Brasil assume presidência rotativa do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Entre as prioridades estão a possível substituição do dólar em transações internacionais, questões ambientais, facilitação do comércio e governança da inteligência artificial.
Em um movimento que pode redefinir o equilíbrio econômico global, o Brasil assumiu, em 1º de janeiro de 2025, a presidência rotativa do Brics, bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Com uma agenda ambiciosa, o país pretende abordar temas cruciais como a possível substituição do dólar em transações internacionais, meio ambiente, comércio e inteligência artificial.
Brasil assume liderança do Brics com foco em temas estratégicos
A presidência do Brics é rotativa e tem duração de um ano. Inicialmente, o Brasil assumiria o comando do bloco em 2024, mas, devido à presidência do G20 no mesmo período, adiou a tarefa para 2025.
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Durante este ano, o país organizará e coordenará reuniões dos grupos de trabalho que compõem o bloco, com mais de 100 encontros previstos entre fevereiro e julho, em Brasília.
A Cúpula do Brics, que reúne chefes de Estado e de Governo, está programada para julho, no Rio de Janeiro.
Prioridades da presidência brasileira no Brics
O Brasil definiu cinco temas prioritários para discussão no Brics:
- Facilitação do comércio e investimentos entre os países do grupo, por meio do desenvolvimento de novos meios de pagamento.
- Promoção da governança inclusiva e responsável da inteligência artificial.
- Aprimoramento das estruturas de financiamento para enfrentar mudanças climáticas.
- Estímulo aos projetos de cooperação entre países do Sul Global, com foco em saúde pública.
- Fortalecimento institucional do bloco.
Discussão sobre a substituição do dólar
A possível substituição do dólar como moeda padrão nas transações internacionais é um dos temas mais polêmicos em pauta.
Desde o Acordo de Bretton Woods, em 1944, o dólar consolidou-se como a principal moeda no comércio global.
No entanto, essa dependência torna as economias emergentes vulneráveis às flutuações da política monetária dos Estados Unidos.
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor tarifas de 100% sobre produtos dos países do Brics caso avancem na substituição do dólar.
Apesar das ameaças, líderes do Brics, incluindo o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, têm demonstrado interesse em explorar alternativas que reduzam a dependência do dólar, buscando maior autonomia financeira e estabilidade econômica.
Expansão e novos membros
A presidência brasileira ocorre em um momento de expansão do bloco.
Originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia e China, o grupo incorporou a África do Sul em 2010. Em 2024, o Brics aprovou a entrada de mais seis países, incluindo Irã, Egito e Etiópia.
A Argentina, que integrava a lista, desistiu de participar após a eleição de Javier Milei.
Além disso, o bloco discute a criação de uma categoria de países parceiros, com status inferior ao dos membros efetivos, mas com possibilidade de participar de cúpulas e reuniões.
Entre esses países estão Cuba, Turquia, Tailândia, Nigéria e Argélia.
Desafios e perspectivas para o Brasil na liderança do Brics
Especialistas em relações internacionais e economia avaliam que a ampliação do Brics pode aumentar a influência geopolítica de Rússia e China.
Há divergências sobre os efeitos econômicos dessas medidas.
Para o professor José Luís da Costa Oreiro, do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), a expansão do bloco reflete uma disputa por hegemonia entre China e Rússia, de um lado, e Estados Unidos e Europa, de outro.
Segundo Oreiro, trata-se de uma disputa por áreas de influência ao redor do mundo, semelhante ao que motivou a criação de outros grupos, como o G7.
O Brasil, ao assumir a presidência do Brics, enfrenta o desafio de equilibrar interesses diversos e promover uma agenda que fortaleça a cooperação entre os países membros, ao mesmo tempo em que busca soluções para questões globais urgentes, como as mudanças climáticas e a governança da inteligência artificial.
Você acredita que a substituição do dólar nas transações internacionais pelos países do Brics pode desencadear uma nova guerra comercial global? Deixe sua opinião nos comentários.
É mais fácil sumir o Brics que o dolar kkk