados Unidos.

Outro destaque é o Mercedes-Benz 200D W115, que percorreu 4,6 milhões de quilômetros como táxi na Grécia.

Até mesmo os carros elétricos entram na disputa. O alemão Hansjörg von Gemmingen registrou quase 2 milhões de quilômetros rodados com seu Tesla Model S P85 até abril de 2024, destacando a durabilidade dos veículos movidos a energia elétrica.

O futuro do Verona

Apesar de todo o sucesso, Creso considera aposentá-lo de vez. Ele destaca que, embora o custo-benefício seja evidente, a falta de itens de segurança modernos, como airbags e sistemas de proteção contra colisões, pesa na decisão.

“A tecnologia avança, e isso nos faz questionar até onde vale insistir. O conforto e a segurança também precisam ser levados em conta”, pondera.

Agora, ele se pergunta: vale a pena continuar insistindo em carros antigos ou é hora de abraçar as inovações tecnológicas?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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