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Portos privados brasileiros cobram atenção do governo em 2019

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 06/10/2018 às 07:09

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Porto, guindaste, contêiner

Um setor claramente em deficiência almeja por melhorias a anos, e os governantes nada falam sobre uma modernização

O setor logístico e portuário ainda tem muitos desafios e obstáculos sem solução aparente para o próximo governo. Este ainda é um tema ainda pouco presente nos discursos dos presidenciáveis, e frente este cenário a Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) elaborou um manifesto com uma série de medidas estruturantes, aguardadas pelo setor portuário privado e que irão garantir bem mais investimentos e colaborações para a recuperação do crescimento nacional.

Responsável por 67% da movimentação de cargas, os TUPs (Terminais de Uso Privado) utilizam 100% de capital privado e suporta todos os riscos pertinentes ao mercado para atuar na prestação de serviços, relativos as movimentações das produções de soja, milho, combustíveis, minério e de contêineres. De acordo com Murillo Barbosa, diretor-presidente da ATP, só nos cinco últimos anos os TUP investiram mais de R$21 bilhões na modernização e melhorias nas operações de 78 terminais em todo Brasil.

Ainda de acordo com Barbosa, na contra mão desse processo o setor sofre com a insuficiência da matriz logística, tendo como reflexo no alto custo do transporte da produção predominantemente rodoviário abalando a dinâmica econômica e a variação do custo em nosso país. De um lado temos empresas privadas que investem seu capital, mesmo com os riscos, para continuar a prestar serviços no Brasil com eficiência e modernização, já de outro uma oferta precária de infraestrutura, comprometendo toda a lógica de distribuição do produto brasileiro prejudicando um progresso Brasileiro.

Esta iniciativa reforça a necessidade de mudanças e da implementação do Plano Nacional Logístico, (PNL) sugerindo priorizações na infraestrutura dos portos. O manifesto incentiva também o modelo de logística de transporte integrado com origens e destinos, que liguem áreas de produção e polos industriais aos portos, com o uso do sistema multimodal caso haja a necessidade de utilização, principalmente de ferrovias, hidrovias e a navegação de cabotagem.

O setor destaca ainda, a necessidade de desburocratizar os procedimentos para viabilização do projeto. Hoje entre a consagração do termo final de dispensa de operações levam de 8 a 9 anos, o que pode significar prejuízo para a competitividade do produto nacional, embora algumas melhorias tenham sidas proporcionadas em 2013 pela lei da Modernização dos portos, junto também com o decreto de 2017.

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Paulo Nogueira

Com formação técnica, atuei no mercado de óleo e gás offshore por alguns anos. Hoje, eu e minha equipe nos dedicamos a levar informações do setor de energia brasileiro e do mundo, sempre com fontes de credibilidade e atualizadas.

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