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NASA descobre planeta alienígena onde chove vidro e ventos mortais atingem 8.650 km/h: o mundo de pesadelo que desafia a imaginação

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 16/01/2025 às 12:37
NASA descobre planeta alienígena onde chove vidro e ventos mortais atingem 8.650 km/h: o mundo de pesadelo que desafia a imaginação
Chove vidro no planeta porque sua atmosfera é rica em partículas de silicato, que se condensam em altas temperaturas. Com os ventos extremamente rápidos, essas partículas são arremessadas lateralmente, criando uma chuva de vidro derretido.

Com temperaturas de até 1.220 °C, ventos sete vezes mais rápidos que a velocidade do som e chuva de vidro derretido, o planeta alienígena HD 189733 b, descoberto pela NASA, é um verdadeiro inferno azul localizado a 64,5 anos-luz da Terra.

Um lugar onde os ventos uivam a velocidades inimagináveis e a chuva não é de água, mas de vidro derretido que corta tudo pelo caminho. Esse é o HD 189733 b, um exoplaneta gigante descoberto pela NASA, localizado a 64,5 anos-luz da Terra, que os cientistas apelidaram de “mundo de pesadelo”.

O que é o planeta HD 189733 b e por que ele é tão assustador?

HD 189733 b foi descoberto em 2005 e é um dos exoplanetas mais bem estudados pela NASA. Apesar de sua aparência azul brilhante que lembra os céus da Terra, as semelhanças terminam aí. Este planeta é 11% maior que Júpiter, tem uma órbita extremamente rápida de apenas 2,2 dias e condições que desafiam qualquer possibilidade de vida.

O planeta orbita tão próximo de sua estrela-mãe que suas temperaturas variam entre 919 e 1.220 °C. Além disso, os cientistas acreditam que ele está em sincronia com sua estrela, o que significa que um lado está permanentemente virado para o calor escaldante, enquanto o outro fica em eterna escuridão.

Ventos letais e chuva de vidro: como é o clima nesse mundo alienígena

A alta temperatura no planeta transforma os silicatos em pequenas gotículas que se solidificam como vidro. Esses fragmentos são carregados pelos ventos violentos, tornando a "chuva" mortal.
A alta temperatura no planeta descoberto pela NASA transforma os silicatos em pequenas gotículas que se solidificam como vidro. Esses fragmentos são carregados pelos ventos violentos, tornando a “chuva” mortal.

As condições climáticas de HD 189733 b são extremas. Com ventos que chegam a impressionantes 8.650 km/h – sete vezes a velocidade do som –, estar na superfície desse planeta seria como enfrentar um furacão eterno. E se isso não bastasse, a chuva que cai por lá é composta por partículas de vidro derretido que se deslocam lateralmente devido à força dos ventos.

Para a NASA, “ser pego pela chuva nesse planeta é a morte por mil cortes”. É um ambiente tão hostil que o apelido de “assassino invisível” parece quase modesto para descrever sua letalidade.

As características que fazem HD 189733 b parecer um pesadelo

Apesar de seu clima brutal, HD 189733 b é um dos poucos exoplanetas cuja atmosfera já foi estudada detalhadamente. Sua cor azul, que engana o olho humano, não vem de oceanos como os da Terra, mas de uma mistura de nuvens de silicato e partículas em alta temperatura.

As observações feitas com os telescópios Spitzer e Hubble revelaram a presença de vapor de água, oxigênio neutro, monóxido de carbono e metano na atmosfera. Esse último elemento, em particular, intrigou os cientistas, pois deveria reagir rapidamente com a água sob altas temperaturas, mas continua presente em quantidades significativas.

Como a NASA estuda exoplanetas e o papel do telescópio Kepler

Detectar exoplanetas como o HD 189733 b é um verdadeiro desafio. Por estarem localizados fora do nosso Sistema Solar, eles geralmente ficam ofuscados pelo brilho de suas estrelas. O telescópio Kepler, lançado pela NASA, foi projetado para identificar planetas potencialmente habitáveis, e sua missão já resultou na descoberta de mais de 5.500 exoplanetas.

O estudo de HD 189733 b começou com sua identificação pelo método de trânsito, quando ele passou em frente à sua estrela. Desde então, ele tem sido alvo de observações detalhadas, que incluem análises espectroscópicas – um processo que revela a composição química de sua atmosfera.

Por que o HD 189733 b continua intrigando os cientistas

Embora as condições de HD 189733 b tornem impossível qualquer forma de vida como a conhecemos, ele continua sendo um objeto fascinante para os cientistas. A presença de metano e outros compostos em sua atmosfera levanta questões sobre os processos químicos que ocorrem em condições tão extremas.

Cada novo dado sobre exoplanetas como esse ajuda a NASA a aprimorar suas tecnologias de observação e entender melhor os limites da habitabilidade em outros mundos.

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Rafaela Fabris

Fala sobre inovação, energia renováveis, petróleo e gás. Com mais de 1.200 artigos publicados no CPG, atualiza diariamente sobre oportunidades no mercado de trabalho brasileiro. Sugestão de pauta: rafafabris11@gmail.com

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