México ocupa lugar dos EUA e se torna 2º maior mercado da carne bovina brasileira pós-tarifaço. Após as tarifas impostas por Donald Trump, o México assumiu a vice-liderança entre os destinos da carne bovina brasileira, atrás apenas da China, enquanto os EUA caíram para a quinta posição.
A reconfiguração do comércio exterior brasileiro ganhou novo capítulo em agosto. De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o México passou a ser o segundo maior mercado da carne bovina brasileira, ultrapassando os Estados Unidos após a aplicação das sobretaxas americanas.
O movimento consolida a importância dos mercados alternativos para a indústria nacional de proteína animal.
Como o México se tornou o 2º maior mercado
Segundo levantamento publicado pelo Estadão, as exportações de carne bovina para o México já somaram mais de 10 mil toneladas até o dia 25 de agosto, colocando o país na vice-liderança do ranking. No mesmo período, os Estados Unidos receberam apenas 7,8 mil toneladas, caindo para a quinta posição, atrás de China, México, Rússia e Chile.
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O presidente da Abiec, Roberto Perosa, destacou que o México é hoje “a bola da vez” para o setor e pode se consolidar como parceiro estratégico no médio prazo. Além do efeito direto do tarifaço, o interesse mexicano foi impulsionado pela necessidade de abastecimento interno e pela abertura a novos fornecedores.
Impactos do tarifaço de Trump
As tarifas adicionais de 50% impostas pelo governo Donald Trump reduziram drasticamente a competitividade da carne bovina brasileira no mercado americano. O que antes era o segundo principal destino das exportações nacionais passou a ocupar o quinto lugar, impactando empresas e produtores que dependiam do fluxo comercial com os EUA.
Essa mudança forçou o Brasil a acelerar negociações em outras frentes. A busca por diversificação já era estratégica, mas ganhou urgência diante da perda de participação nos Estados Unidos.
Demandas do setor e negociações em andamento
Durante visita oficial ao México, representantes do governo brasileiro e empresários do setor apresentaram três pontos prioritários:
- Negociação de um tratado de livre comércio, que pode eliminar barreiras tarifárias;
- Renovação do Pacote Contra Inflação e Escassez (Pacic), que isenta de tarifas produtos essenciais para a cesta básica mexicana;
- Ampliação do número de frigoríficos brasileiros autorizados a exportar carne para o mercado mexicano.
Essas medidas são vistas como fundamentais para consolidar o México como segundo maior mercado da carne bovina brasileira e reduzir a dependência de decisões unilaterais de parceiros como os Estados Unidos.
O futuro da carne bovina brasileira
A China segue como principal destino, com mais de 115 mil toneladas embarcadas apenas em agosto. No entanto, o reposicionamento do México revela a importância de diversificação geográfica e de acordos bilaterais mais robustos.
A médio prazo, especialistas acreditam que a presença crescente no mercado mexicano poderá abrir portas para outros países da América do Norte e fortalecer ainda mais a posição do Brasil como líder mundial em exportações de carne bovina.
O fato de o México ter se tornado o segundo maior mercado da carne bovina brasileira após o tarifaço americano mostra como a geopolítica comercial influencia diretamente o setor agroexportador.
Você acredita que o México vai se consolidar como parceiro estratégico do Brasil no setor de carnes? Ou os EUA devem recuperar espaço no futuro? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem acompanha de perto esse cenário.



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