O corte será feito na Europa e focará nos setores de engenharia e administração
Nesta terça-feira (14), a Ford fez anunciou seu planejamento de corte de gastos, no qual irá demitir 3.800 funcionários administrativos e de desenvolvimento de produtos na Europa nos próximos três anos. Segundo a empresa, o motivo seria a necessidade de uma estrutura menor, o que vai exigir um corte de gastos nas áreas de economia e administração.
As informações divulgadas pela Reuters no final de janeiro evidenciam uma controvérsia: sindicatos associados à Ford disseram que, em um pior cenário, no máximo 3.200 funcionários seriam demitidos. Em comunicado, a montadora afirmou que os cortes de gastos foram necessários para “revitalizar os negócios na Europa”.
O chefe europeu de veículos elétricos de passageiros (EV) e chefe da Ford Alemanha, Martin Sander, explicou: “Há muito menos trabalho a ser feito nos sistemas de transmissão que saem dos motores de combustão. Estamos entrando em um mundo com menos plataformas globais, onde menos trabalho de engenharia é necessário. É por isso que temos que fazer os ajustes.”
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Estratégia de eletrificação da Ford também motivou a demissão
De acordo com o Olhar Digital, Martin Sander afirmou que a estratégia da Ford continua sendo a sua eletrificação, e que os cortes de gastos seguem essa linha. A fabricação cada vez maior de carros elétricos dispensa muitos empregos. A ideia é que a Europa tenha uma frota totalmente elétrica funcionando até 2035, então espera-se que ainda aconteçam outras grandes demissões.
“Estamos preparando nossa organização para competir e vencer em uma região que enfrenta ventos econômicos e geopolíticos sem precedentes”, concluiu o chefe europeu de veículos elétricos.
Outras grandes demissões feitas pela Ford nos últimos anos
A Ford já realizou outras demissões em massa no continente europeu. Tanto em 2019 quanto 2020, a montadora utilizou essa estratégia visando uma margem operacional de 6% na região. Entretanto, essa meta foi desviada pela pandemia da covid-19.
Mas, apesar das demissões, a fábrica de automóveis esclareceu que ainda vai manter cerca de 3.400 engenheiros na Europa, responsáveis pelo desenvolvimento de tecnologia básica adaptada para os clientes europeus.