Um setor claramente em deficiência almeja por melhorias a anos, e os governantes nada falam sobre uma modernização
O setor logístico e portuário ainda tem muitos desafios e obstáculos sem solução aparente para o próximo governo. Este ainda é um tema ainda pouco presente nos discursos dos presidenciáveis, e frente este cenário a Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) elaborou um manifesto com uma série de medidas estruturantes, aguardadas pelo setor portuário privado e que irão garantir bem mais investimentos e colaborações para a recuperação do crescimento nacional.
Responsável por 67% da movimentação de cargas, os TUPs (Terminais de Uso Privado) utilizam 100% de capital privado e suporta todos os riscos pertinentes ao mercado para atuar na prestação de serviços, relativos as movimentações das produções de soja, milho, combustíveis, minério e de contêineres. De acordo com Murillo Barbosa, diretor-presidente da ATP, só nos cinco últimos anos os TUP investiram mais de R$21 bilhões na modernização e melhorias nas operações de 78 terminais em todo Brasil.
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Ainda de acordo com Barbosa, na contra mão desse processo o setor sofre com a insuficiência da matriz logística, tendo como reflexo no alto custo do transporte da produção predominantemente rodoviário abalando a dinâmica econômica e a variação do custo em nosso país. De um lado temos empresas privadas que investem seu capital, mesmo com os riscos, para continuar a prestar serviços no Brasil com eficiência e modernização, já de outro uma oferta precária de infraestrutura, comprometendo toda a lógica de distribuição do produto brasileiro prejudicando um progresso Brasileiro.
Esta iniciativa reforça a necessidade de mudanças e da implementação do Plano Nacional Logístico, (PNL) sugerindo priorizações na infraestrutura dos portos. O manifesto incentiva também o modelo de logística de transporte integrado com origens e destinos, que liguem áreas de produção e polos industriais aos portos, com o uso do sistema multimodal caso haja a necessidade de utilização, principalmente de ferrovias, hidrovias e a navegação de cabotagem.
O setor destaca ainda, a necessidade de desburocratizar os procedimentos para viabilização do projeto. Hoje entre a consagração do termo final de dispensa de operações levam de 8 a 9 anos, o que pode significar prejuízo para a competitividade do produto nacional, embora algumas melhorias tenham sidas proporcionadas em 2013 pela lei da Modernização dos portos, junto também com o decreto de 2017.